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Saving Hope

Por: em 10 de junho de 2012

Saving Hope

Por: em

 

 

No dia 7 de junho estreou nos Estados Unidos uma das novas apostas da NBC para a summer season: Saving Hope. A produção canadense da CTV tem como foco o Hospital Hope Zion e um trio de médicos como protagonistas: Dr. Alex Reid (Erica Durance, a Lois Lane de Smallville), Dr. Joel Goran (Daniel Gillies, o Elijah de The Vampire Diaries) e Dr. Charlie Harris (Michael Shanks, de Stargate SG-1).

Séries médicas não são novidade na TV americana, então é necessário que cada uma possua uma abordagem diferente do assunto para que não tenhamos a sensação de estarmos assistindo a mais do mesmo. Afinal, acredito que ninguém possa discordar que assistir a House, Grey’s Anatomy ou E.R. são experiências bem diferentes. Em Saving Hope, o diferencial é que um dos personagens principais, que faz o papel do narrador da série, está no meio de uma experiência extracorpórea. Se você já assistiu ao filme E se fosse verdade, sabe do que estou falando. Se não sabe, vai entender mais à frente.

Charlie e Alex são cirurgiões do Hospital Hope Zion que vão se casar. Começamos o episódio acompanhando ambos no táxi a caminho do seu casamento quando um acidente acontece. Um carro bate no táxi que estavam. Alex não sofre ferimentos, diferente de Charlie que, momentos após o acidente, perde a consciência e entra em coma. A partir deste ponto, passamos a observar junto com Charlie como é feito o seu tratamento e a vida dos demais médicos e pacientes do hospital.

E aí entra o problema: o que era para ser o diferencial da série, não cumpre o seu papel adequadamente. Assim, não tive como evitar o sentimento de que já tinha visto aquilo antes. A narração em off se assemelha muito à de Meredith Grey, ou seja, em nada agregou o fato do narrador ser uma pessoa em coma. Até as histórias dos pacientes me lembraram Grey’s Anatomy, com a diferença de que, na série veterana, eu normalmente me envolvo nas histórias e me emociono.

Não sei se foi porque vimos três pacientes diferentes, mas não consegui embarcar na história de nenhum deles. E, aparentemente, nem os seus respectivos médicos. Um dos médicos perde um paciente do nada ou, ouso dizer, por negligência, porque morrer de embolia pulmonar quando já se está internado e sob monitoração dentro de um hospital é puxado. Outro médico diz que vai realizar um procedimento cirúrgico e… surpresa! Quando o paciente acorda descobre que o médico mudou de idéia durante a cirurgia. Afinal, avisar para quê, não é verdade? Tudo bem que o paciente tinha problemas psicológicos e não estava apto a tomar decisões sozinho. Mas que tal dar aconselhamento psicológico para ele e então realizar o procedimento?

Também não gostei de Erica Durance como protagonista. Achei sua atuação um pouco forçada e ela não conseguiu me passar a dor de ter o seu noivo envolvido em um acidente tão grave no dia do seu casamento. Já Daniel Gillies, a razão de eu ter me interessando na série (amo o Elijah do fundo do meu coração), segurou bem o seu personagem. Só espero que seja mostrado mais à frente o porquê de seu personagem ser considerado o bad boy da série. Pelo que foi mostrado até agora, ele me pareceu muito mais centrado e preocupado com seus pacientes do que Charlie, o cirurgião-chefe do hospital e bom samaritano da vez (há uma pequena chance de que o meu já declarado amor pelo ator Daniel Gillies esteja influenciando meu julgamento).

Mas nem tudo é perdido. A estética da série é interessante, principalmente no que diz respeito à luz. Em todas as cenas as fontes de luz ficam saturadas, dando uma atmosfera de sonho e irrealidade interessante se considerarmos a premissa da série (a segunda foto do post ilustra bem isso, prestem atenção nas luzes dela). Também tenho esperança de Erica ficar mais confortável no papel da protagonista. Além disso, um dos pacientes apresentados no piloto estará presente no próximo episódio (o pai do bebê, interpretado por Erik Knudsen de Continuum), o que nos tranquiliza pelo fato da sua história não ser tão avulsa quanto pareceu.

Então, se você é órfão de Smallville, adora The Vampire Diaries, ou é fã de séries médicas, vale arriscar mais alguns episódios para ver se a série realmente mostra a que veio. Já se você não fizer parte de nenhum dos grupos citados anteriormente, aconselho preencher seu tempo de outra forma.

Alguém mais assistiu à estreia de Saving Hope? O que vocês acharam? Essa prática do médico subir em cima do paciente para realizar o atendimento é comum em outras séries ou vocês estranharam tanto quanto eu? (estranhei isso demais! e olha que acontece três vezes só nesse episódio).

Para quem ainda está com receio e quer ver para onde a trama vai antes de acompanhar, a boa notícia é que teremos reviews semanais de Saving Hope aqui no Apaixonados por séries.


Maura

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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