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Dark Matter

Por: em 16 de junho de 2015

Dark Matter

Por: em

Dark Matter começa sem perder tempo com introdução: estamos no espaço, em uma nave, seis estranhos acordam – devido à uma baixa porcentagem do sistema de suporte de vida da aeronave – sem saber quem são, de onde vieram ou o motivo deles estarem ali. A fim de conseguirem interagir, eles resolvem se autonomear de acordo com a ordem em que eles despertaram (One, Two, Three…#Drink! Brinks!) . Seriam eles membros da tripulação, passageiros ou pessoas que estão cativas dentro daquela nave por um motivo desconhecido? Por algum propósito eles foram colocados juntos e com a memória apagada.

dark matter

Você sabe que quando começa a assistir à uma série envolvendo uma inexplicável amnésia (coletiva), as coisas vão começar a serem desvendadas lentamente. O espectador vai descobrindo junto com os personagens tudo o que pode acontecer em consequência de uma situação como essas. Tudo é muito clichê; de cara a gente já sabe quem é a mocinha, o herói, o mau caráter, o babaca e etc. Five (Jodelle Ferlandsabe como mexer em fiações, Two (Melissa O’Neilé uma lider in natura, Four (Alex Mallari Jr.) é caladão e manja de luta com espadas (De samurai. Dentro de uma nave.) e temos até uma Androide (Zoe Palmer) super inteligente – claro – que sabe lutar e consegue se conectar com a nave. Se você espera algo novo, saiba que não é aqui que você vai encontrar.

Quando me designaram para fazer as Primeiras Impressões de Dark Matter, eu fui atrás de informações sobre essa nova empreitada do Syfy e já fiquei um pouco cabreira em falar sobre algo que de cara eu já sabia não sei encaixar muito no meu gosto. Fiz uma força e me despi dos preconceitos – já que descobri ser algo baseado em quadrinhos (e eu adoro) – e fui cumprir o meu dever. Assisti ao primeiro episódio e estou tentando deixar bem claro em qual o bote furado você estará remando se decidir adicionar essa série à sua grade nesta época de vacas magras.

dark matter

Todos os elementos para uma série flopar estão presentes: primeiro a precariedade dos efeitos, segundo a falta de um nome de peso e/ou talento que faça com que você tenha interesse em assistir e terceiro, e não menos importante, uma história que desde o primeiro minuto não cativa. Dark Matter é só mais uma série com a temática espacial que não consegue, em seu primeiro episódio, encontrar nenhum pilar para se sustentar. A ideia de colocar seis pessoas, que não se conhecem, com amnésia, dentro de uma nave sem saber porquê pode até parecer boa, mas na prática não foi bem concretizada.

Tudo é muito genérico. O universo em que eles estão é igual à milhares que já vimos antes. Câmaras de criogênio para ficarem conservados; sala cheia de armas, capaz de equipar um exército; uma porta que não abre, a não ser que alguém saiba o código certo (sério?); pessoas em perigo precisando de ajuda e, o que não podia faltar, uma grande corporação que parece assumir o papel de vilã, ao menos à princípio. Em todo o tempo de exibição do Episode One, nada, nadinha me fisgou ou me fez querer ver o que viria a seguir. Eu só ficava olhando para o contador de minutos rezando para que ele não corresse de uma forma a lá Interestellar – 40 minutos na série, 7 anos na nossa vida. Fui até checar no espelho se os fios brancos já tinham começado a aparecer na minha cabeça quando eu terminei, de tão entediante que foi.

dark matter

A busca pelo eu toma conta de quase toda premiere. No final, a maioria dos personagens consegue descobrir quem eles realmente são e qual a missão deles ali (quem assiste consegue sacar bem antes!), deixando um gancho à ser desenvolvido nos próximos episódio, mas obviamente – desculpem repetir – envolve o salvamento de pessoas que estão em perigo por motivos aleatórios, para os quais eu não vou gastar meu português tentando conjecturar uma perspectiva nesse momento. Dark Matter se apresenta como uma odisseia espacial, o que já é algo muito pretensioso e de início a gente sabe que não tem muito como passar da primeira temporada – se acontecer vou me surpreender. Pode ser que em algum momento, com o desenrolar da história, haja uma grande reviravolta que faça com que as coisas fiquem interessantes, mas eu – particularmente – não consegui me deixar levar o suficiente para esperar por isso…Mas você pode tentar, é claro.

A primeira temporada de Dark Matter – composta de início por 13 episódios é exibida às sextas, nos Estados Unidos. No Brasil, a série será transmitida também pelo Syfy Brasil a partir do dia 24 de junho (quarta), às 21 horas.


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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