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Agent Carter

Por: em 10 de janeiro de 2015

Agent Carter

Por: em

Depois de muita expectativa, finalmente pudemos nos deliciar com Agent Carter, a segunda incursão da Marvel no universo televisivo depois de Agent’s of S.H.I.E.L.D.. É também o primeiro grande projeto à ser protagonizado por uma personagem femininaPeggy Carter – interpretada por uma Hayley Atwell completamente a vontade no papel. Já adianto que a empreitada se mostrou ser acertada.

A série faz questão de situar não somente aos que assistiram Capitão América: O Primeiro Vingador ou o curta protagonizado pela agente, disponível no DVD/Blu-Ray do filme de Steve Rogers (Chris Evans), de uma maneira bem didática eles introduzem a personagem: a cena da despedida dela com o Capitão, ela atuando em campo, nos lembrando que ela não é uma mulher comum. O contexto histórico é o pós-guerra, ano de 1946, quando os soldados retornam do front e a realidade que se instaurou – mulheres assumindo postos que antes da guerra pertenciam aos homens – aos poucos volta a ser o que era antes. E isso vale para Peggy também, na S.S.R. (embrião do que no futuro será a S.H.I.E.L.D.).

ABC's "Marvel's Agent Carter - Season One

Em nenhum momento Agent Carter parece querer diminuir a figura masculina. Os agentes do sexo masculino não são menos capazes, mas acontece que Peggy é completa e já passou por muita coisa, para ser recolocada no contexto, que na época, cabia às mulheres. Chega a ser um pouco aflitivo ver o desgosto dela com suas funções secretariais, pois sabemos do potencial que ela tem. Ela parece sempre ter que se provar, mas nem isso a faz ter o reconhecimento que merece, inclusive em um momento é dito que o único motivo dela estar na agência foi o relacionamento dela com Steve Rogers. Tudo muda quando ela começa, em segredo, a ajudar Howard Stark (Dominic Cooper) que precisa do auxilio de Peggy para provar sua inocência contra acusações do governo de que ele estaria comerciando perigosas tecnologias com inimigos dos Estados Unidos, essa é a engrenagem da trama e o que nos dá a chance de ver Carter lançando mão de todos os seus dotes.

Diferente do que eu acreditava a série não coloca em nenhum momento o holofote em Stark. Ele somente aparece para dar a missão que, aparentemente, vai trilhar o caminho de Peggy nos oito episódios da temporada. Com ele, conhecemos Edwin Jarvis (James D’arcy), mordomo da família do Bilionário – que mais tarde daria nome ao sistema operacional de Tony Stark. A química entre os personagens é instantânea e ele representa o contrário da figura masculina da década de 50.  Mesmo achando que o relacionamento dos dois será algo platônico – porém já estou shippando – Jarvis e Carter formarão A dupla dinâmica, ambos tem muito a aprender um com o outro.

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É com maestria que Agent Carter cumpre seu papel de ser uma série ambientada nos anos 50 e inspirada no universo dos quadrinhos, a atmosfera noir está em todos os lugares. Diálogos, cores e comportamentos, figurinos, falando nesse último, as cores fortes das indumentárias de Peggy também demonstram o contraste dela com aquele mundo. A Marvel e a Disney acertaram novamente, impressionante como elas estão conseguindo construir um universo que ao mesmo tempo se complementa – mas se você não quiser assistir à todos os filmes e séries você também pode mergulhar de cabeça em uma obra específica.

Se Agent’s of S.H.I.E.L.D. demorou a pegar no tranco – atualmente a série está excelente – Agent Carter não tem tempo a perder e logo na season premiere  já mostra ao que veio. Creio que nesse momento não estamos sentindo muita falta da série principal, que volta no dia 3 de março de 2015, mas Peggy Carter deixará muitas saudades depois do seu final. A série arrebatou meu coração logo nos primeiros minutos, pois foca em tudo que eu gosto, ação (muita), relações interpessoais bem construídas, uma personagem forte e mistério – afinal, quem ou o que é Leviatã?

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Se você quer saber se vale assistir? sim e muito! Por ter somente 8 episódios – dois já foram exibidos na premiere – o tempo em tela é valioso e o ritmo frenético, então é uma ótima série para quem quer acompanhar uma coisa curta e sem compromisso. Maravilhoso show, no entanto, para alguém que, como eu, acompanho tudo referente ao universo Marvel. Meu veredito? Assistam sem medo, Peggy vai conquistar vocês também.


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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