Estou como pinto no lixo! Uma das minhas séries favoritas está de volta! Agent’s of S.H.I.E.L.D. retornou para sua 3ª temporada firmando-se como algo completamente diferente das suas premissas iniciais. É mais do que oficial: a série nem tenta mais falar sobre “pessoas comuns” – elas continuam aqui, mas foco é (de fato) nos super-humanos (como tudo que vem do universo Marvel)…Ou melhor inumanos.

Agent’s of S.H.I.E.L.D. não deixa de funcionar como um reflexo do Universo Cinemático da Marvel, proporcionalmente falando. Tivemos a 1ª temporada voltada para a Fase 1, referenciando os Vingadores sempre que possível. A 2ª temporada pode ser pensada como a fase dois, onde a série começou a caminhar com as próprias pernas, assumindo riscos e introduzindo novas narrativas. E agora temos a Fase 3, com a season premire dando uma idéia do que está por vir: Empasses éticos, morais e um questionamento sobre a relação da humanidade com superpoderosos e seres cósmicos.

Laws of Nature já começou com o pé na porta. A sequência incial foi fantástica, desde a perseguição ao recém transformado Joey (Juan Pablo Raba – você talvez o conheça como primo do Pablo Escobar em Narcos). Não sabemos quem são aqueles homens que o perseguem, mas é claro que Skye Daisy Johnson já aparece esfregando seus poderes na nossa cara, para salvar a pele do amigo, junto com Hunter e Mack.

Logo depois já somos introduzidos a mulher que está no comando de toda aquela perseguição. Não fica claro nem para os agentes, ou para nós, à quem ela responde. Coulson também fica com a pulga atrás da orelha. A primeira coisa – e mais importante – é saber se ela não é mais uma cabeça da HYDRA, aparecendo para infernizar nossa equipe, mas não. A misteriosa mulher já fez parte de quase todos os orgãos possíveis, da MI-6 até a NASA, indicando desde então um caráter oficial em sua iniciativa.

O personagem de Raba foi eficiente em mostrar o quão confuso pode ser a transformação quando você não está rodeada por uma S.H.I.E.L.D. ou um Afterlife. Nós vemos que Daisy (vou penar para me acostumar em chamá-la assim) já está confortável com seus poderes, assim como seus colegas, mas ela ainda não possui o traquejo para ajudar os novos transformados em sua transição – apesar dela e Mack formarem uma ótima dupla. Chloe Bennet e Henry Simmons funcionam muito bem juntos.

BTW já estamos curtindo o Joey? Ele é o primeiro homossexual inserido na história da série, o que já valem muitos salves! Outra coisa que me chama atenção é a mudança da dinâmica das coisas, no que diz respeito à ele. Daisy foi tragada pela S.H.I.E.L.D. por ser uma hacker politicamente engajada, mas Joey só quer ser normal e ir beber cerveja com seus amigos (eventualmente também reatar como seu namorado, why not?). Nós já estamos acostumados a ver deuses, militares, gênios milionários, o que faz um homem comum ser algo bem legal de estar colocado na história. Não sei ainda como o personagem vai se desenvolver, mas é um elemento interessante.

Enquanto isso, Coulson está focado em conseguir descobrir mais da emblemática mulher que ele registrou com seu celular na confusão no início do episódio. Com ajuda de Bobbi (que além de já ser tudo que amamos, é graduada em biotecnologia) ele descobre pistas que o levam a traças caminhos à personagem de Constance Zimmer Mas o que parecia ser uma jogada de mestre, já era algo esperado por ela e seu time.

O papo entre Rosalind e Coulson foi maravilhoso, cheio de alfinetadas e indiretas. Ela sabe muito mais sobre ele do que ao contrário, inclusive sobre o T.A.H.I.T.I. e que este é “Um lugar mágico”. Ambos estão tentando contingenciar o aparecimento dos novos inumanos, mas com um equívoco. Eles pensam que o outro é responsável pelo desaparecimento/extermínio dessas pessoas, o que nós descobrimos não ser a realidade. Eles se encaram sem saber o que está realmente acontecendo, mas usando o fato de não ter mais sua mão um recurso, Coulson e Hunter conseguem despistar Rosalind e seu time de capangas.

Em paralelo à isso, Daisy vai com Mack atrás de Lincoln, por acreditar que ele é a pessoa certa para ajudar Joey e os outros a passarem pela Terrigênese. Óbvio que o nosso Pikachu estaria passando por uma crise existencial depois de saber que toda a doutrina de Jiaying era uma mentira. O que ele antes considerava uma benção, agora é uma maldição e tudo o que ele mais quer é ser normal, ficando fora do radar da S.H.I.E.L.D. Depois de um atrito com Mack, as coisas ficam bem caóticas no hospital.

Eu segurei a respiração quando vi o Lash entrando e perguntando sobre o inumano para o guarda. Que caracterização incrível! Posso dizer, sem nenhum problema, que os efeitos especiais em Laws of Nature foram muito caprichados. Se a caracterização de Lash for, no claro, como pareceu ser no escuro…que coisa maravilhosa! Pois então, ao vê-lo atacando o vigia, fica claro de que foi Lash quem matou aqueles inumanos que apareceram no início do episódio e está atrás de mais.

Não sabemos muito sobre o monstro, mas já posso dizer que o cara é poderoso. Ele aguentou os poderes de Daisy e Lincoln numa boa, e se não fosse a inteligência da agente, as coisas teriam ficado bem feias para eles.  Nos quadrinhos ele se lança em uma missão para encontrar e avaliar se seus novos irmãos de raça mereceram mesmo passar pela metamorfose enquanto Raio Negro tenta preparar a Terra para lidar com esse aumento.

Lash acredita, como Jiaying também pregava de maneira torta, que somente pessoas honradas e merecedoras deveriam passar pela transformação, eliminando aqueles que considerava não se encaixarem nessa perspectiva. Seus poderes são principalmente a força e a emissão de uma enorme quantidade de energia desintegradora pelas mãos. A jornada dele faz com que ele entre em conflito com a família real inumana, principalmente quando a rainha Medusa decide trazer essas novas pessoas para a proteção da cidade de Attilan. Tanto Lincoln quanto Lash fogem depois do confronto no hospital.

A sequencia com o discurso do Presidente Heller (o mesmo dos filmes) falando ao povo americano sobre o novo contexto do mundo. Depois de Nova Iorque (Vingadores e seus chitauri), Londres (Thor e os Elfos) e Sokóvia (Uma cidade caindo do céu por causa de uma inteligência artificial criada por Tony Stark), uma nova força tarefa para os americanos (e porquê não o mundo) foi criada pelo governo: a A.T.C.U., obviamente com Rosalind no comando. Todo pronunciamento culminou em Coulson vendo em sua tela pontos pipocando pelo globo, representando novas ocorrencias com inumanos. A A.T.C.U. representa uma ameaça nunca antes enfrentada pela S.H.I.E.L.D. – o fato dela ser algo oficial e legitimada pelo governo. (Guerra Civil gritando?)

Não, eu não esqueci de Fitz. Completamente alheio à tudo acontecendo na base, o nosso nerd mais amado está – com todo afinco – tentando obter respostas sobre o que aconteceu com Jemma no season finale. Vimos a reticência dos personagens em tentar persuadí-lo a desistir, aceitando o que ele não quer: Uma suposta morte de Simmons. Achei interessante como eles inseriram algo que usualmente vemos em notícias, o fato de um artefato ancestral que em tese teria a respostas, ter sido roubada por uma organização extremista no oriente médio. Foi um tiro ver ele assumindo para aquele terrorista o seu amor por Jemma, fiquei na bad.

Quando ele finalmente volta para a base, Coulson está a sua espera. Vimos que o diretor só agiu depois de deixar a busca de Fitz chegar às últimas bases e pistas, ele não tem mais para onde ir. Achei que Phil foi franco sem ser insensível. Ele falou sobre a dificuldade de aceitar as perdas, mas que isso é algo que todos nós precisamos superar em algum momento. Fitz perdeu Jemma, ele perdeu sua mão esquerda e sua mão direita – outro tiro ele falando da ausência de May. (Volte mulher!)

Aquela cena final foi para despedaçar qualquer pessoa. Nós não estamos acostumados à ver Leo completamente transtornado como ele estava. Iain De Caestecker conseguiu mais uma vez trazer toda uma carga emocional para si e nos convencer da dor e sofrimento do seu personagem. Nós, assim como ele também queríamos saber o que se sucedeu com Simmons. A encarada dele naquela pedra (podemos chamar de monolito também) foi grutural – fiquei com um pouco de medo de que algo acontecesse com ele, mas não, restamos todos sem uma resposta…que dizer, o Fitz ficou.

Alguém me explica a cena “pós-crédito”? A Jemma está em outro planeta? Outra dimensão? Pelo amor de Odin! E parece que tem algo perseguindo ela! O que? Eu to é morta! Fiquei procurando segundos inexistentes no final do episódio, tentando assimilar a informação. Quero saber isso logo, então tratem de explicar no proximo episódio pfvr, nunca pedi nada! (mentira)

Laws of Nature foi uma bela forma de começar o 3º ano. Tudo bem construído e nenhum segundo em vão. O episódio conseguiu deixar bem claro para onde a série deve seguir, ao menos na parte inicial dessa temporada. Achei legal o fato de a paranóia com seres com poderes já ter sido incorporada logo no primeiro episódio. A série vai funcionar mais uma vez como um caminho para os filmes, então creio que veremos esse movimento ficar cada vez mais forte. Eu sei que sou suspeita (suspeitíssima) para falar, mas Agent’s of S.H.I.E.L.D. deve continuar sua fantástica jornada que começou lá na metade na 1ª temporada. Amém!

Fique agora com a promo de Purpose in the Machine, que vai ao ar dia 6 de outubro:

E aí, minha gente? O que vocês acharam de Laws of Nature? Cumpriu expectativas? Fiquem a vontade para comentar e complementar a resenha!

Área Reservada Para Marvelmaníacos:

– Gosto da menções de coisas relacionadas ao filmes sim, me deixa. Além dos que eu falei na resenha, foi dito que Fitz levou em consideração o que aconteceu no laboratório Pym ao pensar que Jemma poderia ter sido reduzida à um tamanho sub-atômico.

– Ainda sobre Fitz, apesar do bilhetinho falando sobre morte, ele parece que acertou sobre o que aquele monolito representa: Um buraco negro que transporta para outras dimensões…agora só resta saber qual. A pedra foi apresentada como algo mortal aos inumanos, pode ser que ela seja algo que leve aos Krees, eternos inimigos da raça.

– Foi bem legal ver o mesmo presidente dos filmes. O ator William Sadler apareceu em Homem de Ferro 3. Pode ser que ele apareça em Guerra Civil, já que sabemos de um “acordo” firmado entre Stark e o governo.

– Bobbi fica linda de jaleco, mas quero ela de volta na roupa tática, chutando muitas bundas por aí.

– Ela e Hunter se estranharam por causa de tudo que aconteceu com eles, e pelo fato dele estar imbuído em se vingar de Ward por tudo o que ele fez. Já deu para perceber na promo o traidor realmente se juntou a HYDRA para ajudar ela à se reerguer – lembrando que a dissidência nazista teve uma participação significante em Homem Formiga, ao roubar a cópia da partícula Pym feita por Darren Cross.

– O machado foi algo trazido a baila algumas vezes no episódio: Primeiramente Coulson, um cara que gosta de colecionar coisas, mantém guardado o que salvou sua vida e Mack, em um maravilhoso insight, desejou ter uma arma que disparasse machados para enfrentar Lash.

– E vocês? Acham que Mack pode ser comparado à um ursinho? haha

– Bem interessante Joey comparando o fato dele ser inumano com ele ser gay, e Daisy dizendo logo em seguida que o mundo não está preparado para ele assumir esse outro lado dele ainda. Nos filmes do X-Man essa metáfora também foi usada.

– A xícara do Grumpy Cat apareceu novamente! Coulson reclamou dela na temporada anterior, mas parece ter tomado o objeto para si.

– Vimos que eles, à princípio, tiveram na ingestão do óleo de peixe como causa nas novas transformações. Mas foi bom ver que os roteiristas também definiram que a substância dos cristais terrígenos contaminou outros elementos do ecossistema também.

– Aquela casinha que levou o Joey para o novo bus me lembrou a Veronika, de Era de Ultron.

– Phil, não é só você que tem dificuldades com a questão do nome da Sk..Daisy. Estamos juntos nessa.

– Adorei o novo logo.

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