Em um dos painéis mais vazios do primeiro dia de evento aconteceu o bate-papo com o elenco e produção da novata Dark Matter, série com premissa pouco criativa, como já falamos nas nossas primeiras impressões.
Lá presentes estavam Melissa O’Neil (Two), Anthony Lemke (Three), Roger Cross (Six) e Jodelle Ferland (Five), além do produtor executivo, Jay Firestone, e do criador da série, Joseph Mallozi. E, apesar de poucos presentes, os que lá estavam pareciam muito ansiosos para conversar sobre a nova empreitada espacial do SyFy.
Para quem ainda não conhece, a série conta a história de uma tripulação que acorda no meio de uma missão e não lembra de absolutamente nada – tanto de suas personalidades, quanto do que estava fazendo ali -, o que gera um caos imediato. Ao chegarem no destino de onde estavam sendo levados, uma colônia de mineração, a equipe tenta se ajudar para descobrir o que foram fazer ali, ao mesmo tempo que precisam sobreviver a toda a adversidade que estão passando.
Tendo exibido até o seu quarto episódio, já a caminho do cinco (que vai ao ar no dia de hoje, 10 de julho), as conversas abordaram alguns momentos importantes dessa primeira temporada, os rumos de cada personagem e mais alguns outros problemas que estão por vir. O assunto começa nos fatos da última semana, onde todos apontam o episódio 4 como um dos que mais teve ação até aqui – e eles retomaram alguns dos fatos: One e Three ficaram frente a frente com uma cópia de One que clama ser a verdadeiro (WTF??); Two e Five, que buscavam pela estabilidade financeira da equipe, acabaram tornando perigosos para todos (no sentido mortal da coisa); e Six, que já estava machucado, tem uma experiência nada agradável na enfermaria.
E você achou que isso foi pouco? Pois o elenco afirmou que é só o começo. “Temos uma história muito grande a contar. Maior que tudo isso que já mostramos até agora”, comentou Mallozi, produtor executivo da série – bom, maior desgraça que essa, só se tivermos um ataque zumbi espacial. Brincadeiras a parte, o elenco deixou um pouco de lado os acontecimentos recentes e abordou algumas das tramas que estão por vir.
Os atores então são questionados sobre a experiência de estarem interpretando personagens que não lembram absolutamente nada sobre suas personalidades e estão descobrindo isso ao longo do tempo. Lemke começa a responder brincando: “É como acordar de ressaca depois da melhor festa da sua faculdade”, o que ninguém pode deixar de concordar. O’Neil, mais seriamente, comenta que uma das coisas que ajudaram bastante foi o fato deles já receberem os primeiros seis scripts logo de cara, facilitando que pudessem ganhar alguma profundidade com os personagens. A atriz também aponta que as atitudes de cada um deles ao longo das coisas que vão acontecendo determina muito do que eles são.
Lemke então comenta que “Isso nos dá uma liberdade muito grande para fazermos dos personagens o que quisermos, é um trabalho incrível como ator”. Eles ainda falam um pouco sobre como essa relação de desconhecimento se identifica com o sentimento do público em relação aos personagens e que as pistas sobre quem gosta de quem estão acontecendo a todo momento – basta captar. Depois O’Neil comenta um pouco sobre a relação conturbada entre Two e Five depois de tudo que aconteceu entre as personagens. “Elas terão de re-estabelecer essa relação de confiança, o que é muito difícil quando você não lembra do que aconteceu antes de tudo aquilo”, declarou a atriz.
Chega a vez de Lemke defender seu personagem das acusações de que seria extremamente egoísta. Os outros atores do elenco parecem não ter dúvida quanto a isso, mas ele tenta mesmo assim: “Existem cortes de cena e vocês (colegas de elenco) sabem disso, algumas cenas podem induzir a isso porque não mostram o diálogo por completo”, disse o ator, completamente negado pelos outros. “Tudo bem, pensem o que quiser, eu sei que ele não é isso que vocês estão falando!!”, finalizou Lemke, levando alguns as risadas. O foco muda então para a amizade entre Five e Six.
Ferland acha que se estabeleceu uma relação de cuidado entre aquelas duas pessoas, devido a situação que eles estavam, e que isso pode ser bem forte. Cross aponta esse como um dos grandes elos que seu personagem tem e que gosta muito de saber que ainda existe algum sentimento genuíno dentro de si – e que, talvez, essa seja uma relação que não vem de agora. Sobre a trama dos clones que parece começar a ser desenhada, os atores desconversaram e disseram não saber muito para onde tudo isso poderia caminhar, mas que estavam animados mesmo assim com os rumos que a série estava traçando em seu roteiro (até onde sabiam).
Quando o assunto é o passado dos personagens, eles comentam que logo iremos conhecer o que aconteceu, mas um de cada vez. “É como se cada um de nós tivesse um episódio especial para contar o que nos formou, o que éramos”, disse Lemke. Todos pareceram bastante ansiosos para esse momento de contraposição entre a atual personalidade e ao que um dia já foram. Eles ressaltaram também que o episódio 6 trará o passado de alguém, mas não contaram de quem. Dado isto, o painel foi encerrado com aplausos calorosos da plateia.
Confira aqui fotos do evento:
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