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Forever – O saldo de uma temporada

Por: em 5 de junho de 2015

Forever – O saldo de uma temporada

Por: em

Para quem seguiu firme assistindo Forever, resolvemos fazer uma análise de como foi a primeira temporada, já que a série teve um destino diferente do seu personagem principal.

O início:

Sejamos sinceros: Forever não começou com o pé direito. Apesar da tentativa de mostrar uma mitologia diferente, o piloto não foi muito eficaz em mostrá-la e se atrapalhou ao introduzir os personagens ao mesmo tempo. Foi apressado em tentar forçar um clima de romance entre a detetive Jo e o Dr. Henry. A estrutura caso da semana também não ajudou o primeiro episódio.

Forever---bar

Quem seguiu para ver o segundo e terceiro episódio teve motivos que provavelmente não foram ligados ao piloto. Ou gosta dos atores (são todos carismáticos), ou tem uma política de ver ao menos três para não desistir.
Ioan Gruffudd emprestou seu charme e seu sotaque para o Dr. Henry, mas no piloto a mitologia do Dr. que não morre (ou ressuscita) foi mal executada, e sem achar expressão melhor: ficou tosco.

Mas o seu jeito desajustado teve uma certa química com a detetive Jo Martinez, interpretada pela Alana De La Garza. Ao longo dos episódios vamos conhecendo melhor a detetive e o seu passado também se mostra um pouco clichê. Uma detetive com uma morte no passado marcada pelos eventos? Já vimos isso antes.

O meio:

Mas apesar do roteiro clichê da série, o desenvolvimento dos personagens foi interessante, devido em grande parte à qualidade do elenco. Foi divertido vê-los investigando os casos e tentando ser pessoas normais, sem uma história mirabolante e um passado a ser escondido. Henry até usou sua história para ajudar um dos casos da semana.

Dou destaque ao Abe, interpretado pelo Judd Hirsch, e sua interação com o pai, Henry. Foi uma relação muito engraçada, tanto visualmente, quanto nas conversas entre pai e filho. O Assistente Lucas, representado pelo ator Joel David Moore, também teve um roteiro melhor do que em seu outro papel em Bones, que era bem similar a esse. Ele ajudou muito no alívio cômico da série, principalmente quando tentava imitar o seu mentor, Dr. Henry.

Os casos também começaram a ter um desenvolvimento interessante, mesmo quando aparentemente não tinham nenhuma relevância; de alguma forma serviam para nos mostrar um pouco do passado do Dr. Henry. Isso diferenciou a série de outras que mostram um caso por semana. O médico foi desacreditado pela primeira esposa, internado num hospício, descobriu segredos desagradáveis sobre sua família…Mas teve um filho, ajudou muitas pessoas e algumas delas até reaparecem nos dias atuais.

Uma das melhores histórias da temporada foi com a psicóloga e dominatrix Iona Payne, que pareceu realmente entender um pouco da dor do Henry. Ela seria um alivio romantico se não estivessem ainda nos tentando fazer shippar Henry e Jo.

Forever-Adam

A série também nos apresentou uma outra pessoa que não morria, e ele se tornou o inimigo n˚1 do Dr. Henry. Foi um bom mistério até ser revelado quem era o Adam, o que foi um pouco fácil para quem assistia descobrir, afinal não colocariam Burn Gorman para interpretar uma pessoa qualquer na série.

Com o aparecimento do Adam, as coisas mudaram um pouco e passamos também a nos preocupar com a história de fundo de Forever. Se descobririam ou não segredo do Henry já que Adam não estava facilitando as coisas para o médico.

O fim:

Já para o fim da temporada (e da série) as histórias foram se conectando mais e mais, assim como os casos da semana. Alguns fatos relacionados com o passado dos personagens foram mostrados, aumentando o nosso carinho pela série. Gostei muito de ver Abigail, a mãe do Abe e última esposa do Henry, de darem um desfecho para ela e contarem também a sua história. Ela marcou muito os dois e esse plot contribuiu e muito com a série.

Forever-antigo

Foi curioso ver David Krumholtz interpretando a versão jovem de Abe; em Numb3rs ele interpretava o filho do Judd.

Uma coisa boa foi apresentarem como Henry e o Adam se tornaram imortais, mostrar pelo que passaram, ao longo do tempo de vida. É uma pena e um alivio não terem mostrado o passado do Adam, já que ele tem 2000 anos seria interessante vê-lo na corte de Cesar, mas ao mesmo tempo a ambientação poderia ficar muito tosca.

Desde o início a série contou boas participações especiais, o que fez fãs de outras séries ficarem orgulhosos. Tivemos Hilarie BurtonJohn NobleClarke PetersCuba Gooding Jr.Blair Brown entre outros.

Apesar do cancelamento, os produtores conseguiram fechar o arco central da história entre Henry e Adam com uma boa desenvoltura, apesar de terem terminado com um mínimo clifhanger entre a Detetive Jo e Dr. Henry. Quem não gostaria de saber se ele realmente contou a verdade à ela, e qual seria a reação da detetive?

Forever poderia ter uma vida maior fora da Fall Season, ou se não carregasse o peso de ser constantemente comparada com Castle.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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