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Algumas coisas nunca mudam: As Melhores Famílias dos Anos 2000 – II

Por: em 10 de dezembro de 2009

Algumas coisas nunca mudam: As Melhores Famílias dos Anos 2000 – II

Por: em

Nossa semana especial da família continua, afinal, família é a parte mais importante de nós, e temos famílias muito diferentes no mundo das séries. Relembre um pouco com a gente as famílias dos anos 80, dos anos 90, e a primeira dos anos 2000 e depois continue aqui com as famílias do meio dessa década.

Scavo (Desperate Housewives, 2004)

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Quem disse que a vida de uma dona de casa é fácil? Além dos afazeres domésticos, Lynette começou Desperate Housewives com 4 crianças para cuidar! Depois tivemos a adição de uma enteada, Tom voltando para a faculdade e, agora, a publicitária está grávida de gêmeos. Não é à toa que ela é uma dona de casa desesperada.

Os gêmeos Preston e Porter sempre foram bem travessos, aprontaram todas as traquinagens. Quando cresceram, continuaram a aprontar, mas desta vez, fumando, bebendo e usando o carro da família. Mas eles vem tomando juízo, chegando ao ponto de Porter dar uma bela bronca nos pais por terem mais filhos. Parker sofria com as brincadeiras dos irmãos mais velhos e é mais próximo da Mrs. McCluskey, estando na casa dela quando o tornado atingiu Wisteria Lane e sendo salvo por Ida Greenberg.

Penny é a garota bem comportada, que ajuda a mãe quando pode. Kayla, a enteada-problema,  é filha de Tom com outra mulher, antes de ele conhecer Lynette. A menina mudou-se para a casa dos Scavos quando sua mãe faleceu e ela começa a mostrar quem é de verdade: convence os gêmeos a colocarem fogo na pizzaria rival, chantageia as pessoas, machuca a Penny. Quando a situação fica insustentável, Kayla vai morar com os avós. E foi tarde!

Mas a família não estaria completa se não falássemos um pouco sobre o pai, Tom. Ele sugeriu que a mulher ficasse em casa cuidando das crianças, mas também inverte os papéis e deixa Lynette trabalhar, se é isso o que a faz feliz. Tom é um pai carinhoso que faz de tudo pela família. E ele e Lynette são o único casal que está junto desde o começo da série. É muito amor.

Momento família: Em um dos momentos mais emocionantes da série, o tornado está passando por Wisteria Lane e os moradores precisam se proteger. Lynette se desespera ao ver que a casa onde os filhos e o marido estavam foi completamente destruída. A gente fica com o coração na mão enquanto os bombeiros retiram os destroços.

Grey (Grey’s Anatomy, 2005)

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Meredith começou a série sozinha, ela e uma casa vazia. Depois vemos uma mãe problemática, que só arrumou mais confusão para a sua vida, com doenças e pessimismo. Seu pai a abandonou quando era pequena e nunca mais deu nenhum sinal de vida, até aparecer uma meia irmã grávida no hospital. Depois disso ela perdeu o controle sobre o reaparecimento da família. A mulher do pai tentou de todo o jeito se aproximar da sombria e bagunçada Dra. Meredith, seu pai aparecia de vez em quando, e depois apareceu a Lexie, sua irmã mais nova.

A Meredith ao longo dos anos tenta a todo custo mudar e ser uma pessoa com menos rancor, tenta confiar mais nas pessoas chega até a se tratar com uma terapeuta. Uma parte importante desse processo de mudança foi a sua irmã Lexie. Lexie entrou para programa de residência do Seattle Grace no quarto ano e logo tentou se aproximar da meia irmã, que não queria uma convivência. Mas aos poucos a Lexie conseguiu vencer essa barreira e se tornar uma irmã de verdade.

Hoje a família Grey são as duas: Lexie e Meredith. O pai aparece algumas vezes, mas as duas se dão bem, se acobertam em alguns casos, e ensinam uma para a outra. Medicina não é sobre cuidar de pessoas? Lexie morou um tempo na casa da Meredith, inclusive.

Momento família: Quando o pai das duas precisou de um transplante de fígado, Lexie queria doar um pedaço do seu, mas não era compatível. Ela pediu à Meredith que doasse e Meredith, mesmo magoada com o pai, doou um pedaço do seu fígado, para que a irmã pudesse continuar a ter um pai.

Walkers (Brothers and Sisters, 2006)

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A família Walker é a típica família suburbana, para os de fora parece perfeita e feliz, mas quando olhamos mais de perto tem muitos segredos escondidos. A Nora é uma mãe e esposa dedicada que descobre, após a morte de marido, que foi traída por mais de 20 anos. Ela se mete na vida de todos os seus filhos enquanto tenta se reerguer e seguir um novo rumo. Suas brigas com a ex-amante de seu marido Holly Harper são antológicas e sempre muito divertidas.

Os muitos filhos de Nora sempre dão dor de cabeça para a mãe. Sarah, a mais velha, sofre para equilibrar o papel de mãe, de Paige e Cooper, e de executiva.  Kitty é a mais envolvida com política, acaba casando com um senador. O fato de ser uma conservadora republicana sempre gera várias discussões em família. Tommy, o mais velho, fica perdido quando não é indicado para a presidência da empresa. Kevin aparenta ser o filho mais realizado, tem um bom emprego como advogado e tinha apoio da família em relação a sua homossexualidade. Por de trás da fachada certinha, é muito meigo e preocupado com toda a família.

Justin é o caçula e dá muito trabalho a todos. Veterano da guerra do Afeganistão, tem problemas com drogas e não sabe direito o que fazer da vida. Acaba se envolvendo com Rebecca, a filha de Holly, que no início todos pensavam ser a filha “perdida” do William. O verdadeiro filho bastardo, com o perdão da palavra – mas ele é realmente muito chato – Ryan, filho de outra amante de William. Não podemos esquecer do irmão de Nora, Saul, que auxilia nas questões empresariais e familiares.

As melhores e piores situações da séries acontecem em meio aos jantares de família, regados a muito vinho, muita conversa e muitas confusões.

Momento de família: Os Walkers resolvem apoiar Justin e vão a uma reunião no centro de reabilitação que ele está internado. Obviamente o simples depoimento de Justin acaba se transformando em uma monumental discussão familiar e enorme lavação de roupa suja, bem a moda Walker.

Suarez (Ugly Betty, 2006)

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Como acontece em várias séries, as famílias mexicanas são retratadas como um ninho de muito amor e alegria e os Suarez são assim também. Carinhosos, com o astral para cima, carismáticos e “coloridos” (repararam como as roupas cheias de vida dos Suarez contrasta demais com a sisudez dos Meade e do ambiente de trabalho da Mode?).

Betty, a feia, é inocente e acaba se metendo em confusões porque gosta de ajudar as pessoas. A irmã Hilda, por outro lado, é pé no chão, apesar de tempestuosa, e coloca um pouco de bom senso na cabeça da menina. Justin sempre apóia a tia e, apesar de novo, é quem geralmente dá os conselhos mais sensatos. E a família não estaria completa sem o patriarca Ignácio, ótimo cozinheiro e o controlador dos impulsos das filhas.

Não importa os apuros que Betty passará, sempre terá esse esquadrão para ajudá-la. Hilda e Justin já ajudaram em alguns desfiles da editora. Mas o contrário também vale! Quando Hilda vendia Herbalux e precisava aumentar a clientela, Betty a levou até a Mode. Quando Ignácio foi deportado para o México, Betty e Hilda movimentaram o mundo para ter o pai de volta.

Momento família: Ignácio volta para o México e não consegue o visto para os Estados Unidos. Betty tenta convencê-lo de que ela e Hilda ficarão no país até que a situação se resolva, mas Ignácio diz para as filhas seguirem a vida e saírem do ninho familiar. Uma cena simples e comovente.

Morgan (Dexter, 2007)

DEXTER (Season 3)

A família Morgan, à primeira vista, é um pouco complicada de se definir – ela representa dois lados praticamente excludentes de um mesmo homem. Em um deles, Dexter é o pai atencioso, o marido prestativo, o cara que trabalha duro pela Rita e pelas crianças. No outro lado, Dexter é o filho de um policial que o ensina a matar, irmão de um psicopata que esquarteja mulheres, e, finalmente, irmão de uma mulher que… Bem, apesar de não ser tão normal, a Deb tá bem mais pro lado de lá do que pro de cá.

A questão é que toda família tem seus segredos, seus mistérios, suas dificuldades… Claro que em quase nenhuma (!) o problema gira em torno de se dividir o teto com um serial killer, mas se em todas elas existe alguém com algo a esconder, a família Morgan é tão normal quanto as outras. Além do mais, todo o resto tá lá: as crises de relacionamento, o dia feliz de casamento, a reunião no dia de Ação de Graças, a ajuda nos trabalhos das crianças, o bebê recém-chegado que não deixa ninguém dormir, a pré-adolescência chatinha da filha…

Há quem diga que a família Morgan não passa de um disfarce pra que o Dark Passenger possa atacar livremente. Mas se depois dessa 4ª temporada ainda existe alguém que acredita que Dexter não sente nada por Rita, Cody, Astor, Harrison e, principalmente, por Deb, que me desculpe, mas você tá assistindo a série errada. A família Morgan é muito mais verdadeira do que aparenta ser.

Momento família: A terceira temporada de Dexter pode ter sido a mais fraca até agora, mas a cena em que Dexter pede a mão de Rita em casamento é uma das que melhor representam os Morgan. Dexter nessa cena não pediu apenas a mão de Rita, ele pediu também a mão de Astor e Cody. Ali ele queria efetivamente formar uma família. E tem jeito melhor de fazer isso do que usando o mesmo discurso da assassina que foi destaque no episódio? É… até tem. Mas não pro Dexter.

Este post foi escrito, a oito mãos, por Bianca, Camila, Guilherme e Jéssica.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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