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Grey’s Anatomy – 10×13 Take it Back

Por: em 1 de março de 2014

Grey’s Anatomy – 10×13 Take it Back

Por: em

“Olhando para trás é fácil ver quando um erro foi cometido. Se arrepender de uma escolha que parecia ser boa ideia. Mas se usarmos nosso melhor julgamento e ouvirmos nosso coração, nós veremos que escolhemos com sabedoria. E evitamos o mais profundo e doloroso arrependimento. O arrependimento que vem de deixar algo maravilhoso passar.”

Saindo do seu mais longo hiatus, Grey’s Anatomy conseguiu fazer um episódio de retorno que, a despeito de algumas tramas que não funcionaram muito bem, aparentemente colocou uma pedra em algumas tramas anteriormente abertas e começou a desenhar o caminho que essa segunda metade da temporada deve tomar. Os prognósticos são positivos e negativos, há histórias empolgantes e também algumas aparentemente chatas… Mas como não se pode ter tudo nessa vida, seguimos em frente.

Meredith e Alex

No lado das tramas encerradas, a via crucis de Alex e Jimmy parece ter chegado a um fim. Trágico, mas ainda assim, um fim. Matar o pai de Karev agora talvez tenha sido uma das maiores surpresas de roteiro da temporada, já que eu esperava essa história arrastada por um bom tempo, até o momento em que o Alex derrubasse os muros que construiu ao redor de si e conseguisse ser feliz novamente com o pai. Pensando agora, contudo, seria um cenário otimista demais pra um personagem tão ferrado e tão emocionalmente instável quanto o Karev. Carregado de amargura e ainda levando todas as feridas de um passado que ele insiste em não esquecer,  Alex jamais perdoaria Jimmy. Naquele momento pequeno antes da morte dele, quando o pediatra o tranquiliza e diz que a mulher e o filho estão vindo, ele não perdoou o pai; apenas deixou um pouco de lado a máscara de bad boy e se permitiu sentir a dor de perdê-lo, novamente. Isso fica claro quando ele afirma a Mer que ela, dentre todos os outros, deveria ser aquela a melhor entendê-lo. E o abraço dos dois é tão genuíno e tão sincero, que não resta dúvidas: Meredith o entendeu.

É nesses momentos que meus sentimentos a respeito da Jo se confundem. Por mais que eu ache ótimo o Alex ter alguém do seu lado nesses momentos, a atitude da garota em questionar se ele tinha ou não a pedido em casamento enquanto ele via o pai definhar pouco a pouco é egoísta e me faz achar que, cedo ou tarde, esse relacionamento vai desandar e, pra isso, nem vai ser preciso a Jo surtar ou contrair um câncer. A rotina e a convivência diária vão ser suficientes para mostrar o quanto eles não estão na mesma sintonia. É, ao menos, no que eu aposto – ou, melhor dizendo, no que eu torço.

A mesma rotina que parece ter chegado ao relacionamento de Callie e Arizona, também no sentido ruim. A impressão que o roteiro passa é que as duas entraram em uma espécia de looping vicioso. Discutem, se reconciliam, uma tenta salvar o casamento, a outra cede, e elas seguem em frente… Até quando? Pode funcionar, pode não funcionar… O fato é que não dá pra saber. Claro que não dá pra culpá-las pela tentativa de salvar o relacionamento, é o que duas pessoas que se amam e que viveram tanto tempo juntos tentariam fazer, apesar de todos os percalços pelo caminho. O problema, pra mim, é que elas estão fazendo isso da maneira errada. Não é mudando de casa e modificando o cenário que o casamento vai ser magicamente reconstruído. A mudança tem que ser interna… Tem que vir delas. Callie precisa ser menos dependente desse amor (porque ela merece mais do que isso) e Arizona precisa entender que o mundo não gira ao seu redor. Já torci muito pelas duas, mas hoje, me mantenho indiferente. Amo Torres e sou total indiferente à Robbins.. Torço, assim, apenas pra que Callie seja feliz. Plenamente feliz. E se for para ser com a Arizona… Então que seja e que o roteiro convença disso.

Derek Sheppard

Para Meredith e Derek, curiosamente, o problema parece vir exatamente da quebra dessa rotina. Não dá pra culpar o Derek por ter se permitido a chance de trabalhar relacionado a Casa Branca e não consigo entender o motivo para tanta raiva da Mer. É claro, eles tinham feito um acordo, mas casamento é uma via de mão dupla e acordos podem ser refeitos, especialmente quando há uma oportunidade tão grande em jogo. Um pouco egoísmo da personagem não enxergar o lado do marido. Não ficou claro pra mim, contudo, no desenvolvimento disso. Minha cara foi a mesma da Meredith quando o Derek contou do acidente que causou ainda jovem. No que isso influenciaria diretamente no trabalho? Claro que para trabalhar pra Casa Branca seria preciso todo esse “escavamento”, mas achei a preocupação do Derek um tanto quanto exagerada.

O TOC de Bailey parece ser outra trama encerrada, contudo, seus problemas conjugais com Ben, agora na vaga de um interno, não parecem empolgantes. Honestamente, quem se preocupa se o cara tá comendo hamburguer ou comida saudável no almoço? E, principalmente, quem quer ver Miranda Bailey preocupada com isso? Que os bons ventos dos roteiristas não permitam que isso aconteça.
April e Jackson

O que nós realmente queríamos saber era: Quem April escolheria? E a resposta me surpreendeu. Entre seguir seu casamento com Matthew e fugir com Jackson, tinha quase certeza que ela pensaria racionalmente e continuaria na igreja. Então, foi com alegria que vi ela pensar emocionalmente, se jogar nos braços de Jackson e se permitir viver uma paixão que, se ela deixasse passar, como bem disse a citação, seria um dos maiores arrependimentos de sua vida. Mesmo sendo um recurso clichê, foi bonitinho ver os dois juntos apenas no final do episódio, vivendo um casamento em segredo – que, obviamente, logo logo deixará de ser segredo.

A única coisa desnecessária em toda a situação foi a denúncia feita pelos internos. Claro que a Stephanie tem todos os direitos do mundo de estar chateada após a humilhação pública que passou. Mas assédio moral? Foi de longe a ideia mais descabida que Murphy já teve – e olha que isso é muito. Não é como se ela, Stephanie e Ross tivessem sido abusados por Arizona, Jackson e Cristina. Nada teria acontecido se eles não quisessem e se comportar dessa maneira é extremamente infantil. Vai ser interessante, contudo, ver os desdobramentos que essa nova lei que proíbe novos relacionamentos de superiores e subordinados terá.

 

PS. O Owen estava extremamente irritante. É claro que o Ross merecia todos os esporros do mundo por ter feito o que fez, mas como Chefe de Cirurgia, seu trabalho deveria ser cuidar para que a situação não se repetisse e não tratar o menino como um nada.

PS. II.  Tão bacana ver Meredith e Yang fazendo cirurgia novamente, conversando e tentando colocar uma pedra em cima dos desentendimentos. Sendo esses os últimos episódios de Sandra Oh na série, é exatamente assim que o clima deve permanecer.

PS. III.  Sem pausas até o final da temporada agora. Todos prontos?

PS. IV. Vale registrar: Muito, muito bizarro o tal “Homem-Gato”.

PS. V. Quem mais vibrou com o soco no Ross? o/


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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