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Melissa Benoist fala sobre Supergirl ser o papel de sua vida

Por: em 3 de julho de 2015

Melissa Benoist fala sobre Supergirl ser o papel de sua vida

Por: em

Quando Melissa Benoist, cujo papel mais proeminente foi a apagada Marley em Glee, estiver diante de milhares de fãs histéricos na Comic-Con será oficial: ela é a Supergirl.

Supergirl

Depois de um rigoroso procedimento de seleção que durou mais de 3 meses, Benoist foi escolhida para dar vida à Kara Zor-El. “É impossível não se sentir emponderada quando se veste aquele uniforme”, revelou a atriz de 26 anos quando falou sobre como se sentiu na sua primeira vez que vestiu seu uniforme. Ela contou que, também nesse dia, ela estava com olhos machucados: “Ao mesmo tempo em que eu estava sentindo todos esses sentimentos de poder, positividade, feminilidade e força, eu tinha um curativo que me deixava parecendo um pirata. Estava engraçado”.

Mas existe um lado peculiar de Kara que fez com que Melissa quisesse se afogar em sua personagem. “Eu quero fazer direito, pelas mulheres. Eu quero retratar alguém com quem elas possam olhar e se inspirar. Eu quero ser complicada e falhar… Bem, eu tenho falhas e sou a prova de balas”.

A Entertainment Weekly entrevistou atriz sobre Supergirl, onde ela deu mais detalhes sobre a série que ainda nem estreou (o piloto vazou há algumas semanas – leia nossas Primeiras Impressões AQUI), mas está rodeada de expectativas.

Confira:

Kara

EW: Quando você diria que foi o primeiro em que soube que queria ser atriz?

Melissa: Foi muito cedo. Meus pais sempre foram muito bons em deixar eu e os meus irmão decidirmos as coisas por nós mesmos. Eu nunca quis fazer outra coisa. Comecei com aulas de dança quando eu tinha 3 anos de idade. O momento em que provavelmente eu soube que era isso que eu queria como carreira foi mais ou menos nessa idade, quando tivemos de cantar uma musica ao final de um recital de balet. Eu creio que foi “He’s Got the Whole World in His Hands” e eu era a que cantava mais alto. Eu queria estar no meio do palco. Acho que foi nesse momento em que eu realizei “Eu gosto disso”.

Vamos voltar para sua época em Glee. Como você sentiu quando te disseram que Marley não voltaria? Houve algum nervosismo antes de você aterrissar em Whiplash?

Eu acho que nunca houve. Óbvio, eu estava triste. Eu amava trabalhar na série e foi uma experiência incrível. Tinha uma parte de mim que queria. Houve uma parte de mim que teve de abraçar a incerteza e a transição. Você aprende como ser um ator melhor nesses momentos em que está sem emprego. Eu sempre acreditei nisso. Eu não acho que estava nervosa. Eu creio que estava mais animada pelo que estava por vir. Eu nunca me dei alternativa de fazer outra coisa, então eu me fiz assumir que havia algo vindo para mim.

Como foi o processo de audições para Supergirl?

Eu nunca achei que fosse dizer isso, mas foi mais intenso do que em Glee. Eu tive uma audição bem rigorosa Glee, mas essa, justamente por se tratar disso, eles queriam ter certeza de que haviam encontrado a pessoa certa para Kara. Foi longo, cansativo, um processo de 3 meses. Eu fiz o teste na época do Halloween de 2014 (final de outubro) e eles não entregaram o papel até fevereiro de 2015. Eu passei por diversos testes de tela e com o time de produção. Foi muita coisa.

Como você se sentiu quando você soube que havia sido escolhida para Supergirl?

Quando eu soube que eu consegui o papel, foi uma mistura de emoções que passaram por mim – exaltação, alívio, uma alegria imensa e então, um grande senso de responsabilidade que veio de imediato. Eu definitivamente pensei: “Cara, você tem muito o que fazer!”

Você era fã de quadrinhos enquanto crescia ou você precisou ficar por dentro agora que conseguiu o papel?

É curioso, eu sou uma fã da DC, mas não muito de quadrinhos. Eu amei o Batman de Michal Keaton. Eu cresci com esses filmes. Um dos meus amigos mais próximos é um ávido leitor de quadrinhos desde pequeno. Ele me introduziu nesse mundo no colégio – mais quadrinhos do que gibis. Eu tive um contato especial com as histórias da Supergirl. Eu as tenho lido desde os Novos 52 e os mais recentes lançamentos dela também.

Como você se sentiu na primeira vez em que colocou um uniforme da Supergirl?

A primeira vez em que vesti o uniforme foram muitas emoções. É impossível não se sentir emponderada quando você o coloca. Você poderia pensar “Ah, é bobeira. Eu estou colocando um colant. Estou colocando um colant e uma saia. Tem uns músculos dentro da roupa. Tem uma capa. Eu vou me sentir como no Halloween.”. Mas algo muda internamente. Eu me sinto quase como uma pessoa diferente. É realmente um alter-ego, onde eu me sinto inspirada, com esperanças e poderosa. Eu experimentei o uniforme pela primeira vez na casa do designer. Eu estava com os olhos machucados, então tinha um curativo nele [risos]. Então, ao mesmo tempo em que eu estava sentindo todos esses sentimentos de poder, positividade, feminilidade e força, eu tinha um curativo que me deixava parecendo um pirata. Estava engraçada. Haviam duas coisas ao mesmo tempo – dois fatores opostos em experimentar o uniforme.

SG

Qual a pressão que você sente não só de interpretar uma super heroína na TV, mas também por ser uma das poucas mulheres heroínas que estão sendo retratadas atualmente?

Eu não acho que há muita pressão. Eu quero fazer direito. É claro que esta é uma afirmação genérica, mas eu quero fazer direito pelas mulheres. Eu quero retratar alguém com quem elas possam se identificar e ver que não é algo banal ou superficial. Eu quero que ela seja complicada e com falhas. Eu acho que eu somente quero que todas as mulheres sintam que elas podem ser Kara e uma Supermulher também. Eu não quero que seja exagerada. Eu quero que seja algo bem pé no chão e humana. E isso vale para todos, não importa o sexo. Não importa se será um homem ou uma mulher que eu inspire, eu só quero inspirar pessoas em geral, para que elas realizem as suas forças e potencial – e que você pode fazer as coisas que sinta ser impossível de realizar.

Como eles vão fazer Kara alguém com quem se relacionar, se ela é uma alien?

O que eu amo sobre a Kara é que ela é diferente de Kal-El, o Super Homem, que veio de Krypton para terra quando bebê – então ele não tem muito como saber sobre o lugar de onde veio e seu planeta. Kara tinha 12 ou 13 anos, então ela era uma adolescente e cresceu em Krypton, então ela sabe do que sente falta. Quando ela chega na Terra, ela não usa nenhum dos seus poderes por anos. Então há espaço para erros. Ela tem muito o que aprender quando nós a conhecermos na série. É isso que a faz ser tão relacionável. Ela tem muito poder preso dentro dela. Ela está aprendendo agora como se libertar e começando a saber quem ela é.

Qual é a parte mais difícil de interpretar Kara? E a mais fácil?

A mais fácil é toda a coisa boba. Toda Kara Devens, com todas as suas tolices e nerdices, foi algo muito fácil para mim pois é assim que eu me sinto. É assim que eu sou como ser humano. Eu sou esquisita e estranha. As parte difícil é mostrar força e confiança.

Você está seguindo os passos de Helen Slater (intérprete anterior da personagem), que aparece no piloto. Ela te deu alguma dica?

A dica que eu tive me fez sentir muito ciúmes.  Nós começamos a conversar e ela perguntou qual treinamento eles estavam fazendo comigo. Naquele ponto, eu estava fazendo boxe, treinamento de força e trabalho cardíaco. Ela me deu um olhar e eu pensei “Porque? O que eles precisam fazer?””Ah, eu pratiquei montaria, esgrima, pratiquei um pouco arco e nadei”. Ela fez todas essas atividades externas incríveis que eu adoraria treinar. Além disso, ela é muito boa e uma mulher doce, muito doce. E foi realmente isso que eu aprendi com ela. Ela realmente é uma super garota. Eu estou honrada em seguir seus passos.

Você teve algum conselho de Stephen Amell (Arrow) ou Grant Gust (The Flash)?

Eu não conheci Stephen. Grant, eu conheço de Glee. Eles estão em Vancouver, então eu não ganhei nenhum conselho, na verdade, mas tudo que eu tenho tido é o apoio e a animação de fazer parte do time de Berlanti. É uma positividade impressionante.

O primeiro trailer de Supergirl gerou reações diferentes. Houve algumas comparações com a brincadeira do Saturday Night Life (assista abaixo) sobre um eventual filme da Viúva Negra, mas também tivemos Cat Grant (Calista Flockhart) mostrando o porquê dela ser uma super garota e não uma super mulher. Você acha que Supergirl envia uma mensagem de emponderamento feminino?

Sim. Claro, eu acho. Nós não nos levamos tão a sério à esse respeito. O assunto vai estar lá, é uma série de super herói. Mas não acho que isso não tira o emponderamento feminino. Claro que nós veremos Kara em seu local de trabalho, com toda a atmosfera que lembra a paródia da Viúva Negra, mas o que você não vê é a Kara colocando para quebrar. Há muito mais no Piloto do que as pessoas pensam que eu acho que elas vão se surpreender. Ademais, ela é  uma garota. Supergarota. A discussão toda é sobre uma garota tentando descobrir como se tornar mulher. A paródia do Saturday Night Live apareceu e todos nós achamos hilária. Eu não acho que nenhum de nós esperava que as pessoas iriam compará-las ou colocá-las lado a lado.

Todos prestam atenção em super heróis. O quanto você acredita que esse papel vai mudar a sua vida?

Não faço idéia. Eu sei que vai. Amo minha privacidade e o meu anonimato. Sei que um pouco disso vai acabar indo embora. Mas, honestamente, é um preço pequeno a ser pago pela influência que eu vou poder exercer nesta plataforma, sendo capaz de fazer coisas extraordinárias com isso. Acho que é algo muito mais positivo. Obviamente, estou com medo. Esse tipo de atenção é assustadora. Penso que seria para todo mundo e eu estou tão feliz por ser assim. Estou grata por estar nesta posição, interpretando alguém para quem as pessoas irão olhar. Espero que eu as ajude a escapar das coisas que as assustam ou serem capazes de enfrentá-las.

Ainda não caiu a ficha?

Não, está vindo em ondas. Eu fiquei bem tensa nos upfrontes. Eu tenho certeza que a Comic-Con será algo animalesco por si só.

Vindo de Glee, sabemos que você tem uma boa voz. Os produtores conversaram sobre ter algum episódio onde a Supergirl aparece cantando?

Não, mas eu acho que é uma piada frequente pois eu não sou a única que canta. Jeremy Jordan (Winn Scott) é um cantor fantástico. Mehcad Brooks (James Olsen) é um rapper. Chyler Leigh (Alex Denvers) é cantora, e eu também acho que David Harewood (Hank Hanshaw) também é. Todos nós brincamos que seria algo engraçado. Mas não sei se os produtores pensaram seriamente sobre isso.

Nos conte alguma coisa que ainda não sabemos sobre você?

Em honra da Comic-Con,  uma pequena coisa sobre mim é que eu ainda sou e tenho sido desde o 6 anos, uma aprendiz padawan dentro do fã-clube Star Wars Insider. Eu fui Obi-Wan Kenobi por 3 ou 4 Halloweens antes de completar 10 anos. Isso talvez é algo que as pessoas não saibam.


Já assistiu ao trailer mais recente de Supergirl:

Sem previsão de exibição no Brasil, a série estréia dia 26 de outubro, nos Estados Unidos, pela CBS. 


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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