Todos os anos, a revista Time escolhe qual a “pessoa” do ano, dividindo-as em diversas categorias de acordo com o que fizeram e contribuíram para o mundo. Em 2012, a criadora e protagonista da série Girls, Lena Dunham, foi escolhida como a “pessoa mais legal” do ano. O grande ganhador foi o presidente dos Estados Unidos Barack Obama, eleito “a pessoa do ano”, com direito a capa da publicação.
Abaixo, selecionei alguns trechos que falam o porquê de a revista ter escolhido a Lena como pessoa mais legal. Quem quiser ler o artigo completo, clique aqui (em inglês).
“A pessoa mais legal de 2012 é uma mulher que não tem medo de mostrar as suas falhas. Uma mulher que usa menos maquiagem na TV do que na vida real e, de propósito, se mostra nua nas formas mais horríveis melhor do que qualquer chantagista poderia fazer. Uma mulher cuja personagem é baseada em fazer a coisa errada, mas ainda assim ganhar US$ 3,7 milhões para escrever um livro de conselhos. Uma mulher que fez um vídeo para a campanha de Obama sobre perder a virgindade para o presidente. Uma mulher que foi indicada para quatro Emmys e, ainda mais legal, zero People’s Choice Awards. Uma mulher que respondeu às duras críticas de James Franco (eleito a pessoa do ano em 2010) sobre Girls, o programa da HBO que ela criou e estrela, dizendo que é uma grande fã dele.
Lena Dunham pode não ter confiança ou ser misteriosa. Mas ela é a porta-voz de uma geração que adora dividir todos os momentos da vida com todo mundo. “Ela não liga para o que você pensa dela”, diz Judd Apatow, um dos produtores executivos de Girls. “OK, ela liga. Mas ela não muda quem é para te agradar”. E ela acalma o cachorrinho ansioso dela com uma certeza de saber que você nunca, mas nunca será tão tradicionalmente legal quanto os seus pais vanguardistas de Nova York.
Diferentemente de outros ganhadores de Pessoa mais legal do ano que decidiram ou não falar a respeito (como Ryan Gosling em 2011) ou dizer coisas misteriosas como “eu invisto as minhas emoções no que acho que as coisas irão render” (James Franco em 2010), Dunham não escondeu a sua animação. Ela mandou um email: “Wow, isso é – por falta de uma palavra melhor – muito legal. Que honra. Vou entrar em alguma confusão na internet por estar genuinamente feliz por ser a primeira mulher a ganhar [o prêmio] Joel Stein de Pessoa mais legal do ano?”
Sim, Lena, você vai. Mas isso aconteceria de qualquer jeito, no Twitter e esperamos que aconteça em algum lugar ainda maior como o [programa do David] Letterman ou em um artigo de capa de uma revista. Porque – assim como muitas outras mulheres que não foram consideradas engraçadas o suficiente, fortes o suficiente, com estilo da Suprema Corte, ou capazes de seguir as leis complicadas da Arábia Saudita – você quebrou uma barreira.”
