Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

As narrações de Grey’s Anatomy – Season 2

Por: em 30 de março de 2013

As narrações de Grey’s Anatomy – Season 2

Por: em

Pra mim, a segunda temporada é simplesmente a melhor de Grey’s Anatomy. Os dramas eram carregados, nossos internos confusos, pacientes críticos, romances desencontrados e nossa eterna torcida pra ver momentos felizes na vida de Meredith, George, Alex, Yang e Izzie. A Dra. Stevens praticamente roubou a cena em toda a temporada ao lado de seu amado Denny Duquette e levou milhares de fãs às lágrimas numa finale fantástica.

Por tudo isso, Grey’s conquistou o Emmy 2006 de Melhor Seleção de Elenco para Série Drama e o Globo de Ouro 2006 de melhor série dramática. Ellen Pompeo, Patrick Dempsey, Katherine Heigl foram indicados nas categorias de melhor atriz, melhor ator e melhor atriz coadjuvante, respectivamente. Nenhum deles levou em 2006, mas a indicação já significou muito. Pra matar as saudades, vamos curtir as narrações dessa temporada inesquecível de Grey’s Anatomy?

2×01 – Raindrops Keep Falling on My Head

Para ser um bom cirurgião, você tem que pensar como um cirurgião. Emoções só confundem. Deixe elas bem guardadinhas e de lado e adentre em uma limpa sala esterilizada onde o procedimento é simples: cortar-suturar-e-fechar. Mas às vezes você encara um corte que não sara. Um corte que estoura e escancara os pontos…

[…]

Dizem que a prática leva a perfeição. A teoria é: quanto mais você pensar como um cirurgião, melhor você vai se manter neutro, clínico, cortar-suturar-e-fechar… o mais difícil vai ser desligar esse botãozinho. Pra parar de pensar como um cirurgião e se lembrar como é pensar como um ser humano.

2×02 – Enough Is Enough (No More Tears)

Eu tenho uma tia que sempre que ia te servir, ela dizia “fala quando tá bom”. Minha tia dizia “fala quando” e, claro, a gente nunca falava. E a gente não fala isso porque assim tem a possibilidade de ter mais. Mais tequila, mais amor, mais qualquer coisa. Mais é melhor.

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Tem uma coisa a ser dita sobre o copo meio cheio. Sobre saber quando falar quando tá bom. Eu acho que é uma linha variável. Um barômetro de necessidade e desejo. É uma coisa completamente individual. E depende do que tá sendo servido. Às vezes, tudo que queremos é dar uma provadinha. Outroas vezes, nunca é suficiente, o copo é sem fundo. E tudo o que queremos é mais!

 2×03 – Make Me Lose Control

Cirurgiões são maníacos por controle. Com um bisturi em mãos, você se sente irrefreável. Não existe o medo, não existe a dor. Você se sente com3 metrosde altura e a prova de balas. E então você sai da sala de operações. E toda aquela perfeição, todo aquele lindo controle caem por terra abaixo.

[…]

Ninguém gosta de perder o controle, mas, pra um cirurgião, essa é a pior coisa do mundo. É um sinal de fraqueza, de não estar a altura do desafio. E ainda tem aquelas vezes que o controle escapa de suas mãos. Quando o mundo para de girar e você percebe que o teu pequeno bisturi brilhante não vai te salvar. Não importa o quanto você lute, você cai. E isso dá um medo dos infernos. Há uma única coisa boa nessa queda-livre. Ela é uma chance que você dá aos seus amigos de lhe ampararem.

2×04 – Deny, Deny, Deny

A chave para a sobrevivência de uma residência cirúrgica é a negação. A gente nega que tá cansado, nega que tá com medo, nega até o quanto que a gente quer ter sucesso. E, mais importante, a gente nega que estamos em negação. Agente só enxerga o que quer e só acreditamos naquilo que queremos e assim dá certo. Nós mentimos tanto que as mentiras começam a parecer verdade. E negamos tanto, que a gente não consegue reconhecer a verdade quando tá na nossa cara.

[…]

Às vezes, a realidade dá um jeitinho de vir de fininho e dar um beliscão na tua bunda. E quando a represa estoura, a única coisa que você pode fazer é sair nadando. O mundo do fingimento é uma jaula, não um casulo. Nós só conseguimos mentir pra nós mesmos por um tempo. A gente fica cansado, com medo e negar isso não muda a verdade. Cedo ou tarde, a gente tem que deixar a negação de lado e encarar o mundo. Ande com a cabeça erguida, com vontade. O Nilo não é apenas um rio no Egito – é todo um oceano. Então como você faz para não se afogar nele?

2×05 – Bring the Pain

Dor chega em todas as formas possíveis. Uma dorzinha aguda, um pouquinho de depressão, a dor aleatória com que convivemos todos os dias. Então tem o tipo de dor que você simplesmente não consegue ignorar, um nível tão grande de dor que bloqueia todo o resto, faz com o que o mundo inteiro desapareça até que a gente só consiga pensar que o tanto que machucamos e a maneira com que lidamos com a dor é totalmente pessoal. Nós anestesiamos, sobrevivemos a ela, ou a abraçamos, ou ignoramos. Para alguns de nós, a melhor maneira de lidar com ela é atravessando-a.

[…]

A dor. Você só tem que sobreviver a ela, esperar que ela vá embora sozinha, esperar que a ferida que a causou, sare. Não há soluções, respostas fáceis. Você só respira fundo e espera que ela vá diminuindo. Na maior parte do tempo, a dor pode ser administrada, mas às vezes ela te pega quando você menos espera, te acerta abaixo da cintura e não te deixa levantar. Você tem que lutar através da dor, porque a verdade é que você não consegue escapar dela e a vida sempre te causa mais.

2×06 – Into You like A Train

No geral, as pessoas podem ser catalogadas em dois grupos: as que amam supresas e as que detestam. Eu detesto. Nunca conheci um cirurgião que gostasse de supresas porque, como cirurgiões, gostamos de estar no conhecido. E temos que estar no conhecido porque quando não estamos, pessoas morrem e processos acontecem… eu tô divagando? Eu acho que eu tô. Ok, então, o que eu quero dizer (e eu realmente quero) não tem nada a ver com surpresas, mortes, processos ou mesmo com cirurgiões. O que eu quero dizer é: quem quer que tenha dito “o que você não sabe não pode te machucar”, era um tremendo imbecil. Porque pra maioria das pessoas que eu conheço, não saber é o pior sentimento do mundo….. Vai, tá bom… talvez o segundo pior.

[…]

Como cirurgiões, há um monte de coisa que devemos saber. A gente tem que saber se temos o dom da coisa. Tem que saber como tomar conta dos pacientes… e como tomar conta um do outro. Vez por outra, temos que saber até como tomar conta de nós mesmos. Como cirurgiões, temos que estar no conhecido. Mas como seres humano, às vezes é melhor ficar na escuridão, porque na escuridão pode ter medo, mas também há esperança.

2×07 – Something to Talk About

Comunicação. É a primeira coisa que realmente aprendemos na nossa vida. O engraçado é que, depois que crescemos, aprendemos as palavras e realmente começamos a falar, fica mais difícil saber o que dizer. Ou como pedir aquilo que realmente precisamos.

[…]

No final das contas, há algumas coisas que não dá para evitar de comentar. Algumas coisas que a gente não quer ouvir e algumas coisas que a gente fala porque não dá para segurar mais. Algumas coisas são mais do que você diz, elas são o que você faz. Algumas coisas você fala porque não há outra opção. Algumas coisas você guarda pra você mesmo. E, não raro, às vezes algumas coisas falam por si só.

2×08 – Let It Be

A fim de ganhar créditos extras, a Sra. Snyder nos fez participar de todas as peças teatrais. Sal Scafarillo era Romeu. E, como o destino assim quis, eu era a Julieta… A maioria das meninas ficaram verde de inveja. E eu nem aí. Eu falei pra Sra. Snyder que a Julieta era uma idiota. Porque ela se apaixona por aquele cara que ela sabe que não pode ter… Todo mundo acha isso tão romântico: Romeu e Julieta, amor verdadeiro… que triste. Se Julieta foi burra o bastante para se apaixonar pelo inimigo, beber uma garrafa de veneno e ir repousar num mausoléu, então ela teve o que merecia.

[…]

Talvez Romeu e Juliete estivessem destinado a ficarem juntos, mas só um pouquinho, e então o tempo deles passou. Se eles soubesse disso antes, talvez tudo tivesse terminado bem. Eu falei pra Sra. Snyder que quando eu crescesse, eu controlaria meu próprio destino. Eu não ia deixar nenhum cara me arrastar com ele. A Sra. Snyder então me disse que eu seria uma sortuda se eu tivesse esse tipo de paixão com alguém e que, se eu tivesse, a gente ficaria junto pra sempre. E até hoje, eu acredito que na maior parte do tempo, o amor é uma questão de escolhas. É questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz… na maior parte do tempo. E às vezes, apesar de todas suas melhores escolhas e intenções… o destino vence de qualquer forma.

 2×09 – Thanks for the Memories

Gratidão, apreciação, dar um “obrigado”. Não interessa que palavras você use, elas significam a mesma coisa. Felicidade. A gente deveria ser feliz. Gratos pelos amigos, pela família. Feliz apenas de estarmos vivos. Quer gostemos disso ou não.

[…]

Talvez a gente não devesse ser feliz. Talvez gratidão não tenha nada a ver com alegria. Talvez ser grato signifique reconhecer o que você tem pelo que é. Apreciar pequenas vitórias. Admirar a luta que é para simplesmente ser humano. Talvez a gente seja agradecido pelas coisas mais familiares que conhecemos. E talvez sejamos agradecidos pelas coisas que nunca conheceremos. No final das contas, o fato de termos coragem pra continuarmos firmes de pé é razão suficiente para celebrar.

 2×10 – Much Too Much

Quando você era criança, era com os doces do Dia das Bruxas. Você escondia tudo dos pais e comia até passar mal. Na faculdade, era o combo pesadíssimo da juventude: tequila e… bem, você sabe. Como cirurgião, você aproveita o quanto puder das fases boas, porque elas não aparecem o quanto elas deveriam. Porque as boas coisas não são sempre o que aparentam. Muito de qualquer coisa, mesmo amor, nunca é uma coisa boa.

[…]

E como você sabe que demais é demais? Cedo demais. Informação demais. Diversão demais. Amor demais. Pedir demais… E quando tudo passa a ser coisa demais para se aguentar?

2×11 – Owner of a Lonely Heart

A quarenta anos atrás, os Beatles fizeram uma simples pergunta pro mundo: eles queriam saber de onde vinham as pessoas solitárias. Minha mais recente teoria é que a maior parte das pessoas solitárias vêm de um hospital. Mais precisamente, da ala cirúrgica dos hospitais. Como cirurgiões, ignoramos nossas próprias necessidades, para que possamos satisfazer a dos nossos pacientes. Ignoramos amigos famílias para que possamos salvar os amigos e a família de outras pessoas. O que significa que, no final das contas, você só pode contar consigo mesmo. E nada no mundo faz te sentir mais solitário do que isso.

[…]

A quatrocentos anos atrás, outro bem-conhecido senhor britânico tinha uma opinião sobre estar só. John Donne. Ele pensava que a gente nunca estava sozinho. Claro, que essa afirmação é meio capiciosa. Nenhum homem é inteiramente uma ilha. Tirando esse papo de ilha, ele só quis dizer que tudo que qualquer um precisa é de alguém que dê um passo a frente, fazendo a gente perceber que não estamos sozinhos. E quem disse que esse alguém não pode ter quatro pernas? Alguém para brincar, correr por aí ou apenas curtir juntos.

2×12 – Grandma Got Run Over by a Reindeer

É um mito urbano que as taxas de suicídio aumentem durante os feriados. Na verdade, elas caem. Os especialistas dizem que é porque as pessoas têm menos tendência de sair de si mesmas quando estãoem família. Ironicamente, o fato de estar com a família é considerado o fato que faz a taxa de depressão aumentar durante as festas de fim de ano. É… ok… A Izzie não conta.

[…]

Há um velho provérbio que diz que você não pode escolher sua família. Você aceita o que o destino lhe dá. E gostando deles ou não, amando-os ou não, entendendo-os ou não, você se adéqua a eles. Aí então tem a escola de pensamento que diz que a família onde você nasce é simplesmente o ponto de partida. Eles te alimentam, te vestem e tomam conta de você até que esteja pronto para cair no mundo e encontrar sua própria tribo.

2×13 – Begin the Begin

Graças ao calendário, temos novos começos todos os anos – apenas aguarde por janeiro, nossa recompensa por sobrevivermos às festas de fim de ano é um Ano Novo. Traga a grande tradição das resoluções de ano novo, deixe seu passado para trás e comece de novo. É difícil de resistir à oportunidade de um novo começo, uma chance de enterrar os problemas do ano passado.

[…]

Quem determina quando o velho acaba e o novo começa? Não é o calendário, não é um aniversário, nem um ano novo – é um evento. Grande ou pequeno, mas algo que nos mude, que de preferência nos dê esperanças, uma nova maneira de viver e de olhar para o mundo, se desfazendo de velhos hábitos e memórias. O importante é nunca deixar de acreditar que possamos ter um novo começo, mas também é importante lembrar que entre toda a merda há algumas poucas coisas que valem a pena guardar com a gente.

 2×14 – Tell Me Sweet Little Lies

Como doutores, somos treinados para ser céticos porque nossos pacientes mentem o tempo todo para nós. A regra é que todo paciente é um mentiroso até se provar honesto. Mentir é feio. Ou como aprendemos desde pequenos – a honestidade é a melhor política, a verdade te libertará, eu cortei a cerejeira, que seja. O fato é que mentir é uma necessidade. A gente mente para si mesmo porque a verdade… a verdade doi pra caramba.

[…]

Não importa o quanto a gente tente ignorar ou negar, mas mais cedo ou mais tarde a mentira cai terra abaixo, gostemos ou não. Mas aqui vai a verdade sobre a verdade: ela machuca. Então, a gente mente.

2×15 – Break On Through

Em geral, as linhas estão lá por alguma razão: por segurança, para te dar clareza. Se você escolher cruzar a linha, você sabe que o faz por sua própria conta e risco. Então o que acontece? Quanto maior a linha, maior a tentação em cruzá-la?

[…]

A gente não consegue evitar. A gente Vê a linha, a gente quer cruzá-la. Talvez seja a excitação em trocar o conhecido pelo desconhecido. Um tipo de ousadia pessoal. O único problema é que uma vez que você a cruzou, é impossível voltar atrás. Mas se você por acaso conseguir voltar atrás daquela linha, você vai encontrar segurança nos números.

2×16 – It’s the End of the World

É… um olhar que os pacientes têm. Há um cheiro, o odor da morte. Um tipo de sexto sentido. Quando o lado de lá está destinado a você, você o sente chegando. Qual é aquela coisa que você sempre sonhou em fazer antes de morrer?

 2×17 – (As We Know It)

Nos hospitais, dizem que você sabe… você sabe quando você vai morrer. Alguns doutores dizem que é um tipo de olhar que os pacientes ficam. Alguns dizem que há um cheiro, um odor de morte. Alguns dizem que é apenas um tipo de sexto sentido, quando o lado de lá está destinado para você, você sente ele chegando. O que quer que seja, é assustador. Porque se você sabe, o que pode fazer sobre isso? Esqueça o fato que você vai estar assustado demais pra raciocinar: se você soubesse que esse é seu último dia de vida, como você gostaria de passá-lo?

[…]

ok, você sabe quando a última coisa que precisa é que tirem sarro de você? Como quando você está com a mão dentro de um corpo que tem uma bomba dentro e um estranho está fechando um casaco até a parte dos seus peitos.

2×18 – Yesterday

Após cuidadosa consideração e muitas noites insones, aí vai o que eu decidi: não existe essa de “crescer”. Nós continuamos em frente, nós caímos fora, nos distanciamos de nossas famílias e formamos as nossas próprias. Mas as inseguranças básicas, os medos básico e todos aqueles velhos machucados apenas crescem com a gente. E bem quando pensamos que a vida e as circunstâncias nos forçaram a nos tornamos verdadeiros adultos, sua mãe diz algo do tipo:

– Vou te dizer que aquele homem me faz ronrar como uma gatinha. Isso quando ele não me faz rugir como uma tigresa. E meu marido me pergunta porque eu não ando mais interessada nele.

Ou pior. Algo do tipo:

– Se ele tivesse colhões, ele pularia fora. Mas não, ele se faz de idiota. Ele tá esperando que eu dê um pé na bunda dele. Eu chego em casa com uma chupada no meu ombro. Uma chupada! Deus do Céu, é como se eu fosse uma adolescente louca por sexo. O que, verdade seja dita, é como eu tenho agido. E o que o Thatcher faz? Finge que não vê nada.

A gente cresce, fica alto, mais velho… Mas, na maioria dos casos, a gente ainda é um bando de crianças correndo no parquinho desesperados para entrar num grupo.

[…]

Ouvi falar que é possível crescer – eu só nunca conheci ninguém que realmente tenha crescido. Sem pais para desafiar, a gente quebra as regras que estabelecemos pra gente mesmo. Temos nossos xiliques quando as coisas não saem como planejamos. A gente sussurra segredos com nossos amigos no escuro. A gente procura conforto onde consegue achar. E esperamos, indo contra toda nossa lógica e experiência, como se fôssemos crianças, que nós nunca desistemos da esperança.

2×19 – What Have I Done To Deserve This? – nesse episódio, é o George que narra

OK, então, às vezes, até mesmo o melhor de nós toma decisões precipitadas. Más decisões. Decisões que bem sabemos que vamos nos arrepender no momento, num minuto e especialmente na manhã seguinte. Digo, talvez não se arrepender, arrepender porque, pelo menos (cê sabe) a gente deu a cara ao tapa. Mas… ainda assim… Alguma coisa dentro da gente decide fazer uma coisa louca. Uma coisa que a gente sabe que provavelmente vai se voltar contra nós e nos pegar desprevinidos. E a gente faz mesmo assim. O que eu tô falando é… nós colhemos o que plantamos. Aqui se faz, aqui se paga. É carma e, mesmo se você tentar amenizar… carma é um saco!

[…]

De uma maneira ou de outra, nosso carma nos faz encararmos a nós mesmos. Nós podemos encarar nosso carma nos olhos ou a gente pode esperar que ele venha sorrateiramente e nos pegue de surpresa. De uma maneira ou de outra, nosso carma sempre vai nos achar. E a verdade é que, como cirurgiões, temos mais chance que a maioria para fazer a balança pesar em nosso favor. Não adianta tentar, que não escaparemos de nosso carma. Segue a gente até em casa. Eu acho que a gente não pode ficar reclamando do nosso carma. Não é que não seja justo. Nem é inesperado. Apenas… balanceia as coisas. E mesmo quando a gente tá pra fazer algo que sabemos que vai tentar o carma a nos pegar de surpresa… bem, nem preciso dizer… a gente faz mesmo assim.

 2×20 – Band Aid Covers the Bullet Hole

Como médicos, os pacientes sempre estão nos falando como eles fariam os nossos trabalhos. Apenas dê um pontinho, cola um band-aid aí e me manda pra casa. É fácil sugerir uma solução rápida quando você não sabe muito do problema ou quando você não entende a causa ou o quão fundo o machucado é. O primeiro passo para uma cura real é saber exatamente que doença é pra começar. Mas isso não é o que as pessoas querem ouvir. A gente tem que esquecer o passado que nos trouxe até aqui, ignorar as futuras complicações que possam aparecer e fazer apenas o conserto rápido.

[…]

Como doutores, como amigos, como seres humanos, todos tentamos fazer o melhor possível. Mas o mundo é cheio de reviravoltas inesperadas. E bem quando você acha que sabe onde está pisando, o chão sob você muda. Se você for sortudo, você vai terminar com nada mais do que um machucadinho superficial, algo que um band-aid dá conta. Mas algumas feridas são mais profundas do que aparentam e precisam mais do que um conserto rápido. Com algumas feridas, você tem que arrancar o band-aid, deixá-las respirarem e dar tempo para que elas sarem.

 2×21 – Superstition

O campus da minha faculdade tem uma estátua mágica. É uma tradição antiga que os estudantes esfreguem o nariz dela para terem sorte. Minha companheira de quarto novata do primeiro ano acreditava no poder da estátua e insistia em visitá-la, para esfregar o nariz dela antes de todas as provas. Estudar teria sido uma idéia melhor – ela bombou no segundo ano. O fato é que todos temos nossas superstições, nossas coisinhas que fazemos. Se não é acreditar em estátuas mágicas, é evitar pisar nas rachaduras das calçadas ou evitar calçar o pé esquerdo primeiro. Bata na madeira. Pise na rachadura e sua mãe quebra as costas. A última coisa que queremos fazer é ofender os deuses.

[…]

A superstição fica naquele ponto entre o que conseguimos e o que não conseguimos controlar. Encontre uma moedinha, pegue-a e você terá sorte o dia inteiro. Ninguém quer deixar passar uma chance de ter boa sorte. Mas será que pedir sorte 33 vezes realmente ajuda? Tem alguém ouvindo? E se ninguém tá ouvindo, por que a gente se incomoda em fazer essas coisas estranhas? Nós nos apoiamos em superstições porque somos espertos o suficiente para saber que não temos todas as respostas. E que a vida funciona de maneiras misteriosas. Não negue o juju, não importa de onde ele vier.

2×22 – Name of the Game

Um bom jogo de basquete pode nos fazer ficar grudados em nossos assentos. Os jogos são sobre a glória, a dor e o jogar por jogar. E então tem os jogos mais solitários. Os jogos que jogamos com nós mesmos. Os jogos sociais, os jogos mentais. Nós os usamos para passar o tempo, para fazer a vida ficar mais interessante… para nos distrairmos sobre o que realmente está acontecendo. Há aqueles que adoram jogar, qualquer que seja o jogo. E há outros que adoram jogar um pouquinho além da conta.

[…]

Então vá: discuta com o juiz, mude as regras, dê uma roubadinha, faça um intervalo e cure suas feridas. Mas jogue. Jogue. Jogue duro, jogue rápido… jogue folgada e livremente. Jogue como se não houvesse amanhã. Tá, não importa se você perde ou ganha e sim como você joga… certo?

 2×23 – Blues For Sister Someone

A chave pra ser um residente de sucesso é aquilo que abrimos mão: dormir, amigos, uma vida normal. Nós sacrificamos tudo por um momento espetacular: aquele momento quando você pode legalmente se denominar um cirurgião. Há dias que fazem esses sacrifícios valerem a pena. Mas há dias em que tudo parece um sacrifício. E então há os sacrifícios que você sequer consegue entender porque os faz.

[…]

Um homem sábio disse certa vez: Você pode ter qualquer coisa nessa vida se sacrificar todas as outras por isso. O que ele queria dizer era: nada vem sem um preço. Então, antes de você entrar numa batalha, é melhor você decidir o quanto você está disposto a perder. Frequentemente, ir atrás de algo que parece bom, significa deixar pra trás algo que você sabe ser certo. E deixar alguém entrar, significa abandonar as paredes que você passou a vida inteira construindo. Claro que os sacrifícios mais difíceis são aqueles que não vemos chegando. Quando não temos tempo para arranjar uma estratégia, para escolher um lado ou medir as potenciais perdas. Quando isso acontece, quando a batalha nos escolhe, e não o contrário, é quando o sacrifício pode se tornar mais do que podemos suportar.

2×24 – Damage Case

Todos nós vivemos a vida como touros soltos em uma loja de porcelana… Uma lasca aqui, uma rachadura ali. Causando dano a nós mesmos, aos outros. O problema é tentar descobrir como controlar o dano que causamos ou aquele que foi causado a nós. Às vezes, ele nos pega de surpresa. Às vezes, pensamos poder consertá-lo. E as vezes, o dano é algo que sequer conseguimos ver.

[…]

Estamos todos danificados, ao que parece. Alguns de nós, mais que outros. Carregamos o dano desde a infância e então, já adultos, causamos tanto quanto recebemos. Definitivamente, tudo que fazemos é causar dano. Aí então, começamos o negócio de consertar tudo o que pudermos…

 2×25 – 17 Seconds

Aprendemos que na vida há sete pecados capitais. Todos sabemos os maiores: gula, orgulho, luxúria… Mas um que você mal ouve falar é a ira. Talvez porque achemos que a ira não é tão perigosa, que você pode controlá-la. O lance é que talvez não levemos a ira tão a sério quanto deveríamos. Talvez ela seja mais perigosa do que pensemos. Afinal de contar, ao pensarmos em comportamentos destrutivos, ela chegou no top sete.

[…]

Então o que torna a ira diferente dos outros seis pecados capitais? É bem simples na verdade: se entregue a um pecado como inveja ou orgulho e você só machuca a si mesmo. Experimente luxúria ou ganância e você machuca a si mesmo e mais uma ou duas pessoas. Mas a ira… Ira é a pior. A mãe de todos os pecados. A ira pode levar não somente você até o limite, mas também um número terrível de pessoas junto consigo.

 2×26/27 – Deterioration of the Fight or Flight Response/Losing My Religion 

 Meredith: Os humanos precisam de várias coisas pra se sentirem vivos.

George: Família…

Cristina: Amor…

Izzie: Sexo.

Derek: Mas só precisamos de uma coisa…

Burke: Para realmente nos sentirmos vivos.

Cristina: Precisamos de um coração batendo.

Addison: Quando nossos corações são ameaçados…

Alex: Respondemos em uma maneira de duas.

George: Nós fugimos ou…

Izzie: Atacamos.

Chief: Há um termo científico para isso:

Alex: Luta…

Addison: ou vôo.

Bailey: É instinto…

Meredith: Não podemos controlar.

Izzie: Ou podemos?

Perdeu o primeiro post? Clique aqui pra conferir As narrações de Grey’s Anatomy – Season 1.


Andrezza

Mineira apaixonada por séries policiais, dramas jurídicos e séries teen de qualidade (Saudades, Greek!).

Belo Horizonte - MG

Série Favorita: Grey´s Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: House

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