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Painel de Brave New Warriors na Comic-Con 2015

Por: em 11 de julho de 2015

Painel de Brave New Warriors na Comic-Con 2015

Por: em

A Entertainment Weekly organizou um painel, digamos, curioso durante a Comic-Con. Os atores Michael Cudlitz (The Walking Dead), Zachary Levi (Heroes Reborn), Sam Heughan (Outlander), Jordan Gavaris (Orphan Black), Kevin Durand (The Strain) e Rob Kazinsky (The Frankenstein Code), se reuniram para discutir o papel dos homens na TV, comentando sobre seus personagens, suas memórias dos sets de filmagens, chegando até falar sobre a infância. Intitulado de Brave New Warriors, o momento foi usado para debater como eles se tornaram os personagens fortes pelos quais ficaram conhecidos e a questão do sexismo no entretenimento.

Assim que os rapazes entram no palco, o primeiro assunto foi comentar que o momento mais bad-ass de cada um na última temporada envolveu algum tipo de assassinato. Cudlitz citou como exemplo a cena de Abraham no canteiro de obras, onde ele enfrentou um ataque de zumbis quase que sozinho em The Walking Dead, já que os habitantes de Alexandria ficaram com medo. Kevin Durand revelou que admira a forma com que seu personagem mata sem armas os estranhos vampiros em The Strain e, para finalizar, Heughan adiantou que haverá uma batalha ainda não filmada em Outlander, que dará para ele o prêmio de cara mais durão. “Provavelmente é maior batalha da Escócia na época” completou.

Sobre o que está por vir, Levi revelou sobre seu personagem em Heroes Reborn: “Ele já matou algumas pessoas que podem ou não ter merecido o seu destino.”. Kazinsky, que dará vida ao um Orc Orgrim no file Warcraft, comentou que ele vai ter um arsenal pesado de armas em sua disposição. “Eu tenho que usar esse místico, misterioso e muito famoso martelo chamado DoomHammer. É um martelo que cria desgraça” ele brincou. “Eu definitivamente vou matar algumas pessoas com essa coisa”

DoomHammer

O ator mais novo no painel, o ator Jordan Gavaris – com 25 anos – foi uma exceção ao quesito assassinatos cometidos. “Eu reformei uma pessoa” ele riu. Gavaris dividiu com a audiência que ele era, o que se pode considerar, perdedor quando mais jovem, mas também arranjava muitos problemas. Como ele mesmo definiu “Arranjei muita confusão pensando como heróis. Pessoas que usavam sua inteligência para tentar enganar o inimigo.” , fazendo piada sobre a discussão “Isso parece uma discussão adolescente. Que você matou?”

A sensibilidade também foi um dos temas do painel, quando seguindo a temática de Gavaris, os outros lembraram das suas respectivas infâncias como crianças bobinhas. Kazinsky confessou que chorou muito assistindo A Espera de Um Milagre e Rei Leão, quando Gavaris interrompeu dizendo “Acho que isso faz parte de ser um guerreiro: empatia”. Cudlitz contou que cantava como soprano – e não tenor – no coral do colégio; Durand deu vida ao Pinocchio e Aladdin em uma peça em toronto e Heughan, depois de brincar de um jogo escocês chamado ‘Beijo, abraço ou tortura” com uma admiradora na infância, nunca mais foi perseguido por ninguém na época depois de um acidente romântico. Não foi surpresa para ninguém o fato de Zachary Levi ter passado a sua infância mergulha em videogames e na contracultura: “Eu queria ser o Gambit, enquanto todos os meus amigos queriam ser o Wolverine”

Os projetos embaraçosos em que eles já participaram, também foram trazidos à baila, mas nenhum superou as experiências de Michael Cudlitz em suas pesquisas para viver um ator pornô gay no filme Live Virgin e Levi se desculpou pela sua participação no vergonhoso Wieners, de 2008. Tão constrangedor que ele a coisa que ele mais se lembra foi o horror de depilar o seu corpo inteiro  (você pode conferir o resultado aqui), nesse momento Kazinsky levantou seu celular para mostrar uma foto para a platéia exatamente como Levi ficou.  Kazinsky aproveitou o momento para se desculpar do sotaque australiano puxado que ele apresentou Pacific Rim. “Eu juro por Deus, eu sei fazer sotaque australiano. Eu só não o fiz naquele filme.”

New Warriors

O painel ficou mais sério quando abordou a polêmica do sexismo em Hollywood. A Moderadora Lynette Rice perguntou aos rapazes se eles já experimentaram o sexismo em seus ambientes de trabalho. Nesse momento, Kazinsky dividiu que tiraram vantagem dele quando ele estava começando a carreira. “Aconteceu durante muito tempo e foi um completo assédio. Eu entendo o medo que as pessoas possuem de levantar esses assuntos e trazer a tona algo como isso pois, especialmente pelo fato de ser homem, você sente que deveria ser capaz de lidar com uma situação como essa, mas quando você é um jovem nessa industria, muitas vezes você não pode. É aterrorizante ver como isso acontece tão facilmente…E homens não são os únicos que comentem esse crime. É o poder que é o autor desse crime e aqueles que possuem sonhos são explorados por pessoas que poderiam garanti-los, e isso é amedrontador “

Esse relato tão emocional foi reiterado por Durand, que dividiu a sua própria experiência. Heughan contou que seu colega de elenco, Graham McTavish, que flagrou um fã olhando debaixo de sua kilt. Gavaris foi o destaque do painel, ao defender o fim da ‘Mitologia dos homens’. “Se você fizer uma lista de todas qualidades que os homens e as mulheres têm, ninguém estaria em completa conformidade com nenhum dos lados. Mas há um pressão de ser de uma certa maneira, de ter uma certa aparência, agir de um determinado jeito e isso é muito tolo”, discursou o ator de Orphan Black, arrancando aplausos da platéia. “Não são somente os homens. Gênero não binário. Não é sobre ser um homem cisgênero, é sobre ser completo, multi-facetado e um homem multidimensional. Eu quero explorar mais disso, não somente os outros.”

NW

Cada ‘guerreiro’ dividiu seu papel dos sonhos depois de uma pergunta do público. Para Kazinsky seria Barry ou Wally West. Heughan queria estar em Aliens ou The Walking Dead e Gavaris optaria por ser uma estrela da música country, e estaria feliz em dar vida à qualquer um deles, exceto Kenny Chesney, ele disse. Gavaris disse que uma das críticas que ele receber de uma fã de Orphan Black foi “ela não acreditava realmente que ele sabia algo sobre arte.”, ele respondeu dizendo que pretende mudar o pensamento dela sobre seu personagem Feliz na 4ª temporada.

Outro momento emocional aconteceu quando Cudlitz e Levi dividiram suas histórias de fãs que disseram que a série mudou as suas vidas. “É muito importante para a gente se conectar com os fãs e os escutar, pois esse é um feedback que a gente precisa ter.” disse Levi. “Quando eu estava fazendo Chuck, alguém me contou que quando o seu pai faleceu um ano antes, ele ficou um ano ser ver a sua mãe sorrir. Então eles começaram a assistir Chuck e a ver a mãe deles sorrir novamente. Isso que nos da, como pessoas que trabalham com entretenimento, um propósito. Esses momentos são muito doces.”

NBW

Fique ligado: se houver novas informações do painel, este post será atualizado!

A cobertura da Comic-Con no Apaixonados não para. Fique ligado na programação completa, tudo que já rolou de painel e não perca nenhuma das novidades que estão saindo por aqui!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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