É oficial, não existe nenhuma trama com maior capacidade de formar um nó em sua cabeça que a de Jane, The Virgin. São tantas coincidências e personagens relacionados das formas mais bizarras que às vezes é necessário um pouco de atenção para não se perder. Ainda assim, a trama está longe de ser confusa– inverossímil de incontáveis maneiras, sim – mas não confusa. A narração em terceira pessoa é o grande trunfo para isso e a partir dela você vai rapidamente entendendo as lógicas que regulam aquelas relações.
No segundo capítulo, dessa verdadeira novela mexicana, encontramos uma Jane tentando seguir sua vida apesar do bebê, ou melhor, o milk-shake que agora cresce em seu útero. A moça não queria que a gravidez mudasse seus planos, o que é totalmente compreensível, mas ao longo do episódio acabou entendo que é impossível passar por toda essa situação e continuar a mesma. Gostando ou não toda sua vida mudou no momento em que a inseminação foi feita e não há como voltar atrás. Devo dizer que a Gina Rodriguez estava ótima, a atriz consegue se destacar em cena e sua Jane é adorável e carismática.
Outro ponto que teve destaque em cena foi a paternidade da nossa virgem. A história é completamente insana, mas estou louca para ver a reação de Jane quando descobrir que seu ator de novelas favorito é na verdade seu pai. Xiomara bem que está tentando atrasar a revelação, mas acho que após a cena final isso vai ser difícil. Aliás, essa cena merece comentários. Foi épico ver a abuelita toda contente indo contar a Xiomara que o presidente estava vivo, na novela, e encontrando o próprio “presidente” da cama da filha.
Outra que merece ser citada é a Petra. Achava que a moça era apenas uma vadia interesseira, mas aparentemente ela é uma vadia interesseira que possui sentimentos pelo Rafael. A combinação é ainda mais perigosa e quero ver a loira encarnar a Catalina Creel sem o tapa-olho.
Agora vamos fazer uma pausa para o momento “babado, confusão e gritaria” do episódio. Como assim a amante da Luisa é a madrasta dela? Gente, estou chocada com essa família! Nem é preciso dizer que essa trama tem tudo para acabar no maior estilo “Casos de Família”. Então, vamos cruzar os dedos e esperar pela baixaria. Já que assunto é SBT e barracos dos bons, podíamos aproveitar a oportunidade e levar a Jane e o Rogelio para fazer o DNA no Ratinho. Ia ser lindo, não? Não? Tá, parei!
Enfim, o episódio dessa semana manteve o tom divertido, caricato e absurdo que me conquistou. A interação entre o elenco está ótima e até ganhamos um mistério do tipo “quem matou?”. Coisa de novela, mas é por isso que estamos assistindo a história de Jane, não é mesmo?
Observações:
— Fiquei surpresa com a morte do amigo do Rafael/amante da Petra/bandido investigado pelo Michael/moço que eu não sei o nome.
— Xiomara divou muito cantando My Milkshake (para mim é impossível ouvir essa música e não lembrar de Meninas Malvadas)
— O Michael é um fofo, mas tenho a impressão de que isso não vai durar muito.
— O que será que aconteceu com a mãe da Petra? Ainda é cedo para começarem as apostas, mas para mim ela é assassina. Paola Bracho me ensinou a não confiar em personagens com jeito de bitch em cadeiras de roda.
— Adoro essa narração em terceira pessoa da série e principalmente a voz do narrador!
— “Una flor voy a regarlare para confesarte lo mucho que me gustas ...” ♪ ♪ ♪ Estou completamente viciada nessa música!
