Conforme saíam notícias relacionadas com iZombie, a maioria dos comentários na internet era algo relacionado com “isso não pode ser bom!”. Eu, ao contrário de uma certa maioria, sempre acreditei que algo bacana poderia sair dali, até porque, pasmem, a CW virou um modelo de boas estreias. Após The 100 estrear e aos poucos tornar-se uma das melhores séries da atualidade, The Flash comprovar que o canal manda bem em super-heróis, Jane The Virgin chegou e arrebatou a crítica especializada (recebendo destaque até no Globo de Ouro). E não é que a CW acertou novamente?
Já vou logo avisar no primeiro parágrafo que não, iZombie não será uma das melhores séries que você já viu na vida, não trará nada muito inovador e sim, irá seguir a fórmula do caso da semana (pelo menos na maior parte do tempo). Isso torna o seriado ruim? De jeito nenhum! Trata-se daquele entretenimento pipoca que você assiste pra se desligar do mundo. Sabe quando você está cansado e só quer relaxar na frente da TV? iZombie é a série certa para isso.
Olivia Moore (Rose McIver) tinha bochechas rosadas, era disciplinada, médica residente com sua trajetória de vida completamente traçada… Até a noite em que ela foi a uma festa e se viu no meio de um ataque de zumbis. Agora, como um recém-morto-vivo, Liv está fazendo seu melhor para se misturar e parecer tão humana o quanto possível. Sua aparência a faz meio “gótica”, com uma chocante pele pálida e cabelo quase branco, e seu comportamento passou de exuberante para exaustivo. Ela conseguiu um emprego no departamento legista para ter acesso aos cérebros de que deve se alimentar para manter sua humanidade, mas, a cada cérebro que ela consome, ela herda a memória que nele habitava.
Em resumo, é uma série policial diferenciada. Bem diferenciada. Claro que isso acontece pelo fato da protagonista ser um morto-vivo que investiga crimes. Enfim, a “mitologia” dos zumbis, apesar de ser apresentada superficialmente no piloto, é uma coisa bastante chamativa e pode gerar assuntos interessantíssimos ao longo da primeira temporada (que deve ter em torno de 13 episódios).
HQ na qual a série se baseia
A melhor coisa de iZombie é o humor, sem dúvidas. Ele lembra, razoavelmente, o filme “Meu Namorado é Um Zumbi”, e o resultado final é muito divertido. A série tem uma pegada bem atual e promete trazer várias referências contemporâneas, tudo de maneira natural. Quem já assistiu Veronica Mars pode entender bem sobre o estilo do humor, já que iZombie é do mesmo criador.
Os casos da semana prometem ser bem dinâmicos, enquanto dividem o tempo em tela com a vida pessoal da Liv (que promete ser um tanto agitada). O elenco não possui nada demais, mas a interação entre os personagens é ótima, o que já é um ponto positivo. Isso sem contar o carisma da maioria do atores, que já conquistam nos primeiros minutos.
Por fim, iZombie merece que você dê uma conferida. Pode não te agradar, mas você verá a CW tentando sair, novamente, da sua zona de conforto (e, novamente, com sucesso).
