Há poucos episódios do fim (agora só nos restam dois, sendo a series finale um episódio duplo), Glee traz aos fãs mais um capítulo da batalha de Sue Sylvester pelo topo do mundo. No entanto, o que esperávamos ser o gran finale de sua rixa com as artes do McKinley High, acabou e tornando apenas mais uma reviravolta no caminho. O que quero dizer? Sim, teremos essa mulher infernizando geral até o último momento. Bom, eu não estou reclamando, porque é nisso que a série encontra seu melhor.
O império da Sue começou a se ruir quando, de repente, Becky Jackson se voltou contra a treinadora. De todos os insultos, humilhação, verdades jogadas na cara, certeza que nada disso doeu tanto quando a “traição” de sua melhor amiga e parceira de crime. Tocaram bem mesmo no ponto que mais machuca. Estava bem visível o quanto Sue sofreu por isso. Exposta em rede nacional, tendo toda sua rede de mentiras desmascaradas. Descobrimos, inclusive, que Michael Bolton não é o pai da filha dela (#mundosdesabando). Mas essa mulher é tão incrível que nada disso foi capaz de derrubá-la. Aliás, ela que derrubou muitos forninhos xingando a Fox News (palmas para os roteiristas zoeiros comprando briga) e esmurrando Geraldo Rivera.
Além da traição de Becky, o maldoso programa ainda expôs a difícil relação entre Sue e sua mãe. Meu mundo caiu ao saber que Doris e o marido não eram caçadores de nazistas. Sempre pensei nos dois fazendo isso. A verdade é ainda mais triste. Depois não sabem porque a Sue tem esse jeito todo atrapalhado. Diante desse ótimo retorno, fui rever Furt (2×08) e reparei em alguns erros. Em certo ponto, é mencionado que Sue, com a ausência da mãe, brincava sozinha com suas bonecas, fazendo-as cantar baladas umas para as outras. Como isso se explica diante do ódio dela por musicais?
Nessa reta final, sem emprego e com a dignidade que ainda restava, Sue foi para onde ela seria mais que bem aceita. Como nunca pensaram nisso antes? Ela já foi o inferno na terra para o New Directions, sendo jurada de competições e a diretora tirana do colégio. Mas é na casa do inimigo o lugar em que ela poderia fazer mais estrago. Treinando ainda mais os robozinhos do Vocal Adrenaline, ela pode fazer uma equipe invencível que tire dos newbies até a vontade de viver. Só nos resta saber como será o desfecho disso.
Por falar no VA, aqui começa a ladainha da junção entre os New Directions e os Warblers. Tinha dito semana passada que a inserção de Myron foi uma jogada preguiçosa do roteiro, mas vendo essa cartada final, até volto atrás para dizer que foi mais digno. Sério? Não conseguem encontrar 4 Matts (já relembrando para ninguém ficar surpreso quando ele aparecer nos próximos episódios) para dançar atrás dos 8 restantes e magicamente a Dalton pega fogo. É tão absurdo que dá vontade de gritar uns insultos na cara desses roteiristas. Seria um desfecho TÃO bom se não tivessem feito isso. Essa de inventarem pessoas para competirem nunca foi um problema para Glee – foi feito praticamente em todas as temporadas. Por que agora seria? Os roteiristas sabem muito bem disso, já que colocaram a Sue para dizer mais umas verdades em forma de recalque.
Cara da Madison me representa
Como se não bastasse, os Warblers ainda surgem com essa historinha de uniforme. Socorro, o que foi isso? Assim não tem como defender vocês, queridos. Os News Directions não combinam de jeito nenhum com um uniforme certinho daquele jeito. A vibe deles é totalmente diferente, bem mais irreverente. A graça do Glee club não era estar fora dos padrões, sendo desajustados porém felizes? Isso é acabar com o lema da série.
Falando em acabar, outra que está merecendo um tapa na cara é a Rachel. Depois de fazer as escolhas erradas, largando NYADA e a Broadway, era de se esperar que ela aprendesse com seus erros. Pelo visto, não foi o que aconteceu. A toda poderosa Carmen Tibideaux (Whoopi Goldberg) aceita-a de volta e quem ela pensa que é para desistir? Menina, você sempre foi minha preferida, não faça isso comigo, não seja essa topeira. Precisa entender que seu lugar é na Broadway, com todo o sucesso do mundo e, por favor, formada. (De preferência, sem o Sam do seu lado, agradeço).
Performances:
Rather Be – New Directions
Estava amando esse New Directions de todo coração. Foi uma ótima performance, provando que as vozes deles combinam demais quando não estão mortos feito em Cool Kids, semana passada. Apesar de formarem uma pequena equipe, seria uma boa apresentação para as seletivas – fraca, mas ainda assim melhor que tudo que os antigos newbies já fizeram. A coreografia foi um tanto atrapalhada, principalmente com o Myron querendo aparecer. Mas ainda assim foi bem legal. Já disse o quanto eu amo a Jane, né?
The Trolley Song – Sue e Doris
A Sue ama o som da própria voz – e a gente também ama a voz dela. Ainda mais em uma performance linda dessas. Que coisa mais fofa aquelas duas juntas. Mãe e filha sensacionais em um musical, não poderíamos pedir mais. Pelo menos foi alegre e não acabou com meu coração que nem fizeram lá atrás, cantando Ohio.
Far From Over – Vocal Adrenaline
Não sei se foi obra da Sue, mas até essa performance do Vocal Adrenaline pareceu melhor que tudo que essa nova equipe mostrou até agora. Enquanto via aquele povo pulando, correndo, se exercitando a níveis desumanos, fiquei extremamente cansada.. Apenas imaginando como eles ficaram mortos depois disso. É disso que a gente gosta, eles treinando bastante pra ser um desafio para o ND.
The Final Countdown – Sue e Will
Acho que nunca vou superar essa performance sensacional. De tudo de ruim que esse episódio trouxe, não lembro de mais nada quando revejo essa apresentação. Não sei o que foi mais engraçado, os dois (e o Brad) com as perucas ou isso tudo sendo apenas imaginação. As caras e bocas estavam ótimas, mostrando que realmente levaram a guerra pessoal ao mais altos níveis da loucura. A batalhe de air guitar foi com toda certeza o melhor.
Rise – New Directions e Warblers
Y soy rebelde.. Ops, música errada. Não vou mais expor minha revolta, após esse breve comentário, façam um minuto de silêncio junto comigo.
Notas:
– Além de uma péssima sacada, juntar New Directions e Warblers ainda é um profundo desrespeito com a Jane. Eles fizeram bullying com ela e a impediram de se juntar ao coral e, agora, quando eles precisam, ela tem que ceder seus lindos solos? Injustiça!
– Doris Sylvester aparecendo de vermelho e preto novamente. Pelo visto, esse lance de cores preferidas de roupas é coisa de família mesmo.
– A grana deve estar curta, já que não conseguiram pagar o cachê da Whoopi Goldberg para participar do episódio.
– Que saco ser o Sam a colocar juízo na cabeça da Rachel. Aliás, ótimos amigos a menina tem. Nem o Schuester foi capaz de pensar um pouco nela para ver o quão errado está sendo a decisão de não voltar pra NYADA.
– Os ataques do Myron são hilários. Ainda não acredito que essa criança faz parte do coral, mas ok.
Apesar de ter amado o episódio, nada se compara a sensação de ver Jesse St James na promo já do próximo episódio. Vocês que acompanham as reviews aqui sabem o quanto eu torci e fiz campanha para a volta dele. Finalmente terei minhas preces atendidas e não aceito menos que um final maravilhoso St Berry. E vocês, que nota dão a The Rise and Fall of Sue Sylvester? O que estão achando dessa reta final de Glee? Venham comentar comigo e até semana que vem.
