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Arrow – 3×15 Nanda Parbat

Por: em 5 de março de 2015

Arrow – 3×15 Nanda Parbat

Por: em

Continuamos na montanha russa que vem sendo esse terceiro ano de Arrow, com episódios medianos como o anterior seguidos de excelentes tramas como vimos no último episódio exibido. Bastava somente o título para sabermos que viria grandes coisas, mas ao terminar fiquei com a sensação bizarra de não saber o que esperar da série daqui para a frente. Depois de tantas ameaças, treinamento e confrontos de vida ou morte, descobrimos que Ras Al Ghul vem procurando um sucessor, sendo Oliver o principal candidato. Não me diga que por essa você já esperava, porque era impossível.

arrow 315 - roy e thea

Comecemos pela personagem catalisadora de toda a ação do episódio: Thea Queen. De mera coadjuvante, a irmã de Oliver ganhou destaque e vem trazendo grandes agitações para a trama da temporada. Somente nesse episódio, Thea movimentou praticamente a vida de todos os personagens. Inconformada com a sua atitude ao matar Sarah, Thea revelou o grande segredo a Laurel, que reagiu de maneira bem mais racional do que poderíamos imaginar um tempo atrás. A verdade é que a personagem já vem trabalhando a ideia da morte da irmã faz algum tempo e chegou o momento dela aceitar que não existe mais volta. Ela se vestir de Canário, buscar que cometeu o crime ou tentar se vingar não serão escapes suficientes para a sua tremenda dor. Enquanto finge que já superou, Laurel se engana e fica para trás no time de heróis da série – seu treinamento precisa ser mais forte, porque suas cenas de luta ainda são vergonhosas, e a nova Canário foi realmente ousada ao acreditar que poderia ser páreo para Malcolm. Além de todos os seus visíveis problemas físicos, Laurel sofre ainda emocionalmente pelo silêncio de seu pai e pela falta de apoio de Oliver.

Quanto a Lance, nem temos muito o que julgar, afinal não é fácil para um pai descobrir que vem sendo enganado por semanas sobre o paradeiro da sua filha mais nova. Agora o que me chamou atenção mesmo foi a cena entre Laurel e Oliver, onde a mulher da lei aponta que é difícil lembrar de um momento onde ela era apaixonada por ele. Não sei se vocês ficaram com a mesma sensação, mas acredito que a série volta a apostar nos dois como um casal e essa frase foi exatamente para colocar Oliver contra a parede ao viver cercado de tantas mentiras – de verdade, não consigo entender como ele não aprende que as mentiras sempre acabam o prejudicando no final. Interessante também notar que esse diálogo acontece no mesmo episódio em que Felicity dá um chega pra lá no amor platônico e se entrega a tentação da carne, indo pra cama com Ray Palmer – vimos finalmente o nascimento de Eléktron, mas ainda não temos noção da dimensão de seus poderes, o que promete ser explorado nos próximos episódios depois do pequeno hiato que está rolando.

arrow 315 - diggle and oliver

Foi Thea também que entregou Malcolm a Liga dos Assassinos em busca de proteção, o que acaba acarretando na ida de Oliver a Nanda Parbat – um dos cenários mais incríveis apresentados na série até então. Achei muito bacana mesmo a solidariedade de Diggle ao manter-se parceiro de Oliver até o final. O bromance dos dois é um dos pontos altos da série e as palavras de Lila não poderiam ser mais fortes: apesar de Dig ter deixado a farda de lado, ele nunca deixou a batalha, ainda mais quando se trata de seus amigos. E foi ali, em meio as correntes e uma pena de morte iminente, que Diggle pediu para Oliver ser seu padrinho, em uma declaração pura, simples porém muito bonita. Apesar de óbvio, ver Dig chamando o arqueiro de irmão foi bastante intenso para o contexto no qual os personagens estavam inseridos. Interessante também ver que os propósitos de Oliver não eram tão óbvios quanto ele insistiu em gritar aos quatro ventos. Claro que a vida de Thea e o sentimento de culpa que ela carregaria o motivaram, mas a constante lembrança de ser derrotado também o empurrou até aquele momento.

Confesso estar cagando para Malcolm nesse momento da série. Ele vem sendo um personagem desprezível e egocêntrico, porém ainda necessário para que algumas coisas tomem forma. Entendo, por exemplo, a revolta de todos com a parceria que Oliver insiste em manter com ele, mas também acho válido entenderem que ele é o único que tem o conhecimento de dentro da Liga para realmente ensinar alguma coisa. Só que agora as coisas mudaram completamente. Diante da proposta de Ras, não tenho noção do que Oliver fará. Se aceitar, isso significará uma mudança completa para o personagem, que terá de aceitar algumas coisas que sempre foi contra para poder comandar a Liga. Se não aceitar, isso pode significar a sua morte e a de Diggle, o que dificilmente será uma opção para Oliver. Um final que, como prometido pelos produtores, nos deixou sem chão, mais uma vez. Vale também comentar a participação de Roy nas decisões de Thea e em como o personagem tenta ser o equilíbrio para a raiva crescente que se acumula no coração da garota.

arrow 315 - thea

E, apesar de não chamar tanto a nossa atenção como o final em si, vale lembrar que Thea entregou uma faca nas mãos de Nyssa e pediu que ela vingasse a morte da sua amada. Será que vem briga de mulher ou Nyssa não vai acreditar na história de Thea? Nos flashbacks, que começam a ser cansativos e, aparentemente, sem propósito, vimos a liberdade provisória de Oliver e seus amigos, seguida de uma caçada que não acaba bem para nenhum dos lados. Quero entender onde que isso vai levar, porque ainda estou achando extremamente confusa a linha temporal que os flashbacks dessa temporada constroem. E Arrow agora embala na sua reta final e promete fazer episódios sensacionais toda semana. Então é melhor preparar a emoção e embarcar junto nessa história. Dá uma espiada no vídeo promocional de “The Offer” que será exibido em duas semanas.

P.S.: Repararam no Poço de Lázaro logo no começo do episódio? Os produtores prometeram e ele apareceu, em um banho de Ras a longevidade.

arrow 315 - lazarus pit

P.S.2: Não esquece de comentar comigo o episódio hein!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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