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Arrow – 3×18 Public Enemy

Por: em 2 de abril de 2015

Arrow – 3×18 Public Enemy

Por: em

“You have no idea how powerful the truth can be” 

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Cara, acabei de ver o episódio e ainda não consegui assimilar o tanto de informação que foi colocado em tela nesses 40 minutos. Um misto de ação com muita aflição é o que resume a saga de Oliver Queen contra a proposta de Ras Al Ghul, que agora toma medidas catastróficas para provar que não está de brincadeira quando diz o que quer. Arrow não perde tempo mais com um caso da semana, a trama se volta de uma vez por todas para o seu protagonista e com isso atinge, sem dúvida alguma, o clímax da temporada.

Já faz algum tempo que os produtores vem prometendo mudanças de proporções grandes nos episódios da reta final, porém não podíamos imaginar a que ponto a sede de Ras por um sucessor poderia chegar. Aqui vimos que vai muito longe. O líder da Liga dos Assassinos conseguiu voltar toda a cidade contra o Arqueiro (e sua equipe), fazendo com que as únicas alternativas que restassem fossem a cadeia ou a liderança. Vale destacar aqui a sequência inicial do episódio que mostra Arqueiro, Arsenal e Canário de frente contra a Liga e mostrando como a evolução dos três, seja como time quanto individualmente, vem acontecendo de forma exponencial, os colocando a ponto de estarem pareos para combatentes tão bem treinados como os da Liga – claro que parte da evolução de Laurel decorre do seu treinamento direto com Nyssa, personagem que tem muito potencial a ser explorado ainda.

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Agora a maior jogada de Ras foi esfregar a verdade na cara de Lance, de forma brutal, o colocando como o verdadeiro idiota da situação e não o deixando com outra escolha senão uma caçada voraz a Oliver Queen. Antes mesmo disso, tivemos toda a polícia de Starling City atrás do nosso grupo de herois – depois do ataque a prefeita e ao Ray Palmer -, o que já rendera sequencias espetaculares de ação que a série não via há algum tempo. Mas a revelação da identidade do nosso protagonista coloca a série em um outro nível. Não foi somente Lance que descobriu que Oliver estava por trás desses três anos de vigilância, mas Starling inteira agora sabe e pode pressupor o que quiser. Sabemos a força que a massa tem e o quão facilmente pode ser induzida. então era de se esperar que todos se voltassem contra ele assim que a polícia anunciou o seu nome – esquecendo de tudo de “bom” que ele já fez um dia.

O que me soa um pouco errado é o quão justiceiro Lance quer ser com Oliver, mas ao mesmo tempo é completamente condizente com a segunda identidade de Laurel – dois pesos, duas medidas. Achei incoerente e comecei a pegar um pouco de raiva do detetive por estar sendo tão “infantil” de levar sua dor a proporções catastróficas como a prisão de Oliver. Me agradou muito também as cenas em que a equipe do Arqueiro se reuniu para tentar resolver o problema ou pelo menos prestar qualquer tipo de consolo ao líder – o que faz da sequência final surpreendente, porém muito coerente com a maneira que aquela equipe foi construída e fundamentada em cima de um líder que só queria proteger todos que estavam por perto. A inclusão de Thea no meio de toda a ação a aproxima cada vez mais de ser uma integrante e quem sabe ganhar seu espaço ali dentro, o que claro virá depois de uma relutante discussão com seu irmão (talvez algo que só veremos na próxima temporada).

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Uma das melhores cenas do episódio (e me arrisco dizer, uma das melhores de Lance) foi o momento compartilhado entre o policial e Oliver dentro do caminhão que o transportava para uma cadeia. O ressentimento nem um pouco contido nas palavras de Lance colocavam Oliver exatamente no lugar em que ele acreditava merecer estar, o fundo do poço que Ras planejou que ele atingisse para se ver sem saída e tomar qualquer medida desesperada. De verdade, a dor ultrapassou a barreira da tela naquele momento. Cada nome que Lance adicionava na lista de “danos colaterais” da brincadeira de herói, passava como um caminhão por um cara que esteve lutando exatamente para que isso não acontecesse. Junte as duras palavras ao questionamento que ele já vinha se fazendo nos últimos episódios, de onde tudo isso o tinha levado, o que ele realmente tinha conseguido conquistar, e você percebe que Ras vai conseguir o que quer. Oliver caminha agora para a sua única saída: ser o herdeiro do demônio.

Me surpreendi muito quando Roy apareceu ali e achei uma das ações mais altruístas que o personagem poderia ter, um verdadeiro parceiro que se coloca na linha de tiro para defender àquele que um dia o tirou do perigo. Sério Arsenal, somos seus fãs. Diante da confissão em frente a todo um cortejo policial, Lance provavelmente se verá obrigado a liberar Oliver, que é exatamente o que a sua equipe precisa para tomar qualquer tipo de medida, mas me parece muito certo que ele terá de caminhar junto com a Liga para conseguir qualquer coisa a esta altura – se você ainda não viu a promo de Flash que foi lançada depois do episódio de ontem, ela contém grandes spoilers sobre o que está por vir no caminho do nosso arqueiro. E no meio de tramas tão interessantes, quem poderia imaginar que Felicity estaria aliada a um plot chato e desnecessário. Cara, pouco me importo com o Ray. Se ele morrer ou não, tanto me faz. Acho que esse cara não nasceu pra interpretar herói, porque não to dando a mínima pra ele.

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Venho achando as cenas dele cada vez mais forçadas e esse romance com Felicity então chega a me dar ânsia de tanto mimimi que estão colocando em cena. Até mesmo a mãe da nerd, que é uma das melhores personagens que a série já apresentou, acabou ficando apagada. Pouco interessante também foram os flashbacks que dessa vez nos mostraram a irmã-gêmea de Shado, Mei, descobrindo finalmente sobre o paradeiro da irmã e do pai e ajudando Oliver a escapar, mais uma vez, da mira de Amanda Waller – o que fica bem confuso para mim, porque achei que essa brincadeira de gato e rato dos dois já tivesse acabado. Fica bem difícil entender quais os propósitos de Waller e da ARGUS nisso, o que espero ser explicado até o final da temporada, porque venho me sentindo bem enrolado por essa parte da trama que parece não sair do lugar desde o primeiro episódio.

Pé no freio e aguardemos agora até o dia 15 de abril, quando a série volta com seu próximo episódio inédito, “Broken Arrow”. Enquanto isso, comenta comigo, por favor!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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