A internet simplesmente entrou em erupção depois do episódio de Game of Thrones de domingo (17), Unbowed, Unbent, Unbroken, onde Sansa (Sophie Turner) foi atacada e humilhada pelo seu novo marido, o sádico Ramsay Bolton (Iwan Rheon), na sua noite de núpcias. (Veja entrevista com a atriz aqui)
Ao longo desses cinco anos, os espectadores assistiram a filha de Ned Stark (Sean Bean) crescer diante da tela, amadurecendo quase que forçosamente por conta da sua luta para sobreviver ao jogo dos tronos em Westeros. Em um fatídico domingo a noite, como outro qualquer, a personagem foi estuprada pelo filho psicótico do homem que matou em uma emboscada sua mãe e irmão, enquanto o seu irmão de criação também completamente desconstruído, Theon (Alfie Allen) é forçado a assistir.
Tendo em vista o rebuliço e a enxurrada de críticas, o famigerado autor e produtor da série George R. R. Martin, em seu blog, saiu de sua reclusão criativa para finalizar o próximo livro da série, para comentar o ocorrido.
Leia na íntegra:
Eu estou sendo bombardeado de emails e comentários fora de contexto neste blog sobre o episódio desta noite (domingo, dia 17 de maio) de Game Of Thrones. Já esperava.
Os comentários…independentemente do tom…foram excluídos. Eu digo desde a primeira temporada que este não é um local apropriado para debater ou discutir a série de TV. Por favor, respeitem isso.
Existem melhores lugares para tais discussões: Westeros, Tower of the Hand, Watchers on the Wall, Winter Is Coming, as seções de comentários dos críticos de TV que regularmente comentam a série, como James Hibberd, Alyssa Rosenberg, Mo Ryan, James Poniewozik e muitos outros. Tenho certeza que em todos estes sites haverá um debate saudável.
Tenho muitos fãs me pedindo uma declaração.
Deixem-me reiterar o que eu já disse antes.
Deixe-me reitrar o que eu já disse antes: quantos filhos Scarlett O’Hara (protagonista de E O Vento Levou) teve? Três, no livro. Um, no filme. Nenhum, na vida real: ela era um personagem fictício, ela nunca existiu. A série é a série, os filmes são os filmes: dois jeitos diferentes de contar a mesma história.
Há diferenças entre os livros e a série de TV desde o primeiro episódio. E, desde aquela época, tenho falado do efeito borbolet. Pequenas mudanças levam a mudanças maiores, que levam a alterações imensas. A HBO já entregou mais de quarenta horas da impossível e exigente tarefa de adaptar minha (extremamente) longa e (excessivamente) complexa série de livros, com suas camadas de trama e subtrama, suas reviravoltas e contradições e narradores pouco confiáveis, mudanças de pontos de vista e ambiguidade, com um elenco de centenas de personagens.
Raramente uma série de TV é fiel ao seu material de origem, em grande parte ( se você duvida, converse com algum fã de Harry Dresden (The Dresden Files) ou leitores dos livros de Sookie Stackhouse (True Blood), ou fãs dos quadrinhos de The Walking Dead)….Quanto mais a série dura, maiores ficam as borboletas. E agora, chegamos ao ponto de o bater das asas delas gerar tempestades, como a que está tomando conta dos meus e-mails.
Prosa e televisão têm diferentes forças, fraquezas e exigências.
David (Benioff), Dan (Weiss) e a HBO estão tentando fazer a melhor série de TV que eles podem.
E, aqui, estou tentando escrever os melhores livros que possso.
E sim, mais e mais, eles se diferem. Duas estradas divergindo na escuridão da floresta, eu suponho… Mas todos nós ainda queremos, no fim, chegar ao mesmo lugar.
Enquanto isso, espero que leitores e telespectadores aproveitam a jornada. Ou as jornadas, se for o caso. Algumas vezes, borboletas se transformam em dragões.
No final do seu post, Martin sugeriu novamente que os leitores do blog procurassem sites de discussão e, para os curiosos para saber como próximo livro deve ser, ele deu o link para os capítulos de Ventos de Inverno que foram liberados em seu site oficial.
O que você achou das declarações de George R. R. Martin? Você acha que a série deve ser fiel aos livros ou adaptações são razoáveis?
