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Gotham – 1×21 The Anvil or The Hammer

Por: em 29 de abril de 2015

Gotham – 1×21 The Anvil or The Hammer

Por: em

Chegamos ao penúltimo episódio da temporada de Gotham e quando eu terminei de assistir concluí que, finalmente, conseguiram passar o que nos propuseram quando a série foi anunciada. Pode parecer que eu tenho implicância, mas não é isso, juro. Acontece que eles têm em mãos um material com potencial para fazer algo maravilhoso, porém ainda não acertaram na  sua condução (basta só analisar a trajetória de Fish que vocês vão entender o que eu estou falando). Mas vamos deixar de lenga lenga e aproveitar para analisar o motivo dos acertos de The Anvil or the Hammer.

Jim

Vamos começar falando do vilão que foi desenvolvido durante 3 semanas, algo inédito até então. Não que eu tenha achado inovador ou interessante um serial killer sedutor, mas ele definitivamente fez com que os núcleos afetados pelas suas ações progredissem. Jim  parou de falar e começou a fazer. Ele há muito vinha cantando a pedra de que havia mudado, tornando-se mais duro e vimos isso dessa vez. Primeiro ele realmente iria se utilizar de métodos não muito éticos para interrogar uma fonte sobre o Ogre e depois, seguindo uma pista de uma boate exclusiva, ele engrossa com Cobblepot para conseguir um convite. Aliás, essa conta de favores do Pinguim vai chegar em algum momento…

Mais uma vez Bullock foi o alívio cômico e a incursão dele no meio de todas aquelas bizarrices lascivas foi divertida de assistir. Ele que em um primeiro momento ficou super empolgado com a oportunidade, aparentemente se choca com os métodos para obtenção de prazer das pessoas. O baque foi tanto que nem para gente mostraram o que fez ele pedir arrego e eu gostei do artifício, provando que Gotham sabe jogar com o humor (confesso que eu fiquei curiosa para saber o que apareceu no palco).

A partir de uma sobrevivente do nosso Christian Grey, os policiais chegam ao apartamento do psicopata. Mas o que eles não podiam esperar é que o maníaco estava bem longe dali, com Bárbara. Mais uma vez conseguiram dar uma função pra essa mulher e isso é outra vitória. Semana passada passou na minha cabeça a possibilidade (um sonho talvez) dela se aliar ao cara e sei lá, morrer! Rs. Mas fui surpreendida. Não é que em meio de toda aquela tortura psicológica que ela estava sofrendo, Bárbara faz com que seus pais sejam mortos? Pois é, não que eu me importasse muito, mas nunca ficou claro para nós o que havia entre eles, se não me engano, a família da loira insossa apareceu apenas uma vez, mas nenhum detalhe foi dado sobre o porquê deles terem alguma disfuncionalidade.

Gotham1

Se a ex de Gordon já não batia muito bem antes, agora parece que ela realmente vai precisar de ajuda. Com o Christian Grey morto (eu não vou dar tanta importância ao personagem a ponto de pesquisar o nome, ok?) ela vai ter que lidar com o fato de ter marcado duas pessoas – no caso seus pais – para morrer. Uma coisa que eu percebi é que, pelo menos até o final do episódio, Jim não se sentiu responsável pelo que todos os fatos causaram à ela o quanto ele estava preocupado em salvar sua vida, afinal, ele saiu correndo para os braços da Leslie, declarando-se novamente para a médica (a gente torce porque é a Morena Baccarin, apenas)

Já falei e vou repetir, mesmo não parecendo ser a intenção de início, todo o arco envolvendo o pequeno Bruce é o mais interessante construído até aqui. O menino finalmente resolveu ser mais ativo nas suas investigações (foram dias a finco naquela sala, não é mesmo?) e isso é muito bom. Poder ver como a Wayne Enterprises funcionava antes da sua versão adulta tomar as rédeas dos negócios é algo muito interessante. Ele acaba por ficar frente a frente com Bunderslaw, o homem que mandou Reggie investigar o que o garoto sabia sobre as atividades da empresa. Pela primeira vez, o pequeno Batman é confrontado com a possibilidade do seu pai não ter sido o homem que ele achou que fosse e fica transparente que essa informação embaralha completamente a cabeça de Bruce, que mesmo em sua pré-adolescência, comprovou ser uma das pessoas mais maduras de Gotham.

Quem aparece para livrar o garoto da desagradável conversa é Lucius Fox (Chris Chalk). Esse nome soa familiar, né? Isso se dá pelo fato de termos visto Morgan Freeman dando vida ao personagem na triologia de Christopher Nolan, então mesmo que você não tenha muito conhecimento do personagem nos quadrinhos, se você viu o filme, sabe que ele é um homem que é confiável e que no futuro será um dos grandes aliados do Homem-Morcego. Em Gotham porém ainda não pudemos conhecer muito dele, que apenas reafirma a hombridade de Thomas Wayne para o filho e informa que todos têm segredos.

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Perturbado com os acontecimentos na sua empresa, outro importante momento se dá na volta à Mansão Wayne. Alfred tinha passado o dia fora para reconhecer o corpo de Reggie e ao reencontrar com seu jovem mestre, este assume o que ele e Selina fizeram, culminando no ex-companheiro do mordomo caindo de alguns andares. Nosso mordomo favorito fica visivelmente chateado com seu protegido agindo pelas suas costas, mas a sua preocupação com o bem estar dele é maior que o seu aborrecimento. Bruce se abre também sobre os fatos ilegais que supostamente seu pai aceitou e, mais uma vez escuta que ele era um homem bom. De qualquer forma, a partir de agora algo está diferente. O recorte da foto de pai e filho representa bem o emaranhado de sentimentos que Bruce sente em relação ao homem que sempre admirou. Agora ele é mais uma parte da sua investigação.

Eu saquei o plano de Cobblepot nos primeiros instantes do episódio. Semana passada ele até tinha me enganado, mas não durou muito. Era óbvio que o plano de matar Maroni iria ser apenas uma desculpa para reascender a guerra pelo trono de rei do crime em Gotham. Só tenho a agradecer ao Pinguim, de verdade. Tinha me esquecido total desse enredo, para vocês verem como a série se perdeu um pouco no meio do caminho. Agora é estamos em estado de sítio e a season finale será completamente em torno dessa chama que voltou a ser acesa pelo personagem que desde a primeira semana centraliza a história da série. Eu gosto de tiros, violência e a conclusão do episódio colocando paralelamente Maroni e Falconi foi bem legal, basta saber se algum dos dois cairá na season finale (lembrando que a infame Fish Mooney voltará para se meter na jogada também, infelizemente…ou felizmente, pois veremos ela pela ultima vez #seDeusquiser)

Nygma

A menção honrosa de The Anvil or the Hammer vai para Edward Nygma que aplicou a máxima do “Sem corpo, sem crime”. Ele definitivamente se deliciou enquanto se desfazia dos restos mortais do namorado da Sra. Kringle e aquela cartinha que ele mandou para ela no final, sensacional. O futuro charada é outro acerto de Gotham. Ele foi vindo de mansinho, inocente e começa a se deteriorar aos poucos, deixando transparecer suavemente (bem, esquartejar alguém não é tão sutil, mas ok) o seu lado maníaco que o levará a ser um dos antagonistas mais conhecidos do herói.

Você sabe que o episódio foi bom quando todos os elementos delem valem ser comentados de alguma maneira, e pelo que vocês podem perceber, acho que não deixei nada de fora. Eu torço muito para que a curva continue ascendente a semana que vem, em seus derradeiros momentos, a série deixe uma janela auspiciosa para a construção de uma 2ª temporada mais bem proporcionada. Agora só nos resta esperar (e torcer).

Fique agora com a promo do season finale All Happy Families Are Alike, que vai ao ar dia 4 de maio:

O que você achou das descobertas de Bruce sobre o pai, ele realmente tem razão em duvidar do homem que ele sempre admirou? E onde você acha que a guerra pelo controle da cidade pode chegar? Fique a vontade para comentar e complementar suas impressões do episódio.

– Observações:

– Mesmo sendo creepy, a gente torce pelo casal Nygma e Srta Kringle, não é mesmo?

– Vou falar um pouco mais sobre o Lucius Fox. Nos quadrinhos ele é um é um coadjuvante das aventuras do Batman, que atua como oadministrador dos negócios de Bruce Wayne e também ajuda o herói a desenvolver todos seus gadgets, se bem trabalhado na série, pode ser um personagem bem interessante de acompanhar.

– “I think I saw some donuts outside with my name all over them.” – Bullock no momento em que Jim decide sair da linha no interrogatório. lol.

– Eu não recuso biscoitos. Jamais. Nunca.

– Eu gosto quando a série assume um ar cartunesco, isso a diferencia das outras que estão no ar. A cena da boate exclusiva foi um exemplo disso.

– Uma coisa que eu sempre levanto nas reviews e hoje digo aqui na observações é como Jim e Harvey tem uns insights que olha, nível hard de inteligência. A forma com que Gordon consegue concluir que o assassino estava à caminho da casa dos pais de Bárbara é risivel. Mas ok, não temos tempo para perder com algo mais crível, não é mesmo?


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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