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15 melhores aberturas de séries atuais

Por: em 17 de julho de 2010

15 melhores aberturas de séries atuais

Por: em

Todo fã sabe que a sequência de abertura de uma série pode dizer tudo sobre ela e por isso são importantes. As músicas escolhidas ou criadas especificamente para o seriado grudam em nossas mentes e quando as escutamos em algum lugar conectamos rapidamente a sua série. São nessas aberturas que conhecemos os logos principais, temos a noção do clima que a série pretende abordar e nela mesma ou logo depois conhecemos os nomes dos atores e da produção principal.

Antigamente, era bem comum o uso de aberturas como a de Friends, que mostra cada ator um por um, mas hoje em dia, até por querer economizar tempo ou pelo elenco ser grande demais, esse formato não é tão utilizado. Em comédias, cuja duração é geralmente 30 minutos, a abertura tende a ser menor, mas isso não significa que em dramas de uma hora a mesma técnica não seja usada, já que um dos maiores exemplos é Lost, cuja abertura é rápida, mas não menos interessante.

Para fazer o nosso top 15, tivemos como base séries que passam atualmente, mesmo que estejam em hiato, e que sejam mais novas ou nem tão conhecidas do público. Algumas delas realmente não poderiam ficar de fora, mesmo quase em sua 5ª temporada. Os quesitos analisados foram criatividade, música, abordagem e principalmente o conjunto da obra. Claro que terão séries que ficaram de fora cujas aberturas são fantásticas, mas não podemos agradar gregos e troianos, não é mesmo?

Três aberturas não possuem vídeo, pois é quase impossível encontrá-los com a opção de incorporar. Mas é só clicar na imagem que está linkada com o vídeo no YouTube!!

15 – Rubicon

Verdade seja dita: a abertura de Rubicon não é das mais originais e criativas nesses últimos anos de televisão — tanto que tá amargurando essa 15ª posição na nossa lista. Mas a sequência de imagens que introduz a série é construída com um cuidado técnico tão legal que não dá pra ignorá-la e deixá-la de fora do Top 15. Rubicon — que oficialmente estreia apenas em agosto — tem sua história contada em um instituto de inteligência onde realizam-se pesquisas para que certos padrões sejam desvendados. Padrões que podem ser encontrados em todos os cantos: nos classificados de um jornal, em uma cédula de dinheiro, na planta de arquitetura de algum projeto… A abertura brinca com esses tipos de elementos, jogando as imagens e as conectando com rapidez, assim como faz o protagonista da série em seu dia-a-dia — e que lembra bastante alguns momentos do filme Uma Mente Brilhante, também recheado de criptografias. A música fica por conta de um instrumental simples, mas que dá conta do recado e dita o ritmo de investigação e mistério que a série propõe.

14 – Skins

A abertura de Skins mudou em todas as suas quatro temporadas. A música, batizada de The Skins Theme, foi criada pelo artista Fat Segal, um músico eletrônico que ficou conhecido após seu trabalho na série, onde outras de suas músicas também tocaram em vários episódios. A abertura é uma junção de várias cenas que mostram diversos momentos dos personagens, tanto juntos, como de suas vidas individuais. Os personagens principais de cada temporada aparecem proeminentemente, além de que em todo final de abertura, imagens do personagem central do episódio são mostradas. Como o elenco da série muda a cada duas temporadas, é normal que toda a abertura seja remodelada.

Na 4ª temporada não só as imagens mas como a música também mudou. Continua sendo o The Skins Theme, porém remixada e bem mais eletrônica. Muitos fãs odiaram enquanto outros adoraram a nova abordagem mais jovem da sequência. Durante toda a abertura, as letras que formam a palavra Skins vão passando por cima das imagens até que apenas o logo da série fique evidente. Em 2008 o designer Tal Rosner ganhou o prêmio de melhor sequência de abertura British Academy Television Craft Awards por seu trabalho em Skins.

13 – Chuck

Chuck é uma série divertida. Muito, muito, muito divertida. Tão divertida que eu quase levanto da cadeira e começo a dançar quando surge o crachá de Chuck e Short Skirt/Long Jacket começa a tocar. Mas espera aí. Isso já não é mérito da série em si, e sim de sua abertura. São 40 segundos que se encaixam perfeitamente com cada episódio porque representam exatamente o que a série sabe fazer. Tem perseguição de carro, fuga de helicóptero, ninja com shourikens… Mas quem dá vida a tudo isso é o bonequinho de palito da Nerd Herd, tão simpático e eficiente quanto o próprio Chuck. Na verdade, eu quase podia dizer que o boneco leva vantagem por não ser tão atrapalhado quanto o protagonista, mas a parte que ele sai de dentro do nariz do Zachary Levi quebraria qualquer um dos meus argumentos, então deixa pra lá… E se na 1ª temporada a abertura já era ótima, a partir da 2ª ficou ainda melhor. Com a inclusão do elenco completo, a música do Cake se estendeu por mais 10 preciosos segundos — que parecem pouca coisa, mas são o tempo exato pros nanananana grudarem na cabeça e não saírem nunca mais.

12 – Misfits

A abertura dessa série inglesa mostra os personagens principais e seus poderes. Sombra é o elemento principal, e que, se prestada a devida atenção, dá para perceber alguns dos poderes sobre humanos de Curtis, Simon e Kelly, por exemplo. Além disso, através da abertura podemos lembrar de como o grupo adquiriu poderes. As aparições de ratos, gatos, sujeira e pichações são devido ao personagens trabalharem no serviço comunitário após cada um deles ter cometido algum crime. A música é Echoes da banda The Rapture.

11 – Big Love

Big Love é uma série excelente, mas suas aberturas são mais ainda. Durante as 3 primeiras temporadas a música tocada era God Only Knows da banda The Beach Boy e mostrava Bill e suas três esposas Barb, Nicki e Margie patinando no gelo enquanto o mesmo se rachava. Para quem assiste a série é fácil entender, pois a família Henrickson vive andando sob o gelo fino, já que o segredo da poligamia podia ser descoberto a qualquer hora. Porém, na 4ª temporada, as coisas ficaram ainda mais difíceis para a família, enquanto ela ia se despedaçando e caindo aos poucos. Foi por isso que a abertura a partir da ultima temporada foi remodelada e hoje vemos os 4 personagens caindo em direção ao desconhecido ao som da música Home da banda The Engineers. A abertura concorreu ao Emmy em 2006.

10 – Fringe

A abertura de Fringe provavelmente é a mais curta dentre as 15 dessa lista, coisa de 20 segundos. E na teoria também é uma das mais simples: são só algumas palavras e imagens soltas que se relacionam com o universo da série. O que impressiona é como tudo é extremamente bem feito. A animação não apenas é de um bom gosto incrível, como tem um acabamento técnico surpreendente pro que a gente tá acostumado na televisão. A música-tema com um pianinho simples é outro destaque e foi composta pelo próprio J.J. Abrams, que já tem tradição de colocar seus dotes musicais em prática nas aberturas de suas séries — compôs a de Alias, a de Lost (que não é exatamente uma música, mas enfim…) e foi um dos compositores na de Felicity. Além disso tudo, uma das coisas mais legais nessa abertura de Fringe foi a roupagem anos 80 que ela recebeu na exibição do 16º episódio da 2ª temporada, Peter.

09 – Bored to Death

Faz pouco tempo que eu descobri que, além de ator, Jason Schwartzman é músico. E dos bons. Dentre os trabalhos do cara — que incluem o posto de baterista da Phantom Planet, banda que colocou California na abertura de The O.C. — tá a música-tema de Bored to Death — que muita gente não foi com a cara, mas que ao menos merece unanimidade na qualidade de sua divertida sequência de abertura. Jonathan Ames, protagonista da série, é um escritor que cansou da vida que tá levando e resolve fazer alguns bicos como detetive particular. E é isso que a gente vê nos 50 segundos dos créditos inciais: as páginas da sua profissão de fachada dando vida ao seu mundinho paralelo da espionagem. Além disso, a abertura retrata bem o clima noir presente da série — que unido à música de Schwartzman e à animação de qualidade formam um conjunto divertido o suficiente pra figurar entre os 10 melhores da nossa lista.

08 – Damages

Damages é o melhor thriller jurídico feito para a TV, com o melhor de direção, roteiro e interpretação. Corrupção, infidelidade, jogo sujo, tudo isso faz parte da trama, em uma New York nem tão bela assim. É isso que a abertura da série representa, mostrando diversos cenários da cidade, como o Charging Bull, símbolo de otimismo e prosperidade do mercado financeiro. Tudo isso é mostrado em um clima sombrio e misterioso, com até manchas de sangue, significando o quão forte e até sujo, pode ser o trabalho jurídico de um local. A música tocada é When I Am Through With You da banda The V.L.A. que obteve um pequeno sucesso através da abertura de Damages.

07 – Mad Men

Pra uma série basicamente ambientada nos anos 60, a abertura de Mad Men até que tem uns toques de modernidade bem fortes. O que diz muito a respeito da própria série. No dia-a-dia de trabalho da Sterling Cooper a gente acompanha um período de grandes mudanças sociais, mas muito do conservadorismo presente na época incrivelmente se arrasta até hoje. A música também ajuda a dar um ar mais moderno à abertura, mas sem deixar de lado o tom clássico e elegante tão presente no universo publicitário narrado na série. Apesar disso tudo, porém, o elemento mais forte dos créditos iniciais é a figura de Don Draper caindo ao redor de toda essa revolução cultural que foi a década de 60, representando o turbilhão de emoções que o protagonista vive em cada episódio. Reflexiva e sutil, é uma abertura que funciona perfeitamente com a proposta de sucesso de Matthew Weiner com Mad Men.

06 – How to Make It in America

A nova série da HBO conta a vida de Ben e Cam, dois amigos que sonham em vender roupas de uma marca criada por eles. Todo aquele clima fashion, com brilho e glamour de Nova York que nos é mostrado em outras séries, muda em HTMIIA. Na ótima abertura, somos apresentados ao mundo comum da cidade, com seus moradores, problemas, enfim, os diferentes subúrbios e pessoas que lá existem. Skatistas, moradores de rua, taxistas, além das festas, prédios, bares e lanchonetes…tudo isso, com uma excelente fotografia pela parte da produção. A música tocada é I Need a Dollar do cantor Aloe Blacc, que mistura elementos de jazz, hip hop e R&B em suas criações.

05 – Treme

As séries da HBO sempre têm um cuidado especial com suas aberturas, e apesar de as imagens que compõem os créditos iniciais de Treme não serem das mais agradáveis, elas dão um toque de realidade certeiro com o que a série de David Simon apresentou nessa sua primeira temporada. A abertura basicamente mostra uma New Orleans destruída como consequência das tragédias provocadas pelo Katrina, mas o que faz esse conjunto de imagens ganhar vida e se transformar numa abertura tão incrível é o toque de esperança representado de maneira espetacular pela música-tema de John Boutte. Não importa o tamanho das dificuldades que toda aquela galera tá vivendo. Eles tão juntos e seguem em frente otimistas de que a situação vai melhorar. Down in the Treme, just me and my baby, we’re all going crazy while jamming and having fun!

04 – Weeds

Weeds, pelo menos em suas três primeiras temporadas, ironiza o estilo de vida das pessoas de classe média vivendo nos subúrbios americanos. A abertura mostra Agrestic, o subúrbio no qual a história acontece, com pessoas vivendo suas vidas, saindo de casa, indo ao trabalho e a escola…enfim, levando a vida em uma rotina. Porém, as pessoas, casas, carros, todos são iguais em cada cena, satirizando ainda mais seu modo de viver. Durante as três primeiras temporadas a música tocada era Little Boxes, da cantora Malvina Reynolds, criada em 1962 quando Reynolds passava de carro pelo subúrbio de Westlake. A letra fala sobre a rotina e o modo de vida, dizendo que tudo é feito de ticky-tacky, um material fraco e barato com o qual as casas eram construídas naquela época. Durante a 2ª e a 3ª temporada vários artistas como Elvis Costello, Death Cab for Cutie, The Submarines, Regina Spektor, The Shins e Linkin Park apresentaram suas versões de Little Boxes nas aberturas de cada episódio, incluindo versões em espanhol, russo e francês. Para nossa infelicidade, a partir da quarta temporada, com a mudança da família Botwin de Agrestic/Majestic e a fuga do tema do subúrbio, a abertura também mudou, ficando rápida e simples.

É difícil encontrar a abertura para incorporar, então vale a pena visitar esse canal do YouTube que tem todas as aberturas dos vários cantores e bandas que já gravaram Little Boxes para Weeds.

03 – Dexter

A abertura de Dexter é uma das mais icônicas desses últimos anos de televisão. O serial killer que dá nome a série vive uma rotina igual a de qualquer outro cidadão de Miami — aliás, de Miami não, do mundo inteiro: acorda, come, se veste, eventualmente se machuca… Várias atividades triviais que aparentemente não querem dizer nada, mas quando recebem o close atento da câmera, mudam completamente de perspectiva: a gente passa a enxergar o instinto assassino de Dexter que se esconde à plena luz do dia. É um segredo só nosso, que o personagem compartilha conosco olhando de frente pra câmera, sabendo que a gente tá aqui do lado de trás percebendo que ele não é um cara normal de rotinas normais. É um toque irônico fantástico, que é amplificado ainda mais pelo tema latino de Rolfe Kent — uma música com uma levada animada (característica da cultura cubana de Miami), mas sem deixar de lado a malícia do serial killer. Fãs de Dexter ou não, é difícil encontrar alguém que discorde que essa abertura mereça um lugar no pódio da nossa lista.

02 – United States of Tara

O diretor Jamie Caliri, que produziu a abertura de Tara, disse que a ideia era exatamente a que nós vemos hoje na tela. Um livro de pop-up mostrando os personagens, nesse caso os alters de Tara, sem mostrar o rosto. Vemos Alice, Buck e T, até que Tara está no galpão onde voltava ao normal e então conhecemos a personagem real. A abertura da série é fantástica e a ideia era deixá-la quase idêntica a um livro de pop-up, com poucos movimentos irreais. O que ajuda mais ainda na bela sequência é a música criada por Tim DeLaughter, que se chama You’ll Be Fine e a letra fala exatamente o que sentimos pela série, que quando entrarmos na história e apreciarmos a viagem, tudo ficará bem. Vale notar que a abertura já ganhou um Emmy no ano passado.

01 – True Blood

Tem como não deixar a abertura da fantástica True Blood em primeiro lugar? Durante 4 dias, a equipe da Digital Kitchen, (também responsável pelas aberturas de Dexter e Six Feet Under) filmou todas as cenas do que viria a ser a melhor abertura de séries dos últimos tempos. A ideia era a mesma: como o fanatismo religioso e a energia sexual podem transformar um ser humano em animal. E é isso que vemos, cenas de batismo, exorcismo, sexo, além de animais apodrecendo e muita cor vermelha. Tudo ali foi proposital, desde a junção de cenas em movimento rápido e câmera lenta, como as gotas de sangue subliminares, para lembrar o telespectador do tema da série. O propósito era mostrar que nós, diferente do que pensamos, podemos ser tão animais quanto os vampiros, quando isso envolve sexo, morte e religião em demasia, mostrando o dia-a-dia de uma pessoa, já que era a ideia começar com o amanhecer e terminar a abertura com a noite. Deixando a sequência ainda mais perfeita está a música Bad Things do cantor Jace Everett, que deixa a impressão feroz ainda mais forte. A abertura também foi indicada a um Emmy em 2009, perdendo para Unites States of Tara.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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