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Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×02 Purpose in the Machine

Por: em 8 de outubro de 2015

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×02 Purpose in the Machine

Por: em

Essa semana tivemos mais um ótimo episódio de Agent’s of S.H.I.E.L.D.. Purpose in the Machine veio para mostrar como ter motivação é importante para se realizar coisas, seja ela encontrar um propósito na vida, fazer um bom trabalho, amor e até vingança. No 2º episódio da 3ª temporada tivemos a participação de todos os personagens núcleo, marcando o retorno de May (oremos) e Ward.

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Sem enrolar muito, já vou começar falando do nosso (agora querido) traidor e sim, ele está completamente obstinado a reerguer a HYDRA depois das baixas significativas que aconteceram nos últimos tempos. O desmembramento era evidente depois do ocorrido na 2ª temporada (com a morte de Whitehall e Bakshi) e com os Vingadores estourando o que julgavam ser a última base ativa da dissidência nazista na Sokovia, para resgatar o cetro de Loki de Von Strucker.

Depois de ver a HYDRA envolvida nos acontecimentos de Homem Formiga, nada mais justo do que utilizar Agent’s of S.H.I.E.L.D. para mostrar como ela está se reerguendo, já que não há tanto espaço agora no universo cinematográfico da Marvel. E tudo foi abordado de forma bem interessante de assistir. Perdão pelo pleonasmo, mas já repeti inúmeras vezes que Ward transformou-se em um personagem muito atraente depois da sua desconstrução (eu odiava ele na 1ª temporada). Agora temos um homem completamente dissimulado, mortal e sem nada a perder.

Por onde começar então? Se ao cortar uma cabeça mais duas aparecem, por que não trazer a família Von Strucker de volta para a dança? Ward vai atrás do primogênito do Barão, que a primeira vista parece ser apenas mais um menino mimado (e milionário). Achei bem válida a menção de Grant a morte quase que imperceptível do pai de Alexander em A Era de Ultron. A expectativa era de que ele fosse exercer um papel mais importante na película, mas não. Então já que ele foi mal aproveitado na tela grande, é engenhoso que tudo isso gere reflexos na história da série.

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Os planos de Ward à princípio parecem ter dois objetivos: Se reinfiltrar na S.H.I.E.L.D. e de quebra conseguir levar algum perigo para uma pessoa importante para May – algo que ela deixa claro temer no papo com Hunter. O ator Spencer Treat Clark tem um quê de inocência e psicopatia que eu achei que caiu bem no papel, agora basta esperar para ver quais serão os próximos passos deles e se eles vão conseguir unificar novamente o movimento.

Falando em May, como foi bom tê-la de volta. Simplesmente adorei toda a dinâmica dela com o pai (idosos asiáticos são sempre fofos), que nos fez conhecer um pouco mais da vida pessoal da cavalaria. Usar o seu hobbie de criança – a patinação no gelo – como metáfora para sua carreira pode ter parecido meio piegas, mas foi efetivo para que ela decidisse se juntar a Hunter na caçada por Ward. A operação tem como única meta mandar o traidor para vala, e vai ser bem legal ver a série trabalhando com mais essa frente de operação (além dos inumanos e guerreiros secretos).

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Enquanto isso na base, Daisy está preocupada em fazer com que os novos inumanos reencontrem-se à si mesmos junto da S.H.I.E.L.D. A missão da jovem, além de construir um supertime, é dar um propósito e função social aos recém transformados, como ela mesma encontrou. Andrew aponta que o desespero tanto dela, quanto de Coulson, para sair na frente dessa corrida pelos inumanos, pode fazer com que eles tomem decisões precipitadas e prejudiciais, tanto à eles quanto para os recém transformados – que como Joey podem não possuir tanto tino para atuar em campo protegendo às pessoas contra as ameaças que estão aparecendo (robôs, inteligências artificiais, microsoldados, extraterrestres, deuses…e até titãs).

Já que o assunto é precipitação, a atitude desesperada de Fitz no final do episódio anterior gerou resultados. Depois de (graças ao bom Odin) não ser engolido pelo Monolito – galera chegou lá antes para contê-lo – a revolta conseguiu obter um vestígio de uma areia estranha ao nosso planeta, confirmando a teoria de que a pedra era um portal para o desconhecido.

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Coulson então lembra-se do Professor Elliot Randolph, introduzido fase ruim de Agent’s of S.H.I.E.L.D. lá na 1ª temporada, no episódio The Well. O Asgardiano interpretado por Peter MacNicol fugiu de sua terra natal por ter arranjado algumas tretas há milhares de anos, e vem habitando nosso planeta desde então. Mais um bom recurso utilizar, assim como Lady Sif, personagens subutilizados como engrenagem para a narrativa da série que vem seguindo de forma irretocável desde o plot da queda da S.H.I.E.L.D. no crossover com Soldado Invernal.

Com o vasto conhecimento adquirido por ele em suas andanças pela Terra, Elliot se lembra de um castelo na Inglaterra onde ele viu a inscrição hebraica que Fitz conseguiu dos terroristas no Iraque (tivemos também aquele estranho flashback no início, mas ok). Eles descobrem no local uma engenhoca onde o monolito se encaixaria perfeitamente. Phil convoca Mack e Daisy para que eles transportassem a pedra Kree para lá. Vale comentar que todas as viagens em Agent’s of S.H.I.E.L.D. são da mesma velocidade quanto as das novelas da Gloria Perez (lembra da ponte aérea Marrocos-Rio em O Clone?) ou o novo bus tem velocidade supersônica, porque olha, só assim para cruzar o atlântico tão rápido.

Com o monolito devidamente posicionado, eles ativam a máquina que logo liquefaz a pedra onde Fitz atira com um sinalizador. As vibrações do aparato, que também contava com um misterioso líquido azul, começam a afetar Skye Daisy de tal forma que ela acaba perdendo os sentidos e tudo para de funcionar. Phil foi responsável pelo alívio cômico e eu ri alto quando ele novamente foi corrigido ao chamar sua pupila pelo seu antigo nome. Escolher o diretor para nos representar quanto à essa dificuldade é ótimo, devendo proporcionar mais alguns momentos engraçados no futuro.

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É claro que com a avaria na máquina, Daisy seria a saída para continuar a produzir as frequências para a reabertura do portal. Acontece que, mais uma vez, ela não poderia segurar ele aberto por muito tempo, criando uma urgência em todos quando Fitz se lançou desesperado atrás do amor da sua vida. E Jemma estava lá (atraída pelo sinalizador) e a série foi habilidosa em criar a tensão colocando Jemma e Fitz em paralelo com a dificuldade de SkDaisy de manter o portal aberto. Isso tudo mesmo sabendo que as coisas acabariam bem, pois não faria sentido também perder Leo naquele buraco.

As vibrações foram ficando tão intensas que a agente Johnson (outro nome hahaha) não as conseguiu mais manter e o monolito literalmente se espatifou e Science Biatch! Fitz e Simmons emergiram em meio ao que sobrou da pedra. Aê! Creio em Odin todo poderoso! Nossa biomédica está de volta e agora ela e Leo podem finalmente sair naquele encontr...Só que não! Quem aí acha/tem certeza de que a experiência de Jemma naquele planeta/lua vai refletir muito forte na personalidade da jovem? Onde ela estava? O que ela viu? Como ela sobreviveu durante todo esse (hiato) tempo? E o mais importante: Havia mais alguém com ela?

Agent’s of S.H.I.E.L.D. resolveu a ausência de Simmons com rapidez, optando em trazê-la de volta logo talvez para trabalhar melhor as consequências da jornada dela. Fitz foi o responsável pelos melhores momentos dos dois primeiros episódios, com seu desespero em trazer a amada de volta (Ian ganhou a laureação de intérprete da semana pelo TVLine por Laws of Nature). Ao final desse episódio ficou claro que além de tudo que nos foi introduzido na temporada (Busca por Inumanos, Guerreiros Secretos, ATCU, HYDRA e etc) a série está abrindo um leque interessante de histórias para desenvolver em seu 3º ano.

Fique agora com a promo de A Wanted (Inhu)Man, que vai ao ar dia 13 de outubro:

E vocês? O que acharam do retorno de Ward e May? Será que ele vai conseguir perseverar na sua infiltração com Andrew? E a Cavalaria e Hunter, conseguirão finalmente as suas respectivas vinganças? O que deve acontecer com Simmons? Fique a vontade para deixar suas impressões, opiniões e complementações nos comentários.

Até a próxima!

Área Reservada Para Marvelmaníacos:

– Se beijem!

– Não acho que aquela reunião secreta em Glaucester em 1839 tenha muita utilidade dentro do UCM, mas vai que…

– Sobre o lugar que Jemma estava, um leitor comentou na semana passada e algumas páginas do Facebook compartilham a idéia de que se tratava de Morag. Esse é o planeta que aparece no início de Guardiões da Galáxia, onde Peter Quill encontra o orbe. Nos quadrinhos, o primeiro lider dos Krees tinha esse nome, e pode ser que o planeta tenha sido batizado por isso. O Capitão Marvel também nomeia a sua nave desta forma, o que não torna a teoria tão absurda. Jemma poderia ter sido transportada para lá, ou para uma de suas luas – caso vocês não se lembrem, Peter ficava tranquilamente sem seu capacete, indicando que Jemma poderia também sobreviver em sua atmosfera.A teoria é que o Monolito fosse utilizado pelos Krees para se teletransportar aos planetas dominados por eles.

“Don’t die out there” is the new “I love you”.

– Como eu disse na resenha, depois da rápida morte de seu pai em A Era de Ultron, a aparição do filho de Von Strucker é algo muito positivo. Essa família é uma das inimigas clássica do Capitão nos quadrinhos e é ótimo ver que a linhagem continua viva.

-Nos quadrinhos, o filho de Von Strucker se chamava Werner. Com a suposta morte do seu pai, ele tomou para si a responsabilidade de reconstruir a HYDRA. Embora não fosse nenhum santo, faltava nele crueldade e ele mostrava arrependimento por algumas de suas ações. Werner também fez aparições nas histórias de Demolidor, até o momento em que Von Strucker ressuscita e o mata.

James Hong esteve ótimo como Sr. May. Aprendemos um outro apelido para a cavalaria, “Millie”.

– May não voltou porque as coisas não deram certo com Andrew? Rly?

– Elliot menciona que não ouvia sobre os inumanos há muito tempo…Será que a série vai se aprofundar na história da raça inumana na terra? Lembram que no Afterlife falava-se em uns tais de anciões?

– O asgardiano se referiu à Bobbi como “Amazona”. Adrienne Palicky estrelaria a versão de Mulher Maravilha, cujo Piloto foi muito mal lá em 2011.

– Mack chamou a Daisy de ‘Tremors’. Aqui no Brasil, a personagem tinha o nome de Tremor nos quadrinhos (Quake em inglês)

– Repito, Chloe Bennet e Henry Simmons funcionam muito bem juntos.

– Andrew foi o primeiro a dizer “Guerreiros Secretos”. It’s Official!

– Coulson parece já ter escolhido uma prótese. Há algo de especial nela?

– Aliás, toda brincadeira em cima da análise do psicólogo foi muito boa. A hora em que Coulson se surpreende com a análise do médico sobre si, eu também dei minhas risadas.

– Há quem diga que a série as vezes pesa nas tiradas, mas eu gosto. Como por exemplo: “To the plane! … Am I allowed to say that?”,  “Sometimes I can’t help myself with the cool.” e “Fitz, you’re talking but we’re not totally following.”.

– Alguém mais amou o Hunter vibrando quando soube que a Simmons estava de volta?

– Mack e Bobbi se esforçaram muito, na medida dos possível (afinal eles são humanos), para ajudar Fitz. Achei fofo também.

– Nesse final de semana acontece a Comic Con em Nova Iorque. Haverão painéis das séries da Marvel, então fiquem ligados no site – ficaremos de olho em todas as novidades.

– Foi divulgado um poster para o episódio da semana que vem, obviamente centrado em Lincoln.

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Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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