Coloque petróleo, dinheiro, brigas familiares, sexo e ego em uma panela, misture um pouco e pronto: você tem o piloto de Blood & Oil, nova aposta da ABC que estreiou no dia 27 de outubro e mostrou que não tem medo de explorar a velha e boa fórmula do novelão.
A história se passa em Dakota do Norte, onde atraídos pela “maior descoberta de petróleo da história”, como o episódio nos informa, Billy e Cody LeFever, interpretados por Chace Crawford (Gossip Girl) e Rebecca Rittenhouse (Red Band Society) decidem recomeçar a vida. Eles não têm grandes ambições, o objetivo é abrir uma lavanderia com o dinheiro que eles arracadaram de amigos e familiares. Mas rapidamente, o sonho acaba quando eles sofrem um acidente de carro e as máquinas de lavar que eles carregavam na caminhote são destruídas.
Então, o plano é sobreviver. O casal se acomoda em uma pequena cidade e é a partir do olhar deles que conhecemos a dinâmica do lugar e os personagens. Nos aproximamos então de Jules Jackman (India de Beaufort), a dona do bar, corretora de imóveis e quase uma agiota que tem tempo para dar uns amassos. Conhecemos também Kess e Ada Eze (Keston John e Yaani King), casal que foi para a cidade para abrir um restaurante e encantam os LeFevers tão rápido que até ganham dinheiro para investir no futuro estabelecimento. E não posso me esquecer de Wick Briggs (Scott Michael Foster), que vamos descrever como “o garoto problema que tem um relacionamento complicado com o pai”.
Só aqui já podemos observar duas características muito importantes e problemáticas de Blood & Oil: muita coisa acontece muito rápido e os personagens são superficiais.
Billy e Cody, por exemplo, são tão perfeitos que poderiam ser facilmente interpretados por bonecos da Barbie e Ken. Não há profundidade ou complexidade na representação desses personagens e situações para explorar quem eles realmente não faltaram. Em aproximadamente duas semanas (ou simplesmente 43 minutos, que é o tempo do piloto), Billy e Cody sofreram dois acidentes de carro (em um só Billy estava presente), ficaram muito pobres, descobriram que estão grávidos e depois ficaram muito ricos.
Para completar, eles dividem o protagonismo com um outro casal: Hap, interpretado por Don Johnson (Django Livre) e é o pai com quem Wick tem problemas; e Darla Briggs, interpretada por Amber Valletta (Legends e Revenge). Mais ambiciosos mas também perfeitos e pouco complexos, os Briggs são as melhores coisas do episódio mesmo que eles não fujam de esteriótipos.
Se tem uma coisa boa que vale ser mensionada é o trabalho de fotografia que consegue captar as lindas paisagens do estado americano.
Apesar de se decicar ao “novelão”, a série criada por Rodes Fishburne e Josh Pate não se esforça para fazer o público se identificar de seus personagens. E é uma pena pois Blood & Oil está em um cenário rico que valeria a pena ultrapassar os clichês dramáticos para explorar personagens e situações de Dakota do Norte e sua corrida pelo petróleo.
Já assistiram o episódio? Pretendem adicionar a série na grade da fall season? Deixe seu comentário para os Apaixonados por Séries!