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FTWD: Showrunner fala das dificuldades dos personagens

Por: em 24 de agosto de 2015

FTWD: Showrunner fala das dificuldades dos personagens

Por: em

É fato que os personagens principais de The Walking Dead transformaram-se em assassinos frios: Eles tem muita experiência em derrubar zumbis e a maioria deles conseguiu desenvolver poderosas habilidades de sobrevivência. Esse não será o caso em Fear The Walking Dead.

Não apenas serão vistos os primeiros estágios do apocalipse, quando todos estavam confusos e sem informações – mas também haverá o fato de que não acompanharemos um ex-xerife, mas sim dois professores, um viciado e uma estudante no centro dos acontecimentos.

Em entrevista ao EW, o produtor executivo Dave Erickson falou como os personagens vão se sentir e como a nova série de difere do fenômeno TWD.

Confira:

Fear The Walking Dead

Como o ambiente físico de Los Angeles atua em fazer essa série diferente do contexto da Georgia e Virginia, visto na série original?

Nesse contexto, estando em Los Angeles, tendo um senso de densidade populacional e de que uma tragédia e tudo o mais está prestes à cair sobre todos – isso dá uma energia que eu penso ser diferente. É uma coisa para Rick Grimes cavalgar em Atlanta depois que a cidade já tinha caído; e outra ser um pedestre, vivendo em Los Angeles durante aquilo. Acho que leva a série ser mais dinâmica e crítica.

 Vocês tiveram uma situação única em termos de filmar o piloto em LA e depois mudar a produção para Vancouver, para os outros 5 episódios, para depois voltar para filmar as externas para esses episódios. O quão importante foi para vocês ter essas externas em Los Angeles ao invés de ter Vancouver como dublê?

Foi muito importante e a AMC deu muito suporte nesse quesito. É o lado de LA que estabelecemos no Piloto e o lugar onde os nossos heróis vivem, é o senso dinâmico e as vibrações que é o mais importante na cidade e isso é entregue e é diverso. Nós fomos capazes de encontrar lugares em Vancouver que funcionaram muito bem, mas no tocante o marco zero da nossa família, foi muito importante voltar para onde começamos e para Los Angeles. Teve um sentimento muito específico. E eu acho que conseguimos capturar esse visual específico graças à Adam Davidson e o nosso diretor de fotografia Michael McDonough, bem como a equipe inteira. Realmente dá para sentir esse lugar e essa era a meta. Então foi muito importante e eu acho que todos entenderam desde o começo. Penso que quando estiver tudo pronto a série vai ser vista como uma série de Los Angeles.

Vocês estarão em uma situação em que os espectadores vão saber mais do que os personagens à princípio. Eu assumo que isso foi algo em que vocês tiveram que navegar, entendendo qual linha de conhecimento que o show deveria delimitar parra eles, sem que eles parecessem estúpidos.

É, é por degraus. Alguns personagens vão parecer entender mais cedo. A realidade é: Nós estamos no início do apocalipse e, quando as pessoas são infectadas e os walkers aparecerem, eles ainda serão – em todo o caso – seres humanos. Eles ainda não se desfizeram ou se atrofiaram, não aparentando ser monstros. Então estaremos lidando com pessoas confrontando seus amigos, família e colegas – pessoas com quem eles tomaram café um dia antes – e eles precisam processar “Isso ainda é uma pessoa? Isso é uma pessoa doente?”. Eles não vão partir do pensamento “Isso é um zumbi e eu preciso matá-lo”. É tentar virar a cabeça e entender o que está acontecendo. Isso vai demandar um tempo. E há outra coisa que o Robert Kirkman trouxe é que já é muito difícil de matar, especialmente quando você não está um mês, 6 meses ou um ano dentro do apocalipse – e toda vez que você vê um walker ele parece algo saído de um filme de terror. Você é confrontado pela humanidade,  pelas pessoas que parecem humanos, tirando o fato de que eles tão tentando te atacar e a sua primeira reação é tentar ajudar, evitando o conflito.

O que isso significa em termos da velocidade deles em se adaptar?

Não me entenda mal, será rápido o suficiente para os espectadores. A audiência nunca será levada para um lugar onde eles sintam que nossos personagens são lentos. Nós teremos o suficiente de educação no começo que eu não acho que há problema das pessoas gritarem “O que há de errado com vocês?!”. O outro lado é que quando nossos personagens são forçados ao confronto e à violência, será preciso de muito. Fisicamente é difícil de matar, psicologicamente o impacto é bem profundo. E  você tem pessoas que estão tentando processar o apocalipse, entender o que está acontecendo, antes de chegar a conclusão no livro de zumbis de que aquelas pessoas estão na realidade mortas e que está tudo bem matá-las. Qual o ponto em que esse entendimento se dá e que eles realizam que o mundo que eles conhecem se foi? É algo que não acontece de uma hora para outra, mas não tão lento que não consigamos construir uma tensão, drama e um processo de educação sobre o que essas pessoas estão passando. Eles vão entender logo, para os espectadores não ficarem gritando para a tela.

Além do óbvio, como tempo e locações, quais você vê que são as maiores diferenças entre Fear e Walking Dead, tanto nos quadrinhos quanto na série?

A diferença que você tem um mundo no universo original onde dois dos seus personagens principais são policiais, com isso, você tem dois caras que possuem habilidades, alguma base. Eles sabem como manejar uma arma, lidar com conflito, como liderar. Com a nossa série, estamos lidando com um professor e uma conselheira, então estamos para trás nesses aspectos. Nós temos um grupo de pessoas que estão muito mal preparadas para enfrentar um apocalipse.

Sim, um professor, uma conselheira, um viciado e uma estudante de ensino médio não parecem o grupo mais formidável.

É por aí. Nós temos uma personagem – Liza, ex-mulher de Travis – que possui algumas habilidades que podem ser úteis, mas na maior parte é realmente sobre encontrar um grupo e que eles não tem as habilidades de liderança que você esperaria. Eles não tem extinto de sobrevivência e, novamente, acho que vai ser tudo sobre o processo de como eles serão educados nesse mundo. A realidade é que muitos deles não sabem se defender. A inclinação deles não será derrubar os  walkers que aparecerem na frente deles. E quando eles chegarem nesse momento – no final do Piloto – há um peso, um trauma e um choque causado por isso. Isso foi algo conversado entre mim e Robert, que será incrivelmente difícil para nossos personagens sobreviverem nesse mundo. Não que tenha sido fácil para Rick ou Shane na primeira temporada da série original, mas eles sabiam como disparar armas e tinhas qualidades, habilidades, que eles aprenderam por ser policiais – algo que nossos caras não possuem.

Creio que conheceremos pessoas com alguma habilidade, que podem aprender algo e com esperanças eles ficarão perto de nossos personagens. Será um desafio sobre o que temos de nos transformar para sobreviver e se há alguma forma de manter o que fomos e o que somos nesse novo mundo – isso vai criar conflitos interessantes dentro da nossa família central também porque alguns já tem muitos problemas por causa da sua história ou por algo do passado, que devem encontrar mais facilmente uma forma de sobreviver. Será interessante assistir Travis e ver como Madison vai ser capaz de crescer e mudar nesse novo mundo e vice e versa. Talvez hajam alguns elementos que eles não gostem. Será realmente sobre como o apocalipse afetará e vai mudar esses personagens e, como eles reagem uns aos outros, baseando-se em que eles eram antes. Creio que será interessante ver personagens que, coletivamente, não possuem nenhuma preparação ou condicionamento para isso e como eles começam a ver uns aos outros no curso da 1ª temporada e depois.

FTWD

Você já conferiu a série? Fique ligado que em breve publicaremos nossas Primeiras Impressões.


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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