Hoje acaba a nossa amada Parenthood e não poderíamos deixar este dia passar em branco. Por seis anos pudemos dividir momentos de alegrias, tristezas, frustrações, tensões, medos, alívios, confrontos, reconciliações, amor… e mais do que isso: pudemos nos ver ali, no lugar de cada personagem, em pelo menos uma situação. E é isso que faz de Parenthood tão especial: essa conexão com a nossa realidade. Tão próxima, tão real, tão complicada. E tão simples. Como a vida deve ser.
Pensando nisso, a equipe do Apaixonados por Séries decidiu dividir com vocês porque a série é tão importante para cada um e qual momento foi mais marcante durante suas inesquecíveis temporadas.
Por Julia
Eu não sei exatamente quando comecei a me apaixonar por Parenthood. Talvez o lado cômico tenha me conquistado primeiro, já que comecei a ver pois era fã da Lauren Graham (antiga Gilmore Girl). Com o tempo fui percebendo como as situações mostradas em tela eram tão palpáveis em qualquer realidade familiar. E como isso pode nos ensinar a ter mais compaixão e paciência. E principalmente: entender que sim, errar é humano e completamente normal! Perdoar também – e essa é a parte mais difícil para mim, e a série me deu um tapa na cara e disse: ei, tá vendo como não é tão ruim assim?! São tantos momentos marcantes que não consigo pensar somente em um. Admiro a força da Julia e como ela encarou o processo de adoção do seu segundo filho. Mas preciso destacar Max com sua síndrome de Asperger e o momento em que ele dá o seu discurso quando ganha o cargo de Presidente do Conselho Estudantil na escola. Ali, ele reconhece o seu autismo como sua maior força – e ela é! E não deveria ser subestimada por ninguém, somos todos iguais – com diferenças de todos os tipos. Eu já lidei com muitas perdas no mundo das séries, mas essa com certeza está sendo a mais difícil.
Por Marina
É difícil para mim escolher um momento e explicar porque ele fez com que Parenthood fosse uma série tão especial. Gosto de Parenthood como um todo. A série me ensinou a lidar melhor com minha própria família, com meus pais e até com meus amigos. Aquelas pequenas e grandes crises que nossos Bravermans passavam tinham uma proximidade tão grande com os nossos problemas que fazia com que a gente pudesse se sentir um pouco parte daquela família. Foi possível amar todos, odiar todos, chorar por todos e se emocionar por todos. Se eu pudesse escolher um momento inesquecível da série, talvez eu escolheria quando Max surta pela primeira vez e some na cidade, deixando sua irmã mais velha Haddie completamente desesperada, ao ponto de finalmente falar tudo o que ela pensava da doença do irmão. Esta cena é tão verossímil e tão fiel a realidade de conviver com alguém que é um pouco diferente de nós, que foi possível perdoar Haddie imediatamente após a agressão verbal. Este sentimento de ódio e compreensão somente Parenthood conseguia nos passar com tamanha delicadeza. Os Braverman vão fazer muita falta na rotina semanal de muita gente, especialmente na minha.
Por Leandro
Como esse especial pode mostrar, Parenthood estimulou uma espécie de reação em cadeia dentro do blog. Uma pessoa viu, depois duas estavam vendo, até que passou a ser uma das queridinhas de todos e sabe o porquê? Porque é impossível não se identificar com tudo que a série mostra, com os seus personagens mais do que críveis, reais. Apesar do meu personagem favorito ser o Joel (sim, quanto sofrimento na minha vida nos últimos tempos), o momento que aponto hoje como um dos mais emocionantes é o discurso de Adam no casamento do Crosby, lá na season finale da terceira temporada, quando a relação dos irmãos foi colocada em cheque e, mais uma vez, tivemos a demonstração de quando os laços familiares são a base fundamental para a felicidade de qualquer pessoa e como faz bem alimentar relações tão próximas com os seus. São nessas pequenas doses de realidade que me despeço dessa série que marcou muito, com certeza.
Por Bianca
Parenthood tem vários momentos emocionantes, mas no geral de séries e filmes, sempre os que têm só as mulheres são os que mais me tocam. Como estamos acostumados a ver nessas artes uma sala lotada de homens e só uma ou duas mulheres (e achar isso normal), quando vejo uma cena somente com mulheres é quando eu presto mais atenção a tudo. É nesses momentos que a gente percebe bem a sensibilidade (ou não) do grupo de roteiristas e sua qualidade. Um desses momentos aconteceu nesta reta final de Parenthood, quando estão todos no hospital e as mulheres organizam um chá de bebê para a Amber. E não só isso; afinal, se fosse um simples chá de bebê não teria toda a carga emocional que só esta série consegue nos mostrar sem ser cafona. Elas também organizaram um lindo livro com dicas, palavras acolhedoras e elogios para a próxima mãe do grupo. É maravilhoso quando uma série coloca tantas mulheres maravilhosas em uma cena e não as coloca brigando por algum motivo besta, mas como amigas e fortalecendo laços.
Esse tipo de demonstração de amor é uma das coisas que torna Parenthood tão especial. Eles são uma família no conceito mais simples da palavra: podem brigar, xingar, mas quando eles precisam, estarão sempre prontos a passar por cima de qualquer desentendimento para estarem por perto e prontos a acolherem e a aconselharem sem julgamentos. Eles se entendem e se aceitam no meio do furacão que é um jantar na casa dos Braverman.
Por Janaina
Parenthood foi uma série que me emocionou muito pelo conjunto da obra, muitos e muitos momentos que tive que segurar as lágrimas e muitos outros que simplesmente deixei ela cair. Se você escolher uma personagem para ilustrar todo o conjunto de emoções e sensações que experimentei durante a série, seria com certeza da Julia! De advogada competente e mãe dedicada a desempregada e frustrada. Depois voltou ao mercado de trabalho, mas estava prestes a se divorciar. Júlia experimentou todo tipo de alegria e tristeza! O episódio em que Joel sai de casa é de fato tocante e me arrancou muitas lágrimas! Parenthood está indo e já está deixando muita saudade! O jeito é já programar uma maratona para este ano ainda!
Por Alexandre
Comecei a ver Parenthood no hiatus entre a 3ª e a 4ª temporada, por recomendação excessiva dos meus amigos de blog, Cristal e Guilherme. Assim que devorei as 3 termporadas, comecei a indicar pra todos. Não sei explicar exatamente o que existe em Parenthood que a difere de suas companheiras de gênero. Talvez seja a simplicidade e a naturalidade com que o roteiro e as atuações tratam tudo que acontece. É como se os personagens não fossem personagens. Fossem nossos amigos. Você não assiste Parenthood. Você vive Parenthood. Talvez seja essa a diferença. E uma pequena prova disso acontece na destruídora 4ª temporada, nos minutos finais do 5º episódio. O núcleo de Adam sempre trouxe as melhores histórias e, claro, Haddie era parte essencial disso. Ver a garota voltando da faculdade e encarando a mãe, diagnosticada com câncer, com lágrimas nos olhos e um coração partido, foi dos momentos mais emocionantes que a série nos entregou. O abraço desesperado de mãe e filha, seguido de Kristina avisando a todos que tem algo para contar, é dos momentos que fazem Parenthood ser tão gigante.
E vocês, leitores? Já prepararam as caixas de lencinhos para assistirem à final?
Contem para nós quando vocês mais se emocionaram assistindo Parenthood nos comentários =)