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GCB

Por: em 6 de março de 2012

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A nova série da ABC, baseada no livro Good Christian Bitches, de Kim Gatlin, prometia ser a nova Desperate Housewives, série da mesma emissora que está em sua reta final, talvez por as expectativas estarem tão altas, o piloto não fluiu da forma que deveria.

Na trama somos apresentados à Amanda Vaughn (Leslie Bibb), uma mulher que se vê obrigada a se mudar para sua cidade natal, Dallas, após a morte de seu marido, um golpista que estava fugindo com a amante e acabou sofrendo um acidente.

Com a auto-estima destruída e sem um tostão no bolso ela volta para a casa da mãe, Gigi Stopper (Annie Potts). Só que no colegial, Amanda não era uma pessoa muito agradável de se conviver, uma verdadeira bitch, que tornava a vida das demais um inferno. Mesmo com sua personalidade mudada, as antigas vítimas não estão convencidas de que ela realmente mudou. Carlene (Kristen ChenowethPushing Daisies), Sharon (Jennifer Aspen), Heather (Marisol Nichols) e  Cricket (Miriam Shor), sua antigas colegas, estão decididas a não deixar a situação se repetir, e agora que elas estão bem de vida, farão de tudo para desmoralizar ainda mais Amanda.

Só que nossa protagonista não pretende deixar barato, e já andou descobrindo os segredos que as donas de casa elas e seus maridos escondem. Por sinal, Amanda parece chamar a atenção como se ainda estivessem na escola, já que os holofotes estão sempre voltados para ela.

A série também explora a dubiedade de seus personagens: se por um lado todas são cristãs devotadas, que frequentam a assiduamente a igreja, por outro, elas se deixam levar pela libertinagem. E isso rende momentos muito bons, principalmente quando a celebração se torna palco para as indiretas ou quando Carlene usa passagens da Bíblia para fazer com que as demais entendam seus recados.

Diferentemente de Desperate Housewives, que consegue construir dramas densos, com pitadas de humor-negro únicas, a nova produção é completamente voltada para o lado cômico.

O piloto se desenvolve de maneira enérgica, com muitos acontecimentos, o problema é que falta simpatia. São tantos os personagens introduzidos que, às vezes, ficamos sem entender quem é quem (óbvio que é um problema que deve ser facilmente corrigido), as tramas também não conseguem chamar muita atenção. Num primeiro momento os plots parecem até interessantes, mas rapidamente se tornam cansativos.

A protagonista, Amanda, é fraca, não consegue transmitir emoção, e prejudica o elenco como um todo. O destaque se deve à Gigi, que tem seus momentos de brilho. Apesar de alguns deslizes, como, por exemplo, ela lamentar a morte do marido, mas em nenhum momento ela ou os filhos se demonstrarem abalados, o roteiro foi bastante consistente.

GCB ainda tem muito para crescer, e sem dúvidas se tornar um grande sucesso. Com a exibição do próximo episódio teremos mais noção de como a trama vai se desenrolar.

A série é produzida por Darren Starr (Sex and the City) e roteirizada por Robert Harling. A audiência da estreia foi modesta, 2.2 na demográfica e 7.56 milhões de espectadores totais.

E vocês, o que acharam do piloto? Acham que GCB  tem calibre para substituir Desperate Housewives?

 

*O titulo da série seria o mesmo que o do livro, Good Christian Bitches, mas por poder soar ofensivo, foi posteriormente alterado para Good Christian Belles, ao final a emissora optou por utilizar apenas a sigla: GCB.


Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

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