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As mulheres indicam as melhores séries “masculinas”

Por: em 25 de setembro de 2010

As mulheres indicam as melhores séries “masculinas”

Por: em

Nossa proposta se assemelha a dos meninos: Você menina, ja se apaixonou por uma série que nenhuma de suas amigas conseguia assistir, por ter muito sangue, lutas, explosões, serial killers, ou piadas machistas, e você acabou não tendo com quem comentar tudo de maravilhoso que viu nessa série? Aqui é o lugar!

Nós, meninas do Apaixonados por Séries selecionamos algumas produções que são taxadas como “séries masculinas” para mostrar as leitoras que as mulheres tem sim, todo o direito de assistir as séries que quiserem. Tanto homens quanto mulheres podem gostar delas, basta apenas expandir um pouco mais os horizontes.

Confira abaixo as nossas sugestões:

Battlestar Galactica (por Bruna Antunes):

Cylons (máquinas humanóides) vs. Humanos, muitas cenas de batalhas entre naves espaciais, lutas, discussões, politica, religião, intolerância. Todos esses conflitos são maximizados por se tratar de uma microcivilização ameaçada de extinção na qual os humanos lutam entre si enquanto fogem dos Cylons. Battlestar Galactica é uma série extremamente nerd. É o tipo de série divisora de águas: se você assistiu a ela, pertence a um tipo mais nerd entre os nerds.

Fica claro desde o primeiro episódio que Battlestar Galactica trata de ficção científica e por si só, esse fator já afugenta as meninas. Mas não podemos deixar que um rótulo nos afaste de uma série tão boa: Battlestar Galactica tem muito sci-fi, mas ao mesmo tempo tem muito (talvez mais, até) de relações humanas: A forma como cada pessoa se posiciona diante da possível extinção do seu povo, a forma como as diferenças de etnia são tratadas, os amores e os ódios, e as correlações da ficção com a realidade.

Dexter (por Cristal):

Dexter é um serial killer. Mas se você não mora em Marte, a essa altura já sabia disso. O que realmente importa é que ele não é um assassino qualquer; Dexter mata seguindo o que se pode chamar de um “código de honra”. Suas vítimas são sempre bandidos, assassinos, estupradores, pessoas que, por um motivo ou pelo outro, conseguiram escapar da justiça. E se nós meninas não somos as maiores fãs de séries de ação, já dá pra imaginar que a grande maioria não morra de amores pela idéia de ter um serial killer como protagonista.

Só que, além de vingar a sociedade, Dexter também trabalha na polícia de Miami como perito especializado em sangue.  E talvez esteja aí o maior charme do nosso protagonista: Dexter é um nerd. Aficionado pelo que faz, seja matar ou ajudar a desvendar crimes, Dexter é dedicado, empolgado, inteligente e até mesmo brilhante. Sem contar que, mesmo não acreditando ser capaz de amar, ele se entrega completamente às pessoas que estão ao seu redor. Claro, se você vive ao lado de Dexter, há sempre o risco de acabar morto numa banheira… Mas, até que isso aconteça, o serial killer mais querido das séries vai cuidar de você e da sua família como se não houvesse amanhã.

Supernatural (por Márcia):


Nesta série temos os irmãos Winchester lutando contra as forças do mal (isto ficou tão sessão da tarde!). Seguindo uma tradição familiar, Dean e Sam seguem pelo país atrás de manifestações demoniacas ou bizarras criaturas – vampiros, Wendigos, metamorfos, fantasmas, bruxas e outros. Uma série cheia de aventura, pois cada caçada traz surpresas e sustos, além de claro muito sangue e “bicho feio”. Na verdade, estas aventuras são pano de fundo para um belo drama familiar: briga entre irmãos e  outros desacertos familiares. A série pode ser classificada como de “meninos” pois tem violência excessiva, muito sangue, armas, rock pesado, armas poderosas, ou seja, só falta mesmo a protagonista gostosa para receber o titulo com honras.

Com esta introdução, podem estar se perguntando como meninas podem assistir? Eu respondo fácil, e nem vou falar que os protagonistas fazem um bem enorme aos olhos, é pelo humor que existe na série. Sam e Dean, apesar dos atores não serem candidatos a nenhum Oscar, tem uma química rara e conseguem fabricar humor com facilidade. Esta quimica entre os atores poder ser comprovada nos extras dos DVDs, é visivel o  quanto eles se divertem juntos, dentro e fora de cena. Além de me fazer rir, outro ponto que gosto bastante na série é a trilha sonora, que me atraiu de imediato (o “tema” da série é um dos meus toques de celular). Então, pensem: beleza, humor e boa musica? Tudo isto acompanhado de aventura e drama? Impossível resistir.

CSI (por Bianca):

Las Vegas, cassinos, assassinatos, sangue, investigações criminais e uma trama não linear, do tipo que você pode assistir a um episódio da segunda temporada e depois ver a um da quarta sem sequer perceber que passou tanto tempo entre um episódio e outro. Esses ingredientes formam a série CSI, uma das mais famosas entre os fãs de séries. Mas mesmo com todos esses ingredientes, ela não agrada tanto à ala feminina dos telespectadores. Bom, isso se você não contar os belos integrantes masculinos da polícia científica.

Mas não é (apenas) por isso que eu gosto da série. CSI me mantém cativada desde a primeira vez que a assisti, há anos na Record (e eu não gosto de assistir série dublada). Afinal, uma série com uma boa direção e fotografia, mistérios intrigantes e um roteiro amarrado, mesmo que seja fechado em cada episódio, são um prato cheio para qualquer fã de seriados. Nem todos as as histórias terminam em seus 40 minutos e é aí que CSI mostra suas melhores cartas. É impossível não ficar curioso para saber o que aconteceu nesses arcos e quando você menos espera, já não consegue mais ficar sem saber qual é o caso da semana em Las Vegas.

Criminal Minds (por Camila):

Criminal Minds é uma série policial que segue o padrão das outras com um caso por semana. É uma equipe especial do FBI que investiga serial killers, quando a perícia já não tem mais pistas, analisando o padrão de comportamento dos criminosos. São sempre casos muito difíceis, que exigem rapidez dos investigadores para salvar uma vítima ou evitar um outro crime. A natureza dos crimes costuma ser mais violenta e é mostrada amplamente nos episódios, o que faz com que nem todas as meninas tenham estômago para assistir.

Apesar de mostrar as piores coisas da natureza humana, Criminal Minds conseguiu reunir um bom time de investigadores, que conseguem ser humanos e extremamente ágeis, não são passivos neste mundo, cada crime gera uma discussão sobre um aspecto da sociedade e mexe com cada um deles de diferentes maneiras. Além disso, tem o Dr. Reid e a Penélope Garcia, dois nerds (ele por ser super inteligente, ela, bem, uma hacker) que são super meigos, são o carisma de toda a equipe, e podiam segurar o seriado todo sozinhos. Não que os outros sejam ruins, porque não são mesmo, mas eles são muito cativantes. A amizade e a confiança que existe entre eles é para fazer qualquer menina se apaixonar pela série!

Oz (por Rosangela):

Na prisão de segurança máxima de Oswald estão os presos mais perigosos dos Estados Unidos. Assassinos, estupradores, traficantes. Brancos, negros, latinos, italianos, todos ali, confinados no mesmo espaço que, apesar das grades, se assemelha a uma cidade, com sua vida, regras e economia próprias. À primeira vista, a brutalidade com que uns tratam os outros e o excesso de violência física é algo que afasta nós, mulheres. Sabendo disso, talvez, os diretores da série escolheram rostos bonitos para personificar aqueles homens.

Mas Oz não pode ser taxada apenas como um bando de criminosos desocupados, descamisados e com instinto assassino. É muito mais do que isso. O que vemos ali vai além da dura realidade das ruas, porque mostra onde ela pode levar. Os presos de Oz não são representados apenas como um número, pelo contrário. Ali eles são pessoas, cujos dramas são bem explorados. Tanto que, em alguns momentos, nos pegamos torcendo para que um dos presos não seja executado ou que consiga reencontrar a sua família. Porque, no fundo, e apesar de seus erros, os presidiários de Oz são pessoas comuns. Com muito sangue frio, mas comuns.

My Name is Earl (por Bruna Antunes):


Earl ganha na loteria e sofre um acidente, perdendo o bilhete premiado. Então ele começa a acreditar em carma: tudo que faz de ruim, tem uma compensação negativa, tudo que faz de bom, tem a correspondente positiva. Diante disso, Earl decide fazer uma lista de todas as maldades que já fez na vida, e tenta consertar uma por uma, procurando as pessoas que foram prejudicadas por ele e tentando melhorar suas vidas. My name is Earl tem um humor peculiar, um ar pitoresco que normalmente não agrada as meninas por ser um tanto machista e estereotipado, o que é uma pena porque as duas características deixam a série ainda mais engraçada.

O que me prendeu a série foram justamente duas personagens femininas: Joy e Catalina. Joy, ex-mulher de Earl é completamente maluca, aprendeu a lutar assistindo TV, tem dois filhos de pais diferentes e nenhum é de Earl, nem de Darnell, seu atual marido, ela mora em um trailler que foi roubado por Earl e trabalha como manicure. Catalina, amiga de Earl e de seu irmão Randy, trabalha como camareira no hotel onde eles moram além de ser dançarina no Club Chubby, é imigrante ilegal, fala com um sotaque muito engraçado, e é a autora das melhores tiradas da série, competindo de perto com Randy, irmão de Earl que tem momentos de sabedoria inesquecíveis!

Law and Order (por Jéssica):


Law and Order é, até hoje, o drama que ficou mais tempo no ar no primetime americano. A série contou com 20 temporadas, foi cancelada neste ano, e tem vários spin-offs, o mais famoso Law and Order SVU. O personagem principal não é uma pessoa e sim a justiça americana. Em um episódio temos a investigação de um crime feito por policiais e depois um julgamento. Como a maioria das séries policiais, contém violência e episódios polêmicos, muitos discutindo situações do cotidiano real dos EUA. Com esse formato faz mais sucesso entre os meninos, mas tem muito potencial para as garotas. Meninas, vocês podem se deliciar com os excelentes personagens femininos da série.

A Tenente Anita Van Buren, é a mais antiga e  coordenou com pulso firme os diversos detetives que passaram pela sua delegacia. Ainda nas primeiras temporadas podemos tembém ver o Chris Noth (Sex and City e The Good Wife) novinho como o esquentado detetive Mike Logan. O promotor Jack MacCoy se destaca com sua coragem de enfrentar pessoas importantes e grandes organizações, como fabricantes de armas e até o governador do estado. Para quem gosta de grandes histórias de tribunais não pode perder essa, que foi uma das maiores séries do gênero.

Prison Break (por Bruna Pinheiro):

Michael Scofield rouba um banco e se entrega a polícia. O plano? Ir parar no mesmo presídio onde seu irmão, vítima de uma conspiração política, espera para ser executado e claro, tirar ele de lá. O final do piloto deixa bem claro que Michael, dono de um QI bem elevado, vai sim conseguir resgatar o irmão. Porém, escapar de um presídio de segurança máxima não vai ser nada fácil e ele vai precisar da ajuda de alguns companheiros de carceragem. Com personagens predominantemente masculinos, muita ação, suspense e planos mirabolantes, Prison Break tem elementos tipicamente masculinos.

Comecei a ver a série pelo hype que ela tinha na época e o que mais me atraiu foi a possibilidade de um romance entre Michael e Sara. Sabe o casal que tem tudo pra dar errado? Acho que é o que levou a maioria das meninas a continuar vendo a série. Eu acabei com várias unhas vendo Michael e sua gangue quase serem descobertos inúmeras vezes e sempre ficava de queixo caído com as reviravoltas da trama e a inteligência de Scofield. Mas devo confessar que a ansiedade pra ver o primeiro beijo do casal central era sempre maior. Coisa de mulherzinha, né? Ainda tô na espera do meu cisne de origami.

Esperamos que tenham gostado das sugestões!


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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