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Hawthorne

Por: em 25 de junho de 2009

Hawthorne

Por: em

Junho foi o mês das séries médicas. Conferimos e deixamos as nossas primeiras impressões de Mental, Royal Pains e Nurse Jackie. Chegou a vez de Hawthorne. E melhor seria se sua vez nunca tivesse chegado.

O que dizer de uma série em que apenas um personagem é interessante? Se pelo menos fosse a protagonista… Mas não, o principal nome de Howthorne, Jada Pinkett Smith, só não é mais dispensável do que a personagem que interpreta, Christina Hawthorne.

Christina é chefe das enfermeiras, viúva, tem uma filha, uma sogra que ela não gosta, e ainda tem que aturar os médicos, esses seres incompetentes incapazes de prescrever um medicamento corretamente. Bom, pelo menos foi assim que eles foram tratados.

Bastaram cinco minutos de série, e um número maior de clicês, para perceber que o prognóstico não era nada bom para Hawthorne. Mas que tipo de clichês? Vamos aos mais vergonhosos.

“-Eu conheço esse paciente, ele não quer ser ressucitado.
– Mostre a declaração ou vou salvar a vida dele.””Vocês não podem fazer isso, sou uma enfermeira!”

“- Porque estamos salvando um paciente que tentou suicídio?
– Não importa porque ele está aqui. Ele está aqui, é o bastante.”

Depois dessas pérolas, achei melhor parar de anotar. E ao ouvir, aos 15 minutos, um dos personagens dizer “vocês duas contra o sistema”, a vontade de largar o episódio foi imensa, e só contida pelo meu compromisso de escrever essas primeiras impressões.

Mas e se as histórias forem boas? Foram várias as “tentativas de trama” criadas no episódio. Uma moradora de rua que trás um bebê pro Hospital, a filha adolescente de Christina e suas rebeldias na escola, a enfermeira novata triste com o seu dia ruim na emergência… Mas desde quando se define um ‘dia ruim’ por não entender o que um médico asiático diz? Ou por um pombo fazendo cocô no em seu ombro?

E se dois pedaços de enredo parecem ter chance, como a enfermeira que tem uma perna mecânica e que por isso tem medo de namorar, ou o enfermeiro que questiona a presrição de um médico a um paciente; eles são logo mal utilizados e descartados.

Até as atuações de Hawthorne são vergonhosas, é um festival de sobrancelhas se mexendo! Demonstrar surpresa? Levanta as sombrancelhas! Demonstrar tristeza? Abaixa as sobrancelhas!

No final do episódio,com a certeza de que 42 minutos da minha vida não voltam mais, só me resta a satisfação de tentar previnir as pessoas, poupá-las de gastarem também seu tempo com essa bobagem.

Quer um drama médico focado na vida das enfermeiras? Assista Nurse Jackie. Se não, aguarde pela estréia de Mercy em janeiro de 2010, porquê Howthorne não vale um minuto sequer da sua atenção.

E alguém avisa a enfermeira Hawthorne que soltar balão é crime.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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