Welcome Back, Jim Gordon foi razoavelmente superior aos dois episódios anteriores. A série ainda está meio perdida entre o vazio de ser um programa precedural e a tentativa de fazer fluir um roteiro – com ricos elementos– que venha eventualmente venha a resultar no aparecimento do Homem-Morcego.
Como eu disse semana passada, o “castigo” de Jim em Arkham foi muito rápido. Eu realmente gostaria de ter visto o asilo inserido de uma forma mais inteligente na trama, mas não, já estamos de volta com o detetive a GCPD. Agora ele afirma que mudou, que sabe como o sistema funciona e que ele já sabe que não pode esperar o melhor das pessoas, mas veremos mais para frente que mesmo se colocando nessa posição, Gordon não poderia estar mais equivocado.
Felizmente o caso da semana foi útil de alguma forma à história e aos personagens. Com o assassinato de um criminoso que, como Bullock destacou, seria um “Serviço Público” à cidade, acabamos por ter a surpresa (#sqn) que pessoas de dentro estavam envolvidas no crime. Mas pudera, matar uma simpática testemunha dentro da delegacia? Uma deixa besta para termos o mesmo de sempre:
- Jim realizando que algum peixe-grande está envolvido;
- Um discurso de Bullock/Essen dizendo que ele não deve se meter com o caso;
- Gordon fazendo o que ele acha certo no final das contas;
- Eventualmente resolvendo rapidamente o crime.
Mas tivemos um elemento novo – aleluia! – nesse batido cronograma: Oswald Cobblepot (sempre ele). Ao saber que o detetive Flass estaria envolvido e que ele teria o respaldo de pessoas poderosas de Gotham, sua acusações só valeriam frente aos seus colegas se ele tivesse alguma prova concreta, e obviamente ele recorreu ao ascendente Pinguim, que estava desfrutando do novo cargo de dono de Boate e orgulhando sua mamãe. Gente, e esse amor do Cobblepot pelo Gordon? Ele realmente considera o policial um amigo. O melhor cenário é que sim, ele aceitou ajudar com o caso de coração aberto, sem esperar nada em troca – prometendo ainda que ninguém se machucaria ou o nosso amado Pinguim vai dar um jeito de conseguir alguns favores do seu BFF. Acho que o segundo cenário é mais provável, né?
Cumprindo o que prometeu, Cobblepot manda seu capanga atrás do policial que poderia dar mais detalhes sobre o assassinato da testemunha de Jim, e utilizando de métodos que não deixariam Gordon feliz – afogando a esposa do cara numa banheira – ele consegue que sejam entregues a arma do crime e uma fita com a confissão. Resultado de tudo isso? Mais uma vez Gordon consegue salvar o dia, prendendo o verdadeiro bad Guy, Arnold Flass. E desta vez em frente à todos os colegas de farda, que de certa maneira o apoiaram, mas Jim não esperava era virar o que ele sempre odiou: O detetive que teve a mulher torturada se jogou aos pés de Gordon, literalmente implorando para que ele não fosse mais atrás da sua família. Completamente surpreso com tudo aquilo, ele ficou sem saber como reagir ou argumentar, creio que veremos as consequências disso nos próximos episódios, pois pode acarretar em uma certa fama para Jim, que no cenário da cidade, o ajudaria muito a ter mais respeito das pessoas….vamos acompanhar.
Eu novamente esperava mais de Fish no episódio. Toda aquela tortura, suas reações, eu acreditava que iriam nos levar à uma virada de mesa da personagem, provando que temos uma mulher forte entre os protagonistas, mas não. Butch salvou a chefe da tortura de Bob. E ela fez o que? Novamente me decepcionando, decidiu ir atrás de Cobblepot. Obvio que o homem de Don Falcone, Victor Zsas, a procuraria em primeiro lugar lá.
Entre as tramas paralelas tivemos: Nygma e Kringle. Sobre esse casal peculiar eu não sei ainda o que esperar, eu sei que no futuro ele vai virar um dos maiores vilões do universo do Batman, mas por agora eu acho ele um fofo! Ele é muito inteligente e inocente e pode ser que a série venha a mostrar o fato que o transformou no Charada. Eu já disse uma vez que, no universo DC é muito difícil encontrar alguém, herói ou vilão, que não tenha se motivado por um fato que o marcou para sempre.
Tivemos nosso baby Batman de volta, junto ao meu adorado Alfred. Eles passaram uma temporada no chateau Wayne na Suíça e o Master Bruce volta querendo reencontrar Selina, talvez para dar umas bitocas, mas o garoto dá a desculpa de oferecer um abrigo seguro e confortável à ela na sua mansão, enquanto ela não testemunha sobre o assassinato dos seus pais. Em contrapartida, Cat mais uma vez tenta afastar qualquer tipo de possibilidade de afeto, alegando ter mentido sobre estar presente na cena do crime – uma coisa que me surpreende é o fato de Bruce comprar essa tão fácil, mas ok.
Isso significa que iremos retornar às investigações do pequeno vigilante (assim espero). Agora que Jim parece ter um pouco mais de moral e se diz mais imbuído, ele poderia retomar com seu objetivo de ajudar o milionário órfão.
E por último, e não menos interessante, a relação de Harvey e Fish. Durante o episódio vimos o parceiro de Gordon mais sério que o habitual. Sob a desculpa de reagir de acordo com a situação, ele afasta a hipótese de importar com Mooney, mas ao final do episódio vimos que tem muito mais azeite nesse dendê. Junto com Butch, Bullock se mostra ser uma pessoa da confiança da personagem e talvez isso também renda alguma consequência interessante. Fiquei satisfeita em saber que Fish vai se afastar até deixar a poeira baixar e eu acho que essa saída pela tangente é mega necessária. A personagem precisa de um tempo longe para descansar a nossa beleza e fazer a gente sentir falta.
Com algumas coisas interessantes – Gordon virando uma pessoa que ele despreza e o casal Bullock e Fish – Gotham ainda não consegue ser uma série linear, oscilando entre tramas vazias e se esforçando para fazer com que a gente compre a história. Mas o fato é, estamos ainda com vontade de acreditar no potencial que ela tem a nos oferecer.
Assista agora a promo do episódio The Fearsome Dr. Crane, que vai ao ar dia 2 de fevereiro.
– Observações:
– Nos dois próximos episódios veremos mais um conhecido vilão. Muito provavelmente conheceremos as origens do Espantalho (o 15º episódio é entitulado Screacrow). Jonathan Crane, verdadeiro nome do criminoso, aparecerá como criança e com seu pai atuando como o vilão. Na triologia Christopher Nolan o personagem foi interpretado por Cillian Murphy. Nos quadrinhos, o personagem tem alto conhecimento sobre a psicologia do medo e desenvolve ferramentas para que suas vítimas vivam seus piores temores.
– Apenas amei o Pinguim bêbado, dando show!
– O que será que aconteceu com Butch? Certamente ele caiu nas mãos de Zsas, então creio que, se ele não estiver morto, ele vai sofrer. Será que Bullock irá fazer o que Fish pediu e irá atras do braço direito de Mooney?
– Outra coisa que ficou claro no episódio é que o Comissário Loeb também é uma peça no jogo que move Gotham.
– Nos quadrinhos, o detetive Arnold Flass também é corrupto e babaca, mas ele foi parceiro de Gordon, não Harvey, sendo eles comparáveis nos primeiros episódios.
– Primeira vez que ouvimos o nome completo de Fish: Maria Mercedes Mooney.
– Novamente temos referência ao Juiz Bambam na série, algumas pessoas conectam ele com o magistrado James “bam bam” Bamford de Arrow…será?
– Uma coisa boa do episódio: Sem Bárbarazzzzz e seu dramazzzzz na tela. #oremos
E você? Gostou do episódio? Fique a vontade para comentar e complementar a resenha.
Até a próxima!
