Nem tudo está perdido para Reign. Essa é a minha conclusão após assistir e esses dois episódios. Embora Fugitive tenha sido tão morno quanto metade dos outros, sua cena final conseguiu empolgar e me deixar com vontade de ver mais, o que há muito não sentia com a série. The Siege, por sua vez, foi de longe um dos melhores episódios da temporada. Repleto de emoções e reviravoltas, conseguiu empolgar e fazer com que voltasse a me importar minimamente com os personagens. Mas vamos por partes, até porque nem tudo são flores.
Sei que tenho reclamado muito de Reign e meu desgosto com a série é evidente, mas, apesar de ter vários pontos positivos para comentar, começarei mais uma vez com os problemas. Provavelmente, por força do hábito. A paixão súbita de Kenna pelo general Renaude foi algo completamente sem propósito. Aliás, toda a participação da Kenna nessa temporada foi sem propósito e irrelevante. Ainda não vejo razão para a terem separado de Bash, mas felizmente seu novo romance não durou muito, já que o ex-mercenário se tornou um traidor, ainda que contra a vontade e, ao que tudo indica, foi executado.
Bash também tem uma nova pretendente e tudo o que eu consigo pensar sobre a moça é que ela é muito mais creepy do que parecia. O que era aquela macumba que ela estava fazendo? E por que? Minha teoria é que o “monstro” que a Claude viu era na verdade Clarissa. Esse foi meu primeiro pensamento, afinal quem mais estaria tão familiarizado àqueles túneis? A pagã do Bash deve ter algo a ver com a não morte da garota e isso provavelmente causará a morte de Francis. Como podem ver não é uma teoria muito bem desenvolvida, mas acho provável, afinal sempre achei que toda essa trama se resolveu muito fácil.
Mas voltando para as coisas que me desagradam… O que diabos é aquele relacionamento entre Catherine e Narcisse? Já acho doentio a rainha se envolver com alguém que fez tão mal ao seu filho, mas a cada episódio as coisas se superam e mais uma vez temos uma paixão avassaladora e alucinada surgida do nada. Até gostei de ver a rainha mãe voltar a bancar a bitch, mas esse casal é outra coisa sem nenhum propósito para mim.
Falando sobre o ex-Lorde, ele teve momentos interessantes com Lola, indo da completa cretinice ao tão perto da meiguice quanto possível. De qualquer forma, os fãs do casal devem ter ficado satisfeitos com o beijo de despedida, que dessa vez não foi rechaçado pela Lady.
No quesito romances, tivemos também um aparente término definitivo entre Greer e Leith. A esse ponto não poderia me importar menos com o casal, mas eles caminhavam para retomar um pouco da minha simpatia. Ainda assim, gostei da decisão da garota de manter sua independência, isso para não mencionar que a atitude combina bastante com a personagem que nunca abriu mão de sua segurança em nome do amor. De qualquer forma, tenho gostado bastante da interação entre Leith e Claude, principalmente porque a princesa fica menos chata com o rapaz, e acho que eles poderiam formar um casal interessante.
Focando no que verdadeiramente interessa, temos o irritante triângulo amoroso formado por Francis, Mary e Louis se transformar em uma disputa pelo trono. A forma como as coisas evoluíram foi crível e o conflito trouxe vida nova à série. Saímos do mar de mesmice, chatice e draminhas adolescentes e encontramos uma ameaça real. Condé queria apenas se proteger, mas a situação se tornou maior do que ele e não há como negar que, de alguma forma, ele aprecia a ideia de se tornar rei e principalmente ter a chance de ficar com Mary. O que soa quase impossível, já que muito dificilmente Elizabeth deixaria sua maior rival viva.
Já que o assunto é Mary, é realmente difícil negar que ela tem culpa em toda essa história. Não foi intencional e suas razões para ajudar o amante a ficar vivo são compreensíveis, mas ele entregou uma arma de bandeja a Inglaterra, aos protestantes e a todos aqueles que se opõe a coroa, em um momento em que a França já está enfraquecida. De todo modo, Francis mostrou que, apesar da desvantagem, não pretende desistir sem lutar e agora só nos resta assistir ao season finale para descobrir qual será o destino do nossos reino e da monarquia francesa.
Sobre a cena final, não faço ideia do que pensar. Se Mary estiver realmente grávida de Louis toda a situação fica ainda mais complicada, mas não acredito que ela seja tão estúpida a ponto de acreditar que Elizabeth pouparia sua vida e tão cretina a ponto de trair Francis, que apesar de tudo sempre esteve ao seu lado, de forma tão vil. Como já disse anteriormente, tudo o que podemos fazer é assistir o próximo episódio e agradecer por Reign começar a encontrar novamente o seu caminho.
