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Once Upon a Time – 4×01 A Tale of Two Sisters

Por: em 30 de setembro de 2014

Once Upon a Time – 4×01 A Tale of Two Sisters

Por: em

Acabou a espera!

Once Upon a Time voltou, trouxe Frozen consigo e o resultado: Uma season premiere deliciosa que conseguiu excelentes números de audiência para o drama da ABC. Nos ratings, a série cravou 3.4 de prévia e 3.7 de consolidado, contra 2.3 do último season finale, provando que a estratégia de pegar carona no sucesso do musical da Disney funcionou. A torcida agora é que boa parte deste público se mantenha mesmo quando a história de Anna e Elsa acabar – e reside aí o principal desafio da série nesse começo de temporada. Por A Tale of Two Sisters, posso dizer que, sim, o show tem potencial para prender uma parcela desses números.

Regina e Emma OUAT

Meu sentimento otimista se sustenta em um fato: É visível que mesmo sem a presença dos personagens de Frozen, teríamos tido um ótimo começo de temporada, já que a grande maioria das histórias à parte de Elsa e Anna empolgou bastante. Regina, por exemplo. Tem como não se animar com qualquer plot que envolva a controversa personagem? Ela começou como Rainha Má, pouco a pouco foi mostrando que também possuía suas próprias dores e, no fim das contas, ela evoluiu. Uma evolução que, ao menos parcialmente, vai embora agora ante a presença de Marian.

Era óbvio que a volta da esposa de Robin (que precisa urgentemente ser avisado que divórcio já tá legalizado) traria a tona uma parte do que há de pior em Regina. Ir atrás do espelho daquela forma só mostra o quanto ela parece disposta a deixar que o ódio consuma seu coração novamente, agora em nome do sentimento que nutre por Robin. E o mais legal disso tudo é que, mesmo com um novo plano em prática (a ideia de ir atrás do criador dos livros parece ótima – e eu espero que sejam mesmo os irmãos Grimm), a dualidade presente em Regina ainda existe.

Ela não quer voltar a ser má. Ela simplesmente quer ser feliz (como não querer depois do acerto de contas com Robin?), e, talvez, acabe pegando o caminho errado pra isso. A cena com Emma (recriação da clássica Você quer brincar na neve?) à porta mostra isso, bem como o fato de ter, aparentemente, desistido do plano de matar Marian em detrimento da mudança pelo final do livro. São situações assim que reforçam o quanto ela é uma das melhores e mais complexas personagens do seriado.

Anna e Elsa OUAT

O núcleo de Frozen, como já era esperado, dominou a maior parte do episódio. Georgina Haig e Elizabeth Lail caracterizam Elsa e Anna perfeitamente. Começar a história – no que tange aos flashbacks – logo depois do final do filme foi um acerto do roteiro e, assim, vemos as irmãs às voltas com o casamento de Anna e Kristoff (Scott Michael Foster, também excelente). Durante boa parte do tempo, toda vez que a Anna e a Elsa falavam de Misthaven, o tal reino para onde seus pais foram, eu imaginei que o lugar seria Storybrooke, então foi uma grata surpresa saber que, quando morreram, o rei e a rainha se dirigiam a Floresta Encantada quando saíram de Arendelle, provavelmente numa tentativa de salvar Elsa de sua “maldição”.

Merece elogios a forma como o texto e a direção se preocuparam em não fugir as personalidades das irmãs já construídas no filme. É totalmente coerente vermos Elsa se questionando o quanto seus poderes podem ser ruins e duvidando de si mesma, bem como é a cara de Anna ter fugido de Arendelle em busca de Misthaven e de uma “ajuda” para a irmã (ajuda entre aspas porque nesse caso, a melhor ajuda é nada mais do que a aceitação da condição de Elsa, que em nada a diminui).

As cenas da rainha de gelo em Storybrooke, mesmo sem haver interação direta com os demais habitantes, serviram pra alertá-los de que alguma coisa chegou à cidade e o fato dela ter encontrado o broche de Anna entre as coisas de Rumple abre questionamentos sobre até que ponto Mr. Gold pode estar envolvido no desaparecimento da jovem. A busca de Elsa por Anna parece ser o fio motor da história do filme, ao menos no começo, já que logo teremos a chegada da personagem de Elizabeth Mitchell.

Rumple e Bella OUAT

Para os apaixonados por A Bela e a Fera (como eu!), a lua de mel de Belle e Rumple foi um deleite. A clássica dança, o cuidado com os detalhes, como a roupa e a música… Tudo no perfeito lugar, formando uma das cenas mais lindas da série até aqui. Os recém casados estão em paz, o que provavelmente não durará muito tempo quando Belle descobrir sobre a falsa adaga. Ver Gold explicando pra audiência (usando o túmulo de Neal como estepe) o que fez foi uma técnica de roteiro interessante e bem usada, o que geralmente não acontece em séries que recorrem a isso. Só espero que o drama que está por vir não dure muito.

Contudo, o mais interessante da história dos dois foi o chapéu que o Gold encontrou no final, que pertence ao Aprendiz de Feiticeiro, papel encarnado por Mickey em Fantasia, um clássico Disney composto de oito curtas musicais. Alguém tem alguma aposta de como essa storyline vai ser desenvolvida?

E sem muito destaque nessa premiere, tivemos Emma e Hook trocando um beijo e discutindo seu “relacionamento”, Henry preocupado com Regina e Charming e Snow fazendo… quase nada de interessante. Mas deles a gente não sente falta, não.

Assista a promo do episódio do próximo domingo e, enquanto ele não chega, solta o verbo nos comentários sobre essa deliciosa season premiere. 


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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