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Por que gostamos tanto de reality shows de culinária?

Por: em 17 de junho de 2015

Por que gostamos tanto de reality shows de culinária?

Por: em

Está na moda. Pelo menos algumas vezes por semana seus amigos no twitter (já segue a gente?) irão comentar algum programa de culinária; se você segue um chef, por exemplo o Carlos Bertolazzi, verá ele comentar o show no dia de exibição e durante a semana interagindo (e muito! – que beleza é viver na época de redes sociais) com os fãs.

Mas porque gostamos tanto destes programas? Não é que tenhamos alguma aspiração a nos tornar chefs.

O formato faz sucesso, veja o número crescente de shows, nos Estados Unidos e no brasil. Temos Top Chef, Masterchef, The Taste, Hells KitchenMasterchef tem toda uma franquia, com versões adultas e infantis, em várias partes do mundo. Top Chef também. Muitos programas são inventados a cada dia para passar na TV aberta ou na tv por assinatura (cadê um programa desse na Netflix?). E no Brasil temos a versão nacional do Masterchef, Cozinha sob Pressão no formato do Hell’s Kitchen; programas que estão fazendo muito sucesso.

cozinha-sob-pressao

Estes programas diferem dos que ensinam a cozinhar. Não é só uma pessoa cozinhando e falando o que você deveria fazer, mas um tanto de gente competindo pela aprovação de juízes (sempre chefs famosos) e nem sempre é mostrado como realmente o prato chegou a ficar daquele jeito. Não é a ideia. Nem sempre são profissionais competindo, as vezes são apenas leigos tentando fazer alguma coisa.

Um reality show de culinária apela a algo que todos no mundo fazem: comer. Todo mundo sabe como essa experiência é diferente de cantar, dançar ou sobreviver na selva. Comer é algo que todos fazemos para sobreviver, mesmo que… não saibamos cozinhar.

Mas torcemos por alguém totalmente no escuro, não sabemos nada da sua habilidade de cozinhar, e aqui reside a grande diferença entre estes e os outros Realitys de competição, como American Idol. Temos que confiar e nos identificar muito com os juízes, na capacidade deles descreverem o que sentiram ao comer. A única chance que temos de imaginar essa habilidade é com o chef dizendo se está doce, salgado, se tem boa textura, se está sem graça, precisa de mais ou menos limão.

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Os juízes ainda tem um papel importante em deixar tudo um pouco mais complicado: contar o que acontece na cozinha, ou como no Cozinha sob Pressão, coordenar os pedidos, avaliar os participantes e fazer jus ao nome do programa: colocar pressão na cozinha.

É uma mágica o processo de escolha de um vencedor. Não tem como o espectador fazer nenhuma inferência sobre a comida, só sobre o chef e os competidores. É uma magica a descrição e ambiente ao redor. O sucesso vem da manipulação destes itens, além de apresentar alguns desafios bem esdrúxulos que de forma alguma nós imaginaríamos fazer ou mesmo comer!

E quem assiste a um episódio desses e não vai direto para cozinha depois?


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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