O quinto episódio de Better Call Saul foi a mais perfeita definição de tragicomédia. Por um lado, acompanhamos Jimmy em suas visitas aos clientes mais doidos possíveis. Por outro, sentimos um pouco o drama que vive o irmão dele, com a doença que o impede de sair de casa.
Depois de aparecer na televisão “salvando” a vida de um homem, Jimmy recebeu várias ligações de possíveis clientes, mas na hora de conhecê-los pessoalmente, as coisas não pareciam mais tão promissoras assim. Entre um homem que queria fundar seu próprio país e outro que inventou uma privada para incentivar crianças a irem ao banheiro – sem perceber que o aparelho era meio sexual – a única visita que resultou em alguma coisa foi à uma velhinha que queria fazer seu testamento. Entre os seus bens estava uma infinita coleção de bonequinhos que ela buscava um a um usando um elevador bem lento para subir as escadas.
Definitivamente, ele atrai esse tipo de clientes, mas em meio a esse mar de loucuras, Jimmy pode ter achado sua verdadeira vocação, cuidar dos direitos dos idosos. Você consegue imaginar alguém mais perfeito do que ele? O advogado é paciente, cheio de lábia e ainda teve o cuidado de fazer um paletó igualzinho ao de um advogado de um programa de TV bem antigo, antes de aparecer numa casa de repouso. Esse é o tipo de detalhe que me faz amar o personagem!
A parte dramática ficou por conta do Chuck. Nós pudemos sentir de perto o sofrimento do homem em não conseguir sair de casa. Mesmo em uma situação extrema, com a polícia batendo a sua porta. Aliás, um pouco exagerada a reação dos policiais, diante do fato de que ele apenas roubou, quer dizer, comprou sem permissão o jornal da vizinha.
Esse tipo de doença psicológica é sempre muito complicada de se retratar e de se entender. Apesar de aqui ter um tom cômico, não tem como ficarmos imunes a esse tipo de história triste. Já pensou se acontecesse com você? Afinal, Chuck estava sadia há dois anos. Outra personagem de série que também tinha sérios problemas para sair de casa era a Sheila, de Shameless. No caso de Chuck, o problema vai além, já que ele afirma sofrer de hipersensibilidade eletromagnética ou como diz Jimmy, alergia à eletricidade.
Minhas preces foram atendidas e o Mike teve muito mais destaque nesse episódio. Dessa vez, fora do local de trabalho. É claro que aquele emprego no guichê de estacionamento não condiz nem um pouco com o homem que conhecemos em Breaking Bad. Apesar de terem mostrado mais sobre ele, fiquei com vários pontos de interrogação na cabeça, devido a minha falta de memória. A mulher que ele visita após o término da sua jornada de trabalho, é a tal filha que em BB nem queria saber da existência dele? Se for, a trama vai ser bem interessante, porque na outra série nunca explicaram essa história a fundo.
No final do episódio, um monte de policiais e detetives batem na porta de Mike. Eu sinto que conheço aqueles rostos de algum lugar, se for outra referência de BB alguém me fale! Seja como for, aí tem. O episódio terminou assim, com gostinho de “quero mais Mike”. Até semana que vem!
P.S: amo/adoro/idolatro a vinheta colorida e cafona de abertura. Acho que combina perfeitamente com a personalidade de Jimmy. rs
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