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Teen Wolf – 1ª temporada

Por: em 18 de abril de 2015

Teen Wolf – 1ª temporada

Por: em

Se você chegou até aqui e conquistou o duro desafio de assistir a primeira temporada de Teen Wolf, meus parabéns! Sei que certamente você se perguntou, por muitas e muitas vezes, por que assistia aquilo – possivelmente encontrando conforto nos tanquinhos exibidos ou na nada árdua tarefa de desvendar o mistério desta temporada -, mas acredite, valeu a pena (ou vai valer quando você continuar assistindo).

Agora se você quer entender o que está acontecendo e por que estamos falando de lobinho adolescente, dá uma olhadinha nesse post que vai entender!

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Como digo repetidas vezes e vocês já devem estar enjoados de me ouvir falar isso: não se deixem levar pela imaturidade clara da série na sua primeira temporada. Sim, as atuações são fracas, mas aí vai um consolo: eles melhoram, e como melhoram. Os clichês que marcam presença em cada cena e os efeitos especiais então, nem menciono. Mas a verdade é que no fundo, no fundo, bem lá naquele cantinho escondido do seu coração, Teen Wolf pode ter te conquistado e você nem reparou. Agora sem muitas delongas, vamos falar da temporada em si.

A primeira temporada é composta por 12 episódios, e seu “slogan” inicil é: “Love. Be Afraid.” Daí já podemos interpretar aquilo que vai se destacar na história desta temporada: um romance proibido. E como pouca coisa é bobagem, a transformação de Scott e seu autocontrole aparecem como um conflito no meio desse romance com a filha de um caçador e busca por um alpha monstruoso à solta na – anteriormente – pacata Beacon Hills.

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Numa noite que seria comum para jovens normais, Scott e Stiles – filho do xerife da cidade – resolvem sair para uma floresta procurando por um corpo (jovens normais, certo). É aí que o nosso jovem McCall acaba mordido e se transformando em um lobisomem – o que você já deveria esperar considerando que o título da série faz referência a um lobo adolescente. Só pela ideia sensacional de ir à procura de um corpo no meio da noite numa floresta já entendemos que Stiles Stilinski será o alívio cômico do show e, de longe, quem nos segura nessa prova de resistência que é a primeira temporada.

O primeiro ano inteiro se passa com o novo lobisomem tentando compreender sua transformação à medida que ataques na cidade se tornam cada vez mais frequentes. A grande problemática é que Tyler Posey é bastante despreparado artisticamente para levar um papel que necessitava de tamanho carisma. Suas atuações beiram o inaceitável em alguns momentos e nos fazem pensar em criar um selo “Tyler Posey” de qualidade – mas acredite em mim, ele também vai acabar ganhando a sua simpatia com o tempo (tirando a cara torta dele, isso nunca deixa de ser estranho).

Outro elemento fundamental da temporada é, sem dúvida, o mistério em torno da família Hale que, após ser dizimada em um incêndio causado pelos Argent – só para causar mais confusão ainda no casal Romeu e Julieta – , torna-se parte central da trama e diretamente responsável por quase todo o desenrolar da trajetória de um lobo Scott loucamente envolvido num romance impossível (vale lembrar que até mesmo a transformação do garoto advém de atitudes nada bacanas da família).

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Romance este que se desenvolve como toda a inocência de um primeiro amor e que passa a ser um dos pontos que trazem a esperança no meio da bagunça que os jovens se envolvem. Toda loucura na qual a vida deles cai, a tentativa do casal de permanecerem como apenas um casal normal é algo até fofo de se ver. Como não rir eternamente do jogo de boliche que virou um double date? Até o momento em que Scott passa a tomar Allison como sua âncora e o relacionamento do casal passa a tomar uma proporção minimamente obsessiva, uma vez que a garota é vista pelo lobisomem como única e primeiro amor e para conter seu instinto animal, apenas ela.

E seguindo a linha de “Love. Be Afraid.” a temporada foca em Scott não tentando lidar com sua nova condição, mas no mesmo buscando uma cura, no desespero de poder ficar com sua amada. Allison é não apenas a âncora do rapaz, mas também seu gatilho, ou seja, a garota representa todo o instinto que Scott retém dentro dele, podendo por ela, ele controlá-lo ou não. Bom mesmo é a cena na qual a jovem descobre a realidade sobre seu namorado, isso já no final da temporada – a cena é de arrancar risadas pra quem tem a mínimo nível crítico – mas é nesse ponto que sabemos que tudo vai mudar. Bem ao estilo quando Elena descobre que Stefan Salvatore é um vampiro (The Vampire Diaries), só que com atuações bem piores, diga-se de passagem.

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Apesar de o romance estar sempre em enfoque no personagem principal, temos os Hale atuando como coadjuvante no arco da série. Quer dizer, o que sobrou desta família. Após um incêndio ter destruído a casa e matado quase todos que lá viviam, destes sobrevivem apenas Derek, sua irmã, que vem a ser o corpo encontrado na floresta, e Peter Hale.

Enquanto tudo aponta para Derek Hale, o lobisomem de nascença carrancudo e mal humorado, como o principal vilão da história, não percebemos que um sobrevivente estava cheio de rancor e ódio pelo incêndio em seu lar, causado nada mais nada menos que a ovelha negra da família Argent, Kate.

A mulher é tão terrível que levou a doce – e trouxa – Allison para o lado negro da história ao final da temporada, causando um curto circuito na mente da garota quando a expôs para tantos segredos familiares. “Então querida, seu pai não é vendedor de armas, ele as usa pra matar lobisomens”, não exatamente nessas palavras, mas ideia foi basicamente essa.

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Voltando ao desenrolar do mistério da temporada, alguns ficam chocados ao descobrir que Peter Hale é o nosso grande vilão, já eu, faço parte do time que venceu o bolão. A sequencia final de episódios chega a ser animadora: a busca incansável por vingança de Peter para dar fim à vida da mulher que matou toda sua família, a ganância de Derek, que acabou por privar Scott de sua única chance de possível cura, e tornou-se o novo alpha matando Peter. E a temporada encerra com um saldo de duas mortes (e algumas outras de efeitos colaterais) – Kate Argent e Peter Hale (irônico, não?)

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E, por fim, é lançado o gancho da próxima temporada, dentre os quais vem a mordida que Jackson finalmente obteve, a reação de Lydia em seu quase contato com a morte, a situação instável da família Argent e como Scott vai passar a lidar com sua transformação, agora sem cura.

Por fim, menções honrosas ao sarcasmo de Stiles Stilinski que garante muita risada pra gente, à amizade de Allison e Lydia que virá a ser a melhor coisa dessa série nas temporadas futuras, e as vezes que escolhemos rir para não chorar com a atuação de Tyler Posey nessa temporada, a ambição de Jackson que o move durante toda a temporada a descobrir a condição de Scott e seu romance singular com Lydia.

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Sabemos que não é a melhor série do mundo, mas não tem como negar que depois de doze episódios, a afeição pelos personagens já existe e você passa a ser muito mais tolerante com os pontos que ainda são lastimáveis. Força de vontade é o que impera em um seriador que quer ver Teen Wolf. Será uma verdadeira batalha contra você mesmo – muito pior do que se transformar em um lobisomem -, mas o sentimento final é agridoce. É aquele odiar gostando.

Agora fica o espaço de vocês. Podem meter o pau, defender, elogiar, sintam-se livres para isso e, caso tenha esquecido de algo, pode falar aí! E até a próxima, daqui duas semanas, com mais uma temporada da nossa maratona.


Gabriela Vital

A Kardashian perdida que sonha em ser médica um dia.

Vitória / ES

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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