Depois de uma season premiere deliciosa, Once Upon a Time trouxe um segundo episódio mais voltado para as relações entre seus personagens já conhecidos e os novatos saídos diretamente de Frozen. Não foi tão bom quanto o primeiro, mas foi importante para solidificar alguns fatos e nos trazer um pouco mais sobre um cara que a gente conhece há 3 temporadas, mas nunca soube muito do passado: David. 
Foi uma sacada inteligente do roteiro ligá-lo diretamente a Kristoff e, por tabela, a Anna.
Pouco vimos do David pré-Snow e agora, a gente sabe o quanto ele realmente sofreu e não exagera quando diz que o seu passado não é exatamente algo bonito de se lembrar. Escravizado junto com sua mãe pela perversa Little Bo Pep (uma vilã fraquíssima e, de longe, um dos pontos mais fracos do episódio), David aprendeu a lutar desde cedo e saber que Anna foi a direta responsável por ele ter ser tornado o homem bravo e corajoso que é hoje mostrou o timing perfeito da série com seus novos personagens. Isso reflete muito no que o personagem é atualmente. Essa sua mania de sempre querer proteger a família a qualquer que seja o custo, uma coragem fora do comum e um altruísmo que muitas vezes até irrita de tão puro… É legal que saber que David é tudo isso graças – ao menos um pouquinho – a uma interferência de Anna.
E, como esperado, a garota realmente esteve envolvida com Gold durante o tempo em que passou na Floresta Encantada. Agora só precisamos saber em que nível a relação dos dois se desenvolveu e qual o fim que Anna tomou. Na minha cabeça, se formou uma teoria maluca de que ela pode estar de alguma forma presa dentro do colar que Elsa achou… Mas vai saber o que os roteiristas prepararam.
No tempo atual, a série também não perdeu tempo em criar ligações entre os personagens e a interação entre Elsa e Emma foi, sem dúvida, a melhor coisa do episódio. Primeiro, a gente confirmou que Elsa não veio para ser vilã. Sim, ela quer encontrar sua irmã a qualquer custo, mas isso não quer dizer que ela vá passar por cima de seus ideais e ficar preocupada com a possível morte de Emma congelada é uma prova disso. Dá pra ver que as duas serão bem próximas durante a estadia da galera de Frozen. E isso faz todo sentido do mundo se a gente parar pra comparar as duas trajetórias, né?
Elsa e Emma são duas figuras extremamente parecidas. Ambas relutaram em aceitar o papel que lhes foi imposto desde o nascimento, se fecharam para o mundo e para relacionamentos afetivos, tentam controlar seus poderes e constroem barreiras ao redor de si – sejam elas de gelo ou não. E o mais legal é que elas se reconhecem uma na outra. Dá pra ver no olhar delas durante a conversa dentro do muro de gelo e na promessa de Emma de que irá ajudar Elsa a encontrar Anna.
Como já noticiado, Elizabeth Mitchell vem para assumir o papel de vilã dessa primeira metade da temporada com sua terrível Rainha do Gelo, personagem que inspirou a criação de Frozen. Fica a expectativa em volta da personagem e a torcida para que não seja uma decepção como a Bruxa Má do Oeste foi.
Outras observações:
- Jamais teria imaginado Snow como prefeita. Mas não é que foi divertido? Ok que não foram momentos que serviram pra muita coisa, mas deram um equilíbrio bacana ao drama que os outros núcleos traziam
- A cena de Henry indo atrás de Regina e afirmando que não vai desistir da mãe é uma das mais lindas e sinceras da série.
