É chegada a hora crucial para os personagens de Awkward: será que eles conseguiram entrar na universidade? O episódio que, apesar de voltar com mais do mesmo, foi até o momento um dos melhores da segunda parte da quarta temporada. Não sei se foi por eu me identificar em situações semelhantes às que os personagens se encontraram, ou se foi por simplesmente tratar de assuntos tão cotidianos da forma “MTV de ser” – livre, leve e solto.
Quem já passou por isso, sabe exatamente como é. Aqui no Brasil enfrentamos aqueles dias de pura tensão do Sisu, ou das universidades não aderentes, que nos fazem sofrer pela espera do resultado do vestibular. Awkward fez deste episódio uma imagem daquilo que todos nós jovens passamos em algum momento da vida: a rejeição ou ingresso no ensino superior. Em extremos opostos temos Jenna e Tamara, as garotas que foram amigas a vida toda e agora podem ter um desafio para darem continuidade à amizade.
Enquanto Tamara comemora o ingresso à SCU, Jenna se afunda na sua rejeição, tendo em vista que ela estava crente que tinha ido muito bem em sua entrevista enquanto sua amiga literalmente vomitou as palavras. Pode ser o momento perfeito para as garotas enfrentarem o provável afastamento. E não só pela universidade, não se enganem, elas já estavam em polos diferentes há tempos.
Durante os 4 anos de high school, enquanto a protagonista se preocupava com seus boys problems, suas notas se tornavam abismais, de outro lado tínhamos a ruivíssima Tamara, que se dedicava à escola e atividades extracurriculares – não da forma nerd de ser, mas aquela clássica investida no futuro. Agora que é dado o momento de comemoração, Jenna não se sente de tal forma e sua amiga tem toda uma fuck-it list para riscar.
Mas Jenna sempre encontra uma maneira para inserir tudo em um gigantesco problema que sempre envolva: garotos! Fala sério, alguém costura a boca dessa garota por um tempo! Pelo menos ela e Matty estão bem – temporariamente, mas o garoto já está tentando dar outras investidas e enfrenta uma outra rejeição: uma garota que não o queria.
E temos um novo boy nessa história: Owen. Lindo, sensível, pianista, conselheiro, incrivelmente alto, e já mencionei lindo? Apesar de formarem um casal fofo de se ver, não vejo isso dando certo tão cedo. O garoto ainda tem toda uma ingenuidade para seguir nesse caminho que resulta em Jenna.
Agora o episódio foi capaz de arrancar algumas risadas. O casal Lissa e Tyler, que enfrentam uma gigantesca desaprovação da mãe da garota, estão conseguindo convencer um pouco mais. E os envolveram em um bom plot para ser aproveitado. A família da loirinha anda bem problemática, agora que a filha sabe que o pai na verdade é homossexual. O episódio tocou num ponto muito polêmico e interessante de alguns cotidianos, um homem casado que no fundo é gay, e mais ainda: a tão falada cura para isso.
O desespero do pai em manter a família unida o levou à declarar que procuraria o acampamento da Igreja para se “curar de seus desejos por homens”, aí vai da opinião de quem assiste. Assuntos que tangem essa questão podem gerar bastante polêmica e discussão, portanto resolvi levar na esportiva e rir com a situação que era exibida. Como disse, a trama da família de Lissa tem muito em que aproveitar! (Por favor, deixem Jenna e seus machos de lado por um instante e façam um episódio dedicado apenas à Lissa).
Beleza, agora vocês se perguntam: onde que isso foi de arrancar risada? Justamente pela recusa da mãe de Lissa em aceitar o relacionamento da filha, ela a faz interpretar uma mulher sendo julgada de acordo com a leitura bíblica. Os diálogos são engraçados e carregados de ironias e indiretas. E quem aparece como Jesus para dar sermão? Saddie é claro.
Saddie, que após a saída de Ming, acaba sendo capaz de segurar maior parte do alívio cômico da série nas costas. Enquantos os demais secundários tentavam levar uma vida mais aloprada (é você quem estou falando, Tamara) e outros desaparecem (e sim, Jake, você também).
Por fim, o episódio – justamente por tratar de um assunto tão cotidiano, para todos os efeitos – foi até o momento um dos melhores. Quem vai passar por essa em novembro, sentiu o gostinho de como é os momentos finais de ser aceito ou rejeitado. E mais que isso, abriu caminho para histórias secundárias interessantes e de peso – não me refiro apenas à família da Lissa, mas à amizades que se pode perder no caminho para universidade e até quando a protagonista estará priorizando garotos ao invés de seu futuro.
E quanto à vocês? O que acharam deste episódio da segunda parte da temporada? Deu para assimilar um pouco a reação dos personagens? Me contem tudo. Até a próxima!
