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O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Feliz dia dos pais!

Por: em 8 de agosto de 2010

Feliz dia dos pais!

Por: em

Neste domingo, comemoramos no Brasil o Dia dos Pais. Não esqueça de dar um abraço e um beijo naquela figura paterna que viu você crescer e te ajudou em todos os momentos da sua vida, seja ele biológico ou não. E não falo somente dos pais adotivos; falo também do cara da cafeteria que você vai desde que era um bebê ou do professor que ouve seus problemas mais do que seus pais.

Neste especial, falamos de alguns “pais postiços”. Aquelas pessoas que não têm nenhuma obrigação de cuidar de alguém, mas o fazem mesmo assim. São mais do que amigos; são pessoas que dão bronca, que defendem, que mimam, que oferecem um leite quente quando você não conseguem dormir, que sofrem quando você não volta cedo para casa e, muitas vezes, nem moram com a sua família. Apresentamos alguns dos melhores pais-não-pais das séries.

Charlie para Aaron (Lost)


Você está em uma ilha, não conhece ninguém, é viciado em drogas e precisa lutar com a abstinência. Para que melhor do que responsabilidade para aprender a crescer? Foi assim que Charlie evoluiu de uma adulto infantil para uma figura paterna, corajoso, responsável e fiel. Seu relacionamento com Claire foi um dos pontos fortes da 1ª temporada de Lost e pudemos observar todo o crescimento do personagem. Quando Aaron nasceu, Charlie ajudou no parto e desde então não saiu mais do lado de Claire. Ajudava em todos os momentos, preparava comida, segurava no colo e fazia dormir, poupando Claire (que não só havia tido um filho, mas havia tido um filho em uma ilha sem nenhum equipamento médio) de um trabalho mais ousado. Não dizem que todo pai dá a vida pelo filho? Pois é, foi isso que Charlie fez quando Desmond lhe disse que se ele morresse, Claire e Aaron iriam sair da ilha e Charlie o fez bravamente, permitindo um possível resgate para todos seus companheiros. E foi recompensado, já que pode reencontrar o “filho” em sua vida após a morte.

Nat para Brandon (Beverly Hills, 90210)


Nat aparece na vida de Brandon quando ele resolve trabalhar, enquanto seus colegas de HighSchool se divertem no BeachClub fazendo compras e em cursos de verão, Brandon trabalha, pensando em comprar seu primeiro carro. Desde então, Nat se torna um grande amigo, além de chefe, durante várias temporadas. Quando Brandon se envolve com corridas de cavalos, não é seu pai que passa um sermão sobre o problema, é Nat. Quando Brenda resolve ir estudar na França, e seu pai recebe uma oferta irrecusável de emprego em HongKong, Brandon se vê morando com amigos em uma casa enorme e sem nenhum adulto/autoridade próxima: quem faz o papel de pai de toda a turma a partir dessa fase é Nat.

Luke para Rory (Gilmore Girls)


Imagine a situação: sua mãe te leva a uma cafeteira para tomar o café da manhã desde que você era um bebê e ela é super amiga do dono, como você começa a enxergar o local? É praticamente a cozinha da sua casa e aquele homem tão gentil, a figura paterna que faltava em sua vida. É assim que funcionou, por anos, a relação entre Rory e Luke. Vendo pelo lado de Luke, como não se preocupar e cuidar daquela menina doce que você viu crescer? Luke sempre agiu como um verdadeiro pai, dando conselhos à Rory, proibindo-a de sair com o garoto problema (mesmo que Jesse fosse seu sobrinho!), cuidou dela quando ela estava doente, foi à formatura do colégio e ajudou-a a se hospedar no campus da faculdade. Luke chegou até a brigar “pela custódia” de Rory com o pai biológico da menina, Christopher. Por tudo isso, Luke é uma ótima referência de pais em seriados.

Mr Schue para o Glee Club (Glee)


Em vários filmes, como “Ao Mestre, Com Carinho” e “Sociedade dos Poetas Mortos”, temos a imagem de um professor como alguém que cuida e zela pelo melhor dos seus alunos, em todos os aspectos da vida dele. Isso poderia ser uma realidade nossa; afinal, muitas vezes, passamos mais tempo sob os olhares atentos de completos estranhos do que nos relacionando com os nossos pais. Não é de espantar que o professor de canto de Glee, Will, tenha tanta estima por parte do coral. Ele atua não só como o mestre, mas também como conselheiro, irmão e, por que não, pai. Ele ouve os problemas de todos os seus queridos cantores e tenta ajudá-los a resolvê-los, na medida do possível. Além de tornar real o sonho da maioria deles, de cantar para uma grande plateia e ser reconhecido por isso. Não é à toa que o Glee Club fez aquela linda homenagem ao professor no último episódio da temporada, cantando a música “To Sir, With Love”.

Coach Eric Taylor para os Dillon Panthers (Friday Night Lights)


Ele foi contratado para ganhar o campeonato estadual de futebol escolar, só isso. Porque a cidade de Dillon, no Texas, respira futebol. Mas como Tami, a esposa do treinador, um dia falou, a maior preocupação dele é elevar a moral e a confiança dos meninos, é querer que eles vençam na vida, porque antes de ser um treinador de futebol, ele é um educador. Coach Taylor dá bronca, pega no pé, é rígido com os Dillon Panthers, ele quer ganhar títulos sim. Mas mais do que isso, ele quer que seus garotos tenham um futuro. Foi por isso que ele usou cada minuto do seu tempo livre para ajudar o astro Smash Williams a se recuperar de uma fratura no joelho e a conseguir um teste para uma bolsa da faculdade, levou o garoto-problema Tim Riggins para morar com ele e sua família por um tempo, jogava rugby em cadeira de rodas com seu ex-Quaterback Jason Street, arrumou um emprego de treinador na sua equipe para Jason Street que estava processando-o após ficar paralítico e elevou a moral do novato e tímido Matt Saracen até transformá-lo no Quarterback campeão estadual de 2006. Os Panthers sabem que podem contar com o Coach Taylor para qualquer coisa, confiam nele, o respeitam e sabem que ele irá lhes defender com unhas e dentes, como um verdadeiro paizão.

Keith para Lucas (One Tree Hill)

Vamos combinar que ser filho de Dan Scott não deve ser a coisa mais fácil do mundo, não é? Filho bastardo então… Por sorte, Lucas não teve como reclamar da ausência de uma figura paterna. Keith, seu tio, sempre estava ali ao seu lado lhe dando todo apoio, amor, carinho, aquilo que Dan não lhe deu. Lucas sempre procurava Keith quando tinha um problema e o rapaz o recebia de braços dados. Aconselhava e tomava o problema do sobrinho como se fosse para si. Keith amou Lucas como se fosse seu filho e Lucas o amou como a um pai. Depois da morte do tio, o loiro ainda descobre que ele lhe deixou um fundo financeiro para pagar sua universidade e proporcionar seu futuro. Coisas que só um verdadeiro pai faria.

Bill para Jessica (True Blood)

Por meios muito mais que estranhos, a relação forçada dos dois começa como uma punição a Bill por ter matado outro vampiro. O preço a ser pago é transformar uma então humana em vampira, sua cria. E com medo do que a nova vampira aprontaria com sua enfim liberdade (já que sua criação fora muito rígida), Bill leva a garota pra dentro de sua casa e se torna, depois de anos de ‘morte’, pai de uma adolescente rebelde. Lidando com as emoções da recem-transforamada, o novo ‘papai’ ensina tudo que Jessica precisa aprender a lidar aos poucos e se torna uma figura de respeito para a garota. Por mais conturbada que seja essa relação e por mais que ambos sejam vampiros supostamente despidos de sentimentos, não podemos dizer que não há uma boa relação, no mínimo, de amizade entre eles.

Richard para Meredith (Grey’s Anatomy)


Meredith disse em um dos episódios que ela cresceu no hospital, esperando a mãe terminar as cirurgias, brincando com instrumentos médicos e passando o tempo no necrotério. Lugares não muito apropriados para uma criança, diga-se de passagem. Não seria novidade se o pai postiço dela viesse desse local. Quando Meredith vira uma das internas do Seattle Grace, Richard decide que precisa cuidar da filha de seu grande amor. Na verdade, o chefe do hospital sente remorso por não ter olhado por Meredith quando ela era criança (e precisava de um adulto para defendê-la) e precisa compensar isso de alguma forma. Apesar de não favorecer nenhum médico, Richard olha para a interna com carinho e aconselha-a em todos os campos de sua vida, literalmente se metendo onde não é chamado. Ou vai dizer que chantagear o Derek para ser padrinho do casamento dos dois é atitude de alguém imparcial? Como todo “pai” e filha, os dois brigaram muito, mas finalmente chegaram a um acordo e Meredith deixou de ter ressentimento por Richard ter sido um dos fatores que estragaram o casamento de seus pais e sua infância.

Bobby para Sam e Dean (Supernatural)

Caçando monstros e criaturas do outro mundo, John sempre foi uma figura ausente na vida dos filhos. Durante esse tempo, Dean sempre esteve cuidando de Sam e após a morte do Winchester-mor, os dois irmãos sempre tiveram o apoio de Bobby. Seja fabricando armas, exorcizando demônios ou pesquisando os mais estranhos casos, Bobby nunca abandonou Sam e Dean e sempre esteve cuidando dos rapazes. Ajudou Dean a prender Sam quando esse segundo estava viciado em sangue de demônio, pesquisou os mais diversos meios de derrotar demônios e sempre os acompanhou, mesmo quando estava cansado ou distante. Bastava que lhe telefonassem. Ele foi capaz até mesmo de vender sua alma a um demônio, para que os irmãos tivessem mais chance de sobreviver a uma batalha contra Lúcifer.

Leonard para Sheldon (The Big Bang Theory)


Nem sempre a figura paterna é um homem mais velho, com mais sabedoria e mais inteligente que você. Em muitos casos, amigos (a família que a gente escolhe) fazem esse papel muito melhor do que os seus pais biológicos. Os personagens de The Big Bang Theory têm papéis bem definidos enquanto grupo. Raj e Howard fazem o papel de casal de meia idade que briga por qualquer coisa, tamanha a intimidade, o gênio Sheldon e o não tão brilhante Leonard têm uma típica relação de “pai e filho postiço”, onde um amigo toma conta do outro. Sheldon pode ter um QI altíssimo, mas quando falamos de relacionamentos interpessoais, falha miseravelmente. É aqui que entra a paciência e a empatia de Leonard, que ensina o amigo a como se relacionar com os “seres inferiores”, que vai buscá-lo em uma piscina de bolinhas no meio da noite e que aguenta ouvir as brilhantes conclusões do cientista mesmo quando é interrompido em seus sonhos pelas batidas ritmadas na porta. Isso sem contar o vergonhoso episódio onde Sheldon age como uma criança enfrentando o divórcio dos pais, Leonard e Penny. Coisas que só um pai aguenta mesmo!

Alexandre Borges, Bruna Antunes, Caio, Iraia e Leandro Lemella também escreveram sobre seus pais postiços preferidos.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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