Se havia alguma dúvida ela não existe mais, Reign conseguiu dar a volta por cima e está sambando na cara da sociedade. The Prince of the Blood devolveu toda minha fé na trama e me deixou eletrizada do início ao fim. Faz algumas horas que terminei de saborear esses quarenta minutos maravilhosos, mas aquela sensação indescritível de assistir a um episódio bem construído, inteligente e cheio de reviravoltas ainda permanece. Mas vamos voltar ao início.
Tudo começou com a chegada da princesa Claude à corte Francesa e não foi difícil entender que de santa a moça não tem nada. Percebemos também que há um conflito entre ela e a mãe e que Catherine a quer bem longe dali. Pela cena com as garotinhas fantasmas – que são na verdade filhas da Catherine que morreram durante a infância – parece que a rainha quer proteger a filha de algum perigo ainda incerto. Além disso, descobrimos que a princesa é uma grande pecadora e que na sua lista se encontram proezas como dormir com um padre e com o próprio irmão, ou no caso, meio-irmão. É algo bem nojento, mas no passado a moça teria enganado Bash, o fazendo acreditar que ele não era filho de Henry e, portanto, eles não eram irmãos, o que os levou a cair em tentação.
Isso explica o claro descontentamento da garota em relação à Kenna e a distância que o bastardo parece querer manter entre eles. Admito que estava louca para que Bash ganhasse mais destaque, mas espero que não tentem criar um triângulo amoro incestuoso. É desnecessário e bizarro de incontáveis maneiras. Além disso, sou Kennash até a morte e a cada dia me apaixono mais pelo casal, suplico, então, para que não o destruam, principalmente agora que Frary vai de mal a pior.
De qualquer forma, desconfio que acabaremos descobrindo que Claude é fruto de alguma pulada de cerca da Catherine, o que explicaria a resistência da rainha em relação à ela, colocando fim a culpa que Bash sente. Bem ao estilo novela da Globo, mas é da CW que estamos falando, então essa é a saída mais provável.
Já que o assunto é meu bastardo favorito, além de ter as promiscuidades de seu passado reveladas, o moço foi o confidente a quem Francis finalmente revelou que matou o pai e estava sendo chantageado por Narcisse. Como era esperado Bash ficou ao lado do irmão e fez o possível para ajudá-lo, provando mais uma vez que é o personagem mais adorável dessa série. Ainda sobre essa trama tivemos Narcisse tentando forçar Francis a assinar uma lei que obrigaria todos os súditos a declararem publicamente suas religiões, o que exporia os protestantes e condenaria à morte aqueles que mentissem peranto o rei.
É claro que Mary não ficou nada satisfeita com isso e, uma vez que Francis continua distante e tomando as decisões sozinho, a rainha buscou ajuda em Lorde Condé. Com isso, acabamos descobrindo que o moço é um príncipe de sangue e que pertence a família Bourbon, uma antiga rival pelo trono. Essa informação deixou a sugestão de que não é possível confiar totalmente no nobre. Até o momento ele não nos deu motivo para desconfiança e parece verdadeiramente interessado em Mary, mas veremos até que ponto tudo isso é sincero.
No meio de toda essa situação Francis descobriu uma forma de incriminar Narcisse e até mesmo provocar sua morte, mas para isso precisaria da ajuda de Lola. O problema é que após uma conversa muito honesta com o Lorde a moça mudou de ideia. Não posso culpá-la. Narcisse é realmente um crápula ambicioso, que faria qualquer coisa para ter seus interesses atendidos, mas ele foi totalmente sincero com ela, enquanto Francis apenas a usou contando meias verdades. Ele tinha suas razões, mas ela também teve as dela.
O que nos leva a uma conjuntura na qual Francis continua nas mãos de Narcisse, que agora também tem informações capazes de incriminar Mary e Catherine. Tudo isso e a relutância do rei em revelar toda a verdade a sua rainha, afastou ainda mais o casal, terminando o episódio com um Francis sozinho após ter mandado a amada retornar a Escócia. Com essa cena se encerrou um excelente episódio que provou que Reign ainda possui muito potencial e capacidade de surpreender.
Observações:
— Aquele momento em que o episódio foi tão bom que não vou nem me incomodar com o fato de ainda haver fantasmas rondando a trama. Na verdade fiquei até curiosa.
— Greer e Castleroy foram atacados por católicos durante a lua de mel. Até me sensibilizaria, se me importasse com a Greer.
— O que foi aquela cara de “estou te seduzindo” do Condé o episódio inteiro?
— Babei pelos vestidos da Mary o episódio todo. É claro que isso é algo normal quando se trata de Reign, mas dessa vez os figurinistas se superaram.
— O que foi aquele beijo entre a Lola e o Narcisse? Melhor ainda só ela dizendo para que ele não se atravesse a beijá-la sem que ela permitisse. #ShipandoMuito