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Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

As melhores temporadas de 2010

Por: em 27 de dezembro de 2010

As melhores temporadas de 2010

Por: em

Final de ano…nada mais normal do que uma boa lista das melhores temporadas de 2010, certo?

Como já fizemos ano passado, cada um dos colaboradores do Apaixonados por Séries escolheu sua temporada preferida e escreveu um texto bem particular com suas opiniões. Gosto é gosto, e como somos um time repleto de opiniões divergentes, tem série para todos os gostos aí embaixo. Também escolhemos a melhor temporada geral do ano, que recebeu esse título pela quantidade de votos do grupo.

2010 foi um e tanto, não é? Vale notar que esse top não é por colocação e está por ordem alfabética do nome dos autores. E não se esqueça de voltar quarta feira para conhecer o outro lado da moeda com as escolhas das maiores decepções temporadas do ano!!

One Tree Hill (por Alexandre)

De todas as séries que estão na minha watchlist hoje em dia, a única que faz com que eu me sinta humano é One Tree Hill. A relação que tenho com a série é algo simplesmente surreal e eu não sei explicar. Antes dessa 8ª temporada começar, o Mark disse que teríamos a melhor season da série. E eu, incrédulo, duvidei que ele conseguisse derrubar a 3ª temporada do meu top. Mordi a língua com muita, mas muita força. Tudo está maravilhoso e se encaminhando do jeito que deveria. Clay e Quinn seguraram muito bem todo o drama dos capítulos iniciais, a interação entre todos os personagens (coisa que eu mesmo critiquei muito na 6ª e na 7ª temporada) tá excelente, a abertura voltou e o Mark parece disposto a nos deixar a cada episódio mais nostálgicos. O clima das primeiras temporadas está sendo resgatado aos poucos e as citações a Lucas, Peyton, Karen, Rivercourt e tantos outros elementos que tornaram a série clássica se tornaram uma constante. Episódios marcantes (como o 8×03, 8×06 e 8×11), situações emocionantes, trilha sonora fantástica e a capacidade de me deixar arrepiado com uma simples cena… A situação da série é incerta, mas o que fica é a certeza de que, se essa for mesmo a temporada final da série, estará encerrando com chave de ouro. Vida longa a Mark Schwann!

Law & Order: Special Victims Unit (por Bianca)

Faz pouco tempo que acompanho Law & Order SVU como uma boa apaixonada por série deveria fazer – eu ainda não vi a sétima, oitava e nona temporadas inteiras – mas eu estou completamente viciada na temporada atual. Como feminista e uma pessoa revoltada com as injustiças do mundo, é bom ver estupradores e abusadores de mulheres e crianças recebendo o castigo que merecem. Isso porque, na vida real, isso raramente acontece (bem, a não ser que você seja o Julian Assange e esteja sendo procurado pela CIA por ter feito sexo sem camisinha). L&O SVU é uma série com tema pesado (conheço muita gente que não consegue ver nem um episódio, enquanto eu assistia a um ep antes dormir como um anjo), mas sempre muito bem produzida. Como não vi direito três temporadas, não sei em que ponto SVU evoluiu tanto para que as 11ª e a 12ª  temporadas juntas se tornassem a melhor série do ano. As tramas estão muito bem trabalhadas, envolventes (o 12×03, com a participação da Jennifer Love-Hewitt, foi um dos melhores episódios EVER e ainda faz uma grande denúncia), deixando de ser uma série com um “crime por episódio” e tendo desdobramentos, além de mostrar como cada caso afeta e influencia cada um na equipe. Acho muito importante que esta série fale de um tema tão delicado e, infelizmente, camuflado na sociedade.

Raising Hope (por Bruna)

Conheci Raising Hope por indicação de uma amiga e comecei a assistir sem pretensão alguma, só sabia que era uma comédia sobre uma família criando um bebê. Nenhuma outra série havia preenchido o vazio deixado por My Name Is Earl e, finalmente apareceu Raising Hope com o mesmo tipo de humor e com tiradas tão boas quanto para preencher essa lacuna. Mas a minha escolha não foi apenas pela semelhança (e por ter o mesmo criador, Greg Garcia) com My Name Is Earl : Raising Hope mostra uma família caricata, cheia de defeitos e muito atrapalhada, que faz tudo o que pode para tornar a vida de uma criança mais feliz e completa. Raising Hope mostra o quanto as pessoas estão dispostas a mudar por amor a sua família e como a vinda de uma criança pode mudar a perspectiva de todos, e dar significado para um pai que não sabia o que fazer da sua vida até então. Hope, (ou Princess Beyoncé) é um bebê adorável e a sua família é completamente insana. Essa combinação me fez escolher Raising Hope como a melhor série que vi em 2010.

The Big C (por Caio)

Com a trama básica de uma mulher que descobre ter câncer e decide aproveitar a vida e o tempo que lhe resta, o canal Showtime não imaginava que sua nova série The Big C seria tão bem recebida. O fato é que a história da série vai muito além de sua personagem principal Cathy Jamison aproveitar a vida. Ela tem drama, comédia, humor negro e atuações impecáveis. O roteiro de Darlene Hunt é simples, mas ela o faz com tanta maestria que tudo flui perfeitamente. É impossível não se colocar no papel de Cathy, de Paul, Adam…dos outros personagens, e de como nós lidaríamos com a situação. A série nos faz pensar…e julgar. Quem não disse diversas vezes durante a temporada: “Cathy é egoísta” mas se questionou quanto a veracidade da sentença? São personagens reais, palpáveis e muito simpáticos. Durante os 13 excelentes episódios (teve apenas um mesmo que eu não gostei tanto), tive vontade de me transportar para Minneapolis, abraçar Marlene; ajudar Cathy; dar uma volta com Andrea. Claro, o que de fato leva The Big C nas costas? Laura Linney e sua atuação excepcional. Linney deu show em todas as cenas, sendo capaz de nos emocionar ou fazer rir com pequenos gestos ou lances de olhar. O elenco ainda consiste do ótimo e divertido Oliver Platt; da sarcástica Gabourey Sidibe; da senhora mais legal do mundo Phyllis Somerville e da excêntrica Cynthia Nixon. Muito humor negro, trilha sonora fenomenal e uma trama básica mas incrivelmente pegajosa (no bom sentido) transformaram The Big C na melhor estreia do ano para mim. E nem preciso comentar que milhares de outros fãs e críticos também concordam comigo!!

Mad Men (por Camila)

Mad Men conseguiu nesta 4ª temporada se aprofundar de uma maneira muito convincente nos dramas dos personagens, em particular do seu protagonista, Don Draper, suas muitas mulheres e sua tentativa de ser ele mesmo. Ao contrário das outras temporadas em que os problemas da agência ganhavam dimensões maiores dentro dos episódios, nesta tivemos sim esta participação, mas conseguimos ver como estes problemas afetam a vida de cada um, agora que são sócios da Sterling Cooper Draper Pryce e tem que cuidar para mantê-la viva. A vida dos funcionários também é influenciada e retratada pela série de uma forma muito legal. Impossível não gostar de Peggy e Joan, e mesmo o drama delas sendo contido, a atuação das atrizes é tão boa que conseguimos sentir tudo o que elas estão passando. Conseguimos nos identificar com as situações que elas vivem e nos revoltar por uma época tão machista! E já que falei de revolta, como a Betty nos revoltou com sua postura com a filha, Sally, minha personagem preferida da série. Sally é fofa, uma criança adorável, inteligente e muito mais equilibrada que mãe. A menina está descobrindo o mundo agora, com novos amigos e a ajuda de uma psicóloga. E ela começou essa descoberta indo num show dos The Beatles, mal cabe em mim tanta inveja! Eu queria que Mad Men fosse uma série da fall season, para ter um excelente drama para acompanhar por mais tempo.

Modern Family (por Cristal)


A segunda temporada de Modern Family começou com uma difícil tarefa nas mãos: superar a primeira temporada. O caminho já estava aberto, os prêmios estavam chegando e a crítica já havia se dobrado a qualidade da série, faltava apenas a confirmação de que o seu público não se cansaria tão rápido… E não se cansou. A série passou a atrair, semanalmente, uma média de 10 milhões de telescpectadores; subindo em um milhão a média do seu ano de estreia, uma ótima audiência pra uma série de comédia da ABC, tradicionalmente conhecida por suas tentativas frustradas de fazer rir. E é isso o que Modern Family faz com maior excelência, independente dos seus ótimos atores e das histórias familiares sempre tão inspiradas, não há um único episódio em que a série não nos provoque risadas gostosas e genuínas, seja com o temperamento explosivo de Gloria, a mania de controlar tudo e todos de Claire ou até mesmo as tão diferentes personalidades das crianças. Modern Family veio pra ficar como uma comédia familiar daquelas que não se vê há anos… Que nos faz rir na mesma intensidade que nos emociona.

Breaking Bad (por Guilherme)

A terceira temporada de Breaking Bad não foi só a minha temporada favorita do ano. Foi uma das minhas temporadas favoritas de todos os tempos. A premissa da série é restritiva pra caramba: um professor de química com câncer que, caso morra, tem vontade de deixar a família numa condição financeira boa — através do dinheiro do tráfico. É difícil imaginar quantas e quais direções uma série pode tomar a partir disso, mas Breaking Bad consegue explorar tanta coisa diferente em seus personagens, tantas emoções diferentes, que em vez de a terceira temporada repetir o que a série já tinha feito absurdamente bem nos dois anos anteriores, ela simplesmente mergulhou em Walter e Jesse e mostrou lados diversos dos dois, dando oportunidade pra Bryan Cranston e Aaron Paul superarem ainda mais o que já haviam feito em frente às câmeras. Walter teve que encarar os problemas de seu casamento, tentou se afastar do mundo do tráfico, mas a reta final da temporada o acertou em cheio no peito o provando como já era impossível fugir. E Jesse, ao admitir que era o cara mau da história, ironicamente acabou se provando o personagem mais corajoso da série, disposto a morrer pelos ideais que acredita. A espera tá sendo longa pela quarta temporada, mas enquanto essa terceira existir, reassisti-la é um exercício incansável pra qualquer um verdadeiramente apaixonado por séries.

Fringe (por Iraia)

Incrível como Fringe é uma série que nunca me cansa. Apesar dos baixos índices de audiência, que inclusive levaram a FOX a transferir a série para um slot na sexta-feira, Fringe mostrou nesta 3ª temporada que ainda há esperanças para bom e velho sci-fi, apenas precisa ser bem executado. Muitos estavam incrédulos com o plot da Olivia presa na outra dimensão e a Olivia alternativa lépida e faceira na nossa dimensão, mas isso não fez com que a série perdesse o fôlego ou ficasse desinteressante. Muito pelo contrário, ficou ainda mais interessante, já que pudemos ter uma base da dinâmica da outra dimensão e um vislumbre de como vivem as versões alternativas de personagens que já são velhos conhecidos nossos. Fringe retornou com episódios de tirar o fôlego, 8 deles consecutivos tratando da história principal e apenas um filler – que por sinal foi igualmente fantástico – e provou que o formato serializado, se bem conduzido, ainda tem condições de surpreender e deleitar até os fãs mais exigentes. Some-se a isto o fato de que a Ana Torv melhorou muito suas habilidades de interpretação, Joshua Jackson conseguiu manter o charme de seu personagem e ainda temos na série John Noble, um dos melhores atores em atividade na TV (Ei, senhores jurados do Emmy! Que tal parar de esnobar o cara?). Pronto. Temos praticamente a receita para uma série de alto nível: comprometimento para com a história principal (confesso que meio que perdia a paciência com os vários fillers seguidos das temporadas passadas), roteiros inteligentes (sci-fi precisa fazer sentido e ser crível) e boas interpretações (até os coadjuvantes fizeram bonito nesta temporada, inclusive o ótimo Kirk Acevedo, que foi deixado de lado em temporadas passadas). Agora é torcer para que a qualidade (tanto criativa quanto técnica) não caia com a ida da série para o infame slot da sexta-feira.

Parenthood (por Jéssica)

Parenthood veio para mostrar que é possível ter uma série familiar despretensiosa, divertida e adorável. Depois da decaída de Brothers & Sisters essa vaga estava precisando ser preenchida. Com personagens cheios de qualidades e defeitos, essa enorme e bagunçada família foi conquistando o respeito pouco-a-pouco com capítulos simples e histórias do cotidiano. Pessoas que podiam ser nossos vizinhos, amigos e até membros da nossa família. Pela diversão garantida a cada semana eu escolhi Parenthood como a melhor série desse ano.

The Vampire Diaries (por Leandro)

Explorar a temática vampiresca atualmente é extremamente perigoso, já que vivemos em meio a fanáticos por Crepúsculo e que qualquer coisa é motivo para atacarem a primeira pedra. The Vampire Diaries veio para mostrar que não era cópia de nada e, apesar de explorar o mesmo mundo, tinha uma profundidade e um jeito de contar muito diferente da primeira trama citada. Construindo uma trama que envolvia praticamente todos os personagens, o final da primeira temporada foi o ápice da série no ano, quando percebemos que não era só um drama adolescente típico da CW. E quando pensávamos que a série se perderia, veio o começo da segunda temporada e, episódio após episódio, a série provou quão boa e amarrada é. Os personagens evoluíram, os atores amadureceram, as tramas são mais profundas e os episódios mais tensos. A adição de personagens como Katherine por um período mais ‘permanente’ na trama foi sensacional. A intensidade que a história dos lobos está sendo contada, a dor que foi passada na transformação, sério, é sensacional. E não vou nem lembrar do baile de máscaras para não falarem que eu puxo o saco da série só porque faço review! Hoje arrisco dizer que The Vampire Diaries é a melhor série no ar, ou pelo menos a que mais se esforça para isso, e com isso leva o primeiro lugar no meu podium!

Boardwalk Empire (por Lucas)

De uma série da HBO com seu piloto dirigido por Martin Scorsese, Terence Winter (The Sopranos) nos roteiros, Steve Buscemi como um dos personagens principais se espera, no mínimo, um produto final que beira o excelente. Algumas séries, entretanto, não conseguem emplacar, mesmo com tanta gente boa por trás de sua produção. Felizmente, este não é o caso de Boardwalk Empire. Com roteiros amarrados, trilha sonora e edições impecáveis e um elenco cuja química entre seus integrantes é evidente, a série é, na minha opinião, a melhor estreia de 2010. O texto da série é muito bem pensado. Por ser uma série com um cenário histórico como pano de fundo de seus grandes acontecimentos, poderia tornar-se uma série monótona, mas não é isso que assistimos na produção. Que 2011 chegue com uma temporada melhor ainda de Boardwalk Empire. Para quem ainda não conferiu, não se arrependerão. Comece com as Primeiras Impressões que a Iraia escreveu e com a situação histórica muito bem explicada pela Camila!

Nikita (por Rodolfo)

Pensei em escolher Being Erica, pois não há dúvidas de que a 3ª temporada foi ótima. Mas Nikita me conquistou em 2010 e merece o primeiro lugar entre as minhas favoritas. No início pensei que seria uma bomba da CW, mas bastaram três episódios para perceber o potencial da série. Maggie Q está exuberante e no papel da protagonista. A fotografia é bela, soturna e fria, digna de cinema. O roteiro não é inovador, mas nos apresenta muita ação, suspense e reviravoltas, ou seja, tudo aquilo que esperamos em uma série sobre espionagem. Quem assistiu ao último episódio do ano (1×11 – o melhor da série até então) sabe bem do que estou falando. Nikita é fantástica! A CW acertou em cheio desta vez.

Smallville (por Rosangela)

Depois de duas ou três temporadas bem “capengas” e de sentir a ausência de seu personagem mais importante (leia-se Lex Luthor), Smallville finalmente se firmou e voltou a ser um pouquinho do que era quando estreou. Digo um pouquinho porque a série melhorou muito quando abandonou aquele tom meio “X-Men” e se focou completamente na mitologia do Superman, e principalmente em sua evolução. Aliás, esse foi o grande trunfo dos produtores: mostrar o lado humano de Clark, todas as suas dúvidas e medos, além de seu desejo de tornar Lois sua esposa, um dos momentos mais esperados pelos fãs da série (só perde para a tão aguardada sequência em que ele vestir o uniforme e voar).

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E série escolhida por nós do Apaixonados por Séries como a melhor de 2010 é:

Em 2010, o Apaixonados por Séries faz coro com a grande base de fãs da série: é Fringe na cabeça! Em uma sequência sensacional de episódios, a série mostrou a luta de Olivia pela sobrevivência na outra dimensão, a eficiência da bem treinada Olivia alternativa em nossa dimensão e os planos de preparação para a guerra do Walternativo. Também acompanhamos, ansiosos pelo desfecho, o romance ilusório de Peter com uma Olivia que veio para espioná-lo e tentar destruir o seu mundo, enquanto a mulher que ele amava de verdade comia o pão que Walternativo amassou na outra dimensão. Mas em Fringe é assim mesmo: as coisas nem sempre são o que parecem. Mesmo com a constância de qualidade técnica, roteiros, elenco e produção, Fringe foi parar num temido (e pouquíssimo assistido) horário de sexta-feira. Mas, novamente, em Fringe é assim mesmo: a luta pela salvação é árdua e constante. Estamos todos na torcida para que a série mantenha o alto nível e continue nos surpreendendo quando retornar em Janeiro de 2011.

Outras séries que receberam votos mas não foram as primeiras opções dos autores: 30 Rock, 91210, Being Erica, Bones, Community, Criminal Minds, Dexter, Doctor Who, Grey’s Anatomy, Hawaii Five-0, House, Mike & Molly, Misfits, Parks and Recreation, Private Practice, Secret Diary of a Call Girl, The Good Wife, The Pacific e Weeds.

E não se esqueça: quarta feira a lista das maiores decepções de 2010!!


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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