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Orphan Black – 2×04 Governed as it were by Change

Por: em 13 de maio de 2014

Orphan Black – 2×04 Governed as it were by Change

Por: em

Governed as it were by Change foi o melhor episódio desta temporada de Orphan Black, além de entrar fácil em uma lista de melhores da série. Mantendo um ritmo perfeito do início ao fim, foi impossível desgrudar os olhos da tela durante a sua exibição. Se no primeiro arco da temporada fomos bombardeados com perguntas, “Governed” começou a trazer algumas respostas. E é claro, finalmente tivemos o retorno definitivo de Helena em sua melhor forma.

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Sarah não é a única que sabe se livrar de situações difíceis! Logo na primeira cena descobrimos que o suposto acidente foi, na verdade, uma intervenção de Cal para resgata-la. Não dá para negar que eles formam um excelente time juntos e as cenas entre os dois são muito interessantes, mas algo ainda não parece confiável na figura do cara boa pinta que foi roubado no passado, mas ok, decide largar tudo e virar um fugitivo da polícia para proteger a golpista que lhe passou a perna. Apesar disso, a interação do bonitão com Kira é muito bonitinha e até serve para justificar tanta boa vontade da parte dele.

E se em  Mingling Its Own Nature With It a órfã parecia mais perdida do que de costume, esta semana ela já começou a retomar seu grau de badassness habitual. Sarah continuou com as investigações sobre o projeto LEDA, que, segundo Cosima, pode ser resultado de uma operação militar com nome baseado na mitologia grega. A teoria tem base na presença de um soldado na foto dos Duncan no laboratório, mas uma experiência desse porte pode ter também a influência de outros órgãos governamentais e grandes corporações.

Por tabela, Sarah descobre também um pouco sobre o passado de Rachel, filha adotiva dos cientistas por trás do projeto LEDA. As deduções de Cosima e Felix sobre uma suposta criação rígida para que ela se tornasse uma mulher fria e poderosa não são compatíveis com os vídeos em que ela aparece recebendo carinho dos pais. Algum acontecimento transformou Rachel na pessoa que ela é, e a morte – provavelmente criminosa – dos seus pais pode ter muita influência nisso. Abre-se, inclusive, a possibilidade de Rachel estar à frente da Dyad buscando um meio de vingar seus entes queridos ou destruir o sistema que a criou.

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E quem sabe muito sobre tudo isso é a Sra. S, que agora corre contra o tempo para impedir que Sarah avance em suas investigações. Interessante notar como ela e a filha adotiva têm pontos em comum: são obstinadas, sempre acabam conseguindo o que querem e… dominam muito bem a arte da boa pegada! Siobhan usou uma paixão do passado para obter as informações que precisava – e de quebra tivemos uma revelação sobre a origem do título da série – mas é apenas uma questão de tempo até que ela precise enfrentar os questionamentos de Sarah.

Enquanto isso, na fazenda dos Proletheans, chegou a ser engraçada a inocência de Grace achando que poderia acabar com Helena usando um travesseirinho. Moça, esta é a mulher que tomou um tiro no peito e foi tranquilamente até o hospital cuidar do machucado! Talvez com o mata leão que tomou a ruiva fique mais esperta. Aliás, quem está precisando ficar muito mais esperto é Art, afinal, ele é um detetive, tinha uma teleobjetiva nas mãos e além de ficar dando bobeira espionando a propriedade alheia em um campo aberto (?!?!), só conseguiu enxergar uma loira descabelada correndo na sua direção vestida de noiva quando esta estava a dois palmos do seu nariz.

Helena não apenas conseguiu escapar da sua nova e bizarra família, ela foi  atrás de sua sestra e impediu em grande estilo que Sarah se tornasse o primeiro membro sem orelha do Clone Club. O que nos leva à incrível cena do apartamento de Rachel, minha sequência favorita de toda a série até agora. Sarah imitando o sotaque de Rachel ao telefone fez lembrar da sua maravilhosa interpretação de Katja na primeira temporada.

A cena desenvolveu uma crescente tensão desde a tentativa de Sarah se esquivar de Daniel, passando pela descoberta de que ele é o monitor de Rachel, pelo prenúncio de uma sessão de tortura e pelo suspense no momento em que ele cai, agonizando, e Helena se revela, com toda a sua loucura, um vestido de noiva sujo de sangue e uma faca na mão. O desespero de Sarah é tão bem interpretado naquele momento que parece quase palpável. Apesar de tudo, Helena ainda ama sua sestra, precisa de sua ajuda e quer mais do que tudo fazer parte de uma família com ela. É sempre fascinante perceber como uma assassina fria e bem treinada como Helena consegue ainda manter uma inocência quase infantil em seus gestos e ações.

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Governed as it were by Change teve muitos momentos marcantes – o plot de Alisson Winehouse na rehab foi a coisa menos interessante da semana. Se relevarmos alguns pontos (como o esquema de segurança de um prédio de luxo que deixa pessoas ensanguentadas e não autorizadas entrarem nos quartos, ou os recortes de jornal de Siobhan dando sopa para Sarah em casa) ele fica ainda melhor. E afinal, alguém mais está morrendo de ansiedade pela mini-Heleninha que vem por aí?


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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