Todos nós, fãs de Arrow, não poderíamos estar mais satisfeitos com o bem que o hiato trouxe para essa nova leva de episódios. Revitalizada, a série começa a trabalhar o maior e mais impactante dos arcos dessa temporada e faz episódios excelentes, que nos remetem a boa série que nos acostumamos a acompanhar. Não é segredo que a terceira temporada vem sendo uma montanha russa com episódios espetaculares (quem conseguiu não surtar com o final do 3×09 está de parabéns) entrelaçados com outros medianos, quase inúteis (sim, estou falando de você Cupido). Agora, com apenas mais seis episódios até o seu fim, esperamos que o roteiro engrene de vez e consiga nos levar a lugares inesperados. Por tratar de temas tão continuados, a review abordará os dois episódios ao mesmo tempo.
Quando Ras ofereceu seu posto para Oliver, a proposta pareceu meio sem propósito a todos nós – afinal eles tinham duelado sob pena de morte e agora eram os mais novos amigos? Só que vale ressaltar três pontos importantes dessa “proposta”:
1 – Oliver sobreviveu a espada de Ras Al Ghul – E por mais estranho que essa frase possa soar, ela é uma das profecias mais antigas disseminadas dentro da Liga dos Assassinos. “Aquele que não perecer diante da lâmina de Ras Al Ghul, deve se tornar o próximo Ras Al Ghul”. Claro que isso trás uma série de implicações como a própria linha de sucessão, já que os privilégios de Nyssa passaram a ser desprezados a partir do momento que seu pai escolheu um novo sucessor;
2 – Ras viu Oliver além do sobrevivente a sua lâmina – Pensem bem e será impossível não apontar Oliver como alguém merecedor a deter tanto poder nas mãos. Todas as coisas de que abdicou para salvar aqueles que ama e sua cidade, o elevam e transformam o papel de vigilante como uma transição para algo muito maior e transformador. Oliver pode fazer muito mais com a Liga dos Assassinos ao seu comando, além de poder se proteger de fato (poço de Lázaro e um banho nunca vão mal pra ninguém) e proteger os que ama.
3 – Não foi bem uma proposta que Ras fez – Apesar de parecer muito educado e disposto a aceitar a ideia de Oliver em um primeiro momento, pudemos perceber que Ras não é esse cara legal e gente boa que toma um não e aceita. Usando dos seus meios bastante convincentes (usar a “fantasia” de Arqueiro e atacar a cidade que ele tanto tentou proteger foi uma ideia simples e genial), Ras mostrou para Oliver que todos que o ajudavam estavam se virando contra ele e que tudo que ele tinha era um beco sem saída para a resposta mais plausível de todas – o Sim.
Foi interessante ver a reação de Lance com todo o desenrolar do Arqueiro nessa temporada. Apesar de achar um pouco infantil demais toda a ceninha de “você não contou que minha filha estava morta”, consigo entender o desenrolar desse fator para a trama e o como isso mexe com a cabeça de Oliver, que se vê completamente sozinho e sem propósito. Talvez esse tenha sido o ponto que mais me agradou no enredo trabalhado por “The Offer“: o questionamento que Oliver faz sobre tudo que vem fazendo desde que voltou da ilha. Naquele momento, ele coloca na balança tudo que “conseguiu fazer” contra todos os prejuízos das batalhas e as suas consequentes inúmeras perdas. Gosto da insistência dele, gosto dele acreditar em um ideal, mas também tenho medo das limitações que sua equipe esbarra agora. Apesar de tamanha parceria, eles parecem cada vez mais atados a fatos que não podem lutar contra.
E vai ser bem bacana como tudo isso vai ser resolvido, porque temos que nos lembrar sempre que Oliver Queen é um herói sem super poderes. Sua grande força vem da bravura e dessa insana vontade de transformar o mundo em um lugar melhor. Apesar disso, o elemento fantástico entra no universo de Arrow com a finalização do traje de ATOM, utilizado por Ray Palmer. E aqui seguem uma série de ressalvas, porque não dá. O cara chegou outro dia e quer mandar na porra toda? Fiquei revoltado com o chilique de Ray para prender Oliver. Foi completamente sem propósito, uma típica ilustração de “tenho dinheiro, logo tenho poder”. Ray está muito longe de conseguir entender o que é abdicar de uma série de coisas para poder salvar ao próximo e, por isso, aplaudo Oliver pelas inúmeras demonstrações durante “Suicidal Tendencies” – porque a gente sabe que ele podia ter dado uma surra naquele babaca sorridente só para ele perder uns dentes e não ficar cheio das graças por aí.
Não sei o que acho do seu romance com Felicity. Na verdade, não sei nem se quero achar alguma coisa. A personagem vem sendo descaracterizada e se transformando apenas em um elo de um triângulo amoroso que ninguém se importa – afinal, quem no mundo vai torcer para o Ray ficar com ela no final? Sério, acho uma perda de tempo, mas é um elemento que acaba tendo que acontecer para aquecer um pouco dos ânimos dos personagens. Thea também teve seus bons momentos e acho magnífico que finalmente estão voltando com o lance entre ela e Roy, que nunca devia ter sido deixado de lado. Acho a problemática entre ela e o pai uma das mais interessantes da temporada e não acho que está perto de acabar, pelo menos não teremos ela resmungando que o matou em uma atitude impensada.
Laurel não teve grandes momentos, mas conseguiu se firmar como uma integrante do #TeamArrow e agora com os treinamentos de Nyssa, pode se tornar uma grande combatente do crime (confesso ter achado sensacional trazerem alguém que está envolvido com a Liga para treinar a nova Canário). Também tenho que citar que o roteiro vem dando pistas de que Laurel e Oliver podem sim retomar aquela conturbada relação do passado, o que espero não ser de maneira impensada, já que vai e volta de casal em série de herói não tem lá sua importância. Um dos grandes destaques do episódio da última semana foi a volta do Esquadrão Suicida, em sua melhor forma, e as implicações que a missão de lua de mel acabaram trazendo para a vida de Diggle. Estaria mesmo ele disposto a largar a sua equipe para ter uma vida em família? E quem mais achou que o irmão de Diggle nunca morreu, pode levantar a mão e se juntar a mim – essa é uma das viradas mais dignas de Arrow.
O cerco parece se fechar e, com a aproximação do final da temporada, tudo pode acontecer. Os produtores prometeram que todos os episódios de agora em diante mudarão completamente a nossa visão da série e eu espero que essa promessa seja cumprida. Te deixo agora com o vídeo promocional de “Public Enemy“ e espero o seu comentário logo abaixo!
P.S.: Review’s super atrasadas por compromissos pessoais! Essa semana voltamos a programação normal!
P.S.2: WTF??? SHADO ESTÁ VIVA????????
P.S.3: Não acreditei que mataram o Deadshot logo quando todo mundo começou a gostar dele :/
P.S.4: Achei que os produtores iriam dar um nó na nossa cabeça e fazer com que a viagem no tempo de Flash influenciasse a linha temporal de Arrow, mas ainda não foi dessa vez que isso aconteceu.
