Depois da bomba da última semana, não era possível que Arrow fugisse da “revelação” sobre o possível culpado da morte de Sara nesse episódio – só que a série resolveu contar essa trama de uma maneira bem mais interessante do que normalmente poderia se esperar. Não houve mil episódios de suspense, muito menos a negação – a verdade foi jogada na cara de Roy, assim como foi jogada na nossa e lidar com isso pareceu um problema muito grande para o recém recuperado do Mirakuru. Tudo nos levava a crer que ele era o culpado. Claro que em um descontrole, por um resquício qualquer da substância em seu sangue, mas era o culpado. Só que precisamos aprender a ver os detalhes para entender o que realmente estava acontecendo.
O roteiro nos levou a história de Ted Grant, ou Pantera para os íntimos, e Isaac, aqueles que um dia cumpriram o papel de vigilantes de Starling City. No meio de grandes devaneios e salvações, Isaac acabou por perder o controle e matou uma pessoa, fato que acabou o distanciando de vez de Ted, que aceitou “desistir” do parceiro por não acreditar mais que poderiam levar aquilo de proteger ao próximo para frente. A história se repete nos dias atuais, com alguns momentos um pouco mais dramáticos, afinal enfatizar que um dos membros da equipe do Arqueiro era o responsável pela morte de uma de suas parceiras, é, no mínimo, bastante complicado. E aqui foi o ponto realmente interessante do episódio: ver como Oliver e Roy vem se desenvolvendo como amigos, além de uma verdadeira equipe.
Não que seja algo novo em sua personalidade, mas o jeito com que Oliver lida com os problemas e com os seus me impressiona positivamente quase que sempre. Ele não desiste e isso é algo bonito do personagem, que contrasta diretamente com as atitudes tomadas por Ted no passado. Destaco duas cenas que achei muito bacanas: a primeira é quando Roy revela seu possível assassinato ao grupo, uma sequência que indicou um misto de sentimentos em todos os personagens e porque não em nós também? Afinal estamos todos ansiando para saber quem é o assassino de Sara. Achei que o tom foi certeiro. A verdade nua e crua, sem muito entender o que estava acontecendo, sem querer mascarar o erro. Depois, a cena da luta contra Isaac, onde Roy pede para que Oliver não o abandone, seguindo por um “nunca” do arqueiro. Interessante que foi exatamente esse momento que deu origem ao nome do nosso arqueiro vermelho, agora respondendo por Arsenal (finalmente!!!). Mas o importante é que descobrimos que ele não foi o verdadeiro culpado – em uma cena que se relacionou diretamente com o que vimos nos flashbacks.
Deixando de lado a trama de Roy, mas não muito distante, Laurel se aproxima cada vez mais do seu papel de Canário e comprova que seu treinamento com Ted vem fazendo efeito. A frieza no momento em que está com uma arma na cabeça deixou claro que alguma coisa mudou, só não sabemos se suas motivações são as mais adequadas – começo a me perguntar como Laurel irá conviver consigo mesma depois que o assassino da irmã estiver no lugar que merece. Sobre a personagem ainda levanto uma coisa: vocês não acharam que ela deu um pouco na cara demais quando falou que o Arqueiro era um de seus ex-namorados? Nem vimos ela com tantos homens assim, então acho que ela podia ter se controlado um pouco mais. Desconfio que ela e Oliver ainda vão bater muito de frente, ainda mais depois que Ollie descobrir que, mesmo depois de seus inúmeros conselhos, ela continuou treinando junto com Ted para suprir a vaga deixada por sua irmã.
O final do episódio coroou a chegada da Cupido, uma personagem que promete dar algum trabalho para o nosso Arqueiro no próximo episódio. Nos flashbacks, além do ritual de meditação, tivemos Ollie dando o apelido de China White para um vilã que promete atormentar a vida do personagem e, mais uma vez, sendo cachorrinho das vontades de Amanda Waller – estou muito curioso para saber onde tudo isso vai parar e se irá relacionar-se com a trama de Ras de alguma maneira. Agora espia o vídeo promocional de “Draw Back Your Bow” e depois dá uma caprichada nos comentários!
