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Reign – 2×22 Burn (Season Finale)

Por: em 26 de maio de 2015

Reign – 2×22 Burn (Season Finale)

Por: em

Reign - Mary

E Reign fecha sua segunda temporada de forma decepcionante. Acreditem ou não, é triste para mim escrever isso. Embora nunca tenha sido perfeita, a série conseguiu conquistar meu coração em sua primeira temporada e se tornar uma das minhas queridinhas. Além disso, foi a primeira série que comecei a resenhar para o Apaixonados por Séries e isso faz dela ainda mais especial para mim. Dessa forma, ser obrigada a criticar repetidas vezes o roteiro, os personagens e tudo o mais sempre foi algo doloroso. Nunca é bom ver uma das suas queridinhas afundando, juntamente com seu amor. Ainda assim, após o episódio anterior, cheguei a acreditar que veríamos um season finale épico, que me faria dobrar a língua e ficar louca pela próxima temporada. Não foi o que aconteceu.

Esse segundo ano foi extremamente irregular, oscilando entre alguns momentos bons e outros péssimos. De positivo destaco Lola, que cresceu bastante e se tornou uma das minhas personagens favoritas, e os primeiros episódios em Francis e Mary protagonizaram cenas bonitas e interessantes – o “You are my light” do quarto episódio entra fácil para minha lista de declarações mais lindas das séries.  Além disso, por um tempo a disputa entre católicos e protestantes conseguiu empolgar e Narcisse parecia ser o antagonista que faltava a série. Infelizmente, os dois últimos, ficaram na promessa.

Reign - Catherine e Narcisse
Talvez a inconstância dos personagens e suas súbitas alterações de comportamento e personalidades tenha sido o que mais incomodou. Catherine foi de quase boazinha à loucamente apaixonada por Narcisse, passando por esquizofrênica em potencial. No fim não teve nenhuma trama que empolgou, sem mencionar que suas alucinações com o marido e filhas beiravam o ridículo. A rainha mais bitch da França merecia mais.

Nesse episódio, no entanto, mostrou todo seu veneno e habilidade para manipular ao fazer Francis acreditar que o filho estava morto. Foi golpe baixo, mas acabou traída por Narcisse – com o épico “pior que ser odiado por Catherine de Médici, é ser amado por ela” – e banida. A cena final nos mostrou que a rainha mãe resolveu ir até a Inglaterra e se unir à Elizabeth para juntas se vingarem de Mary. Não sei como a aliança funcionará, mas nem isso, nem termos finalmente estado de cara a cara com a temida rainha britânica, conseguiu verdadeiramente me empolgar.

 

Reign-Francis
Seguindo a linha de histórias que não empolgam temos Bash e Kenna. Até agora não entendi o que foi feito com os personagens. Ambos passaram metade da temporada fazendo figuração e quando finalmente receberam algum destaque, a trama foi chata, irritante e só serviu para separar um casal adorado pelo público e por mim, o que me incomodou bastante. Cheguei a pensar que os roteiristas iriam tentar passar uma borracha em tudo e fazê-los ficar juntos novamente. Seria algo mal feito e forçado, mas ainda preferia isso ao final que tivemos. Kenna, grávida de seu amante, acaba saindo da França e conhecendo um rei pirralho. Ambiciosa como sempre, já começou a dar em cima do rapaz. Mas Bash consegue ser ainda pior ao se envolver com Delphine, que só Deus sabe o que é. E se aquela cena da fogueira foi feita para empolgar, falhou miseravelmente, pois só consegui sentir vergonha alheia.

De qualquer forma, no sentido inconstâncias ninguém supera nossa, já nem tão amada, Mary. Aconteceu de tudo um pouco com a rainha – abortos, estupros, traições… – mas todos esses problemas não são desculpa para ficar estúpida. O grande problema foi seu envolvimento com Condé (de quem falo depois). Todo aquele amor avassalador surgiu do nada. Sim, eu sei que eles começaram como amigos, mas aquela paixão alucinada e a certeza de ele era o único que poderia fazê-la feliz (oi?) não fizeram muito sentido. Querer se afastar de Francis e ficar um pouco sozinha, após todos os acontecimentos seria completamente compreensível, mas o que vimos passou um pouco dos limites. Foi um relacionamento muito intenso e pouco crível. Isso sem mencionar o seu desfecho lamentável.

 

Reign - Mary e Catherine
Em conjunto com as moças de Greer, a rainha armou uma armadilha para os homens do amante e ainda esfaqueou o príncipe. No fim, ainda jurou que ama Francis e sempre amou. Alguém entendeu? Porque eu ainda busco respostas para tudo isso. Perdi a conta de quantos episódios a moça ficou na chatice do “amo o Louis” para no final resolveu que na verdade ama o Francis. Desculpa, mas assim não dá para te defender, amiga.

Pior, só Francis perdoando tudo isso tão fácil. Sim, ele está morrendo, o que se mostra um acerto, já que cedo ou tarde isso teria que acontecer e fico contente por a história oficial não estar sendo totalmente ignorada, mas não acho que tudo o que a Mary fez – que além do casamento, teve sérias repercussões políticas – seria tão facilmente esquecido.

Por fim, temos Condé que conseguiu passar de personagem amado a odiado em uma única temporada. Quantas vidas esse homem tem? Sério, já perdi a conta de quantas vezes ele quase morreu. Sem falar que ele é praticamente o Tom Cruise, no Missão Impossível feudal, porque nunca vi alguém consegui escapar de um cativeiro como ele. Não faço ideia do que o futuro reserva para o personagem e para ser honesta sequer me importo.

Reign - Elizabeth
Na lista de personagens com que não me importo, temos Claude. Passei boa parte da temporada tentando entender para que a personagem existe, mas nos últimos episódios tenho até começado a simpatizar com a mimadinha. Sendo assim, apoio um envolvimento entre ela e Leith, afinal o relacionamento do moço com Greer, já está mais do que desgastado e a princesa fica menos chata com seu guarda pessoal.

Para que não digam que estou muito venenosa, gostei da cena em que Mary, Greer, Lola e Kenna estão reunidas junto à janela, antes da ex-mulher de Bash partir. A cena já foi vista muitas vezes e realmente nos faz pensar em como essas mulheres cresceram e mudaram. Ainda assim, a temporada fecha com o saldo negativo. Reign já fez melhor e tem potencial para isso. Confesso que minhas expectativas para a próxima temporada são muito baixas e ainda estou decidindo se continuarei a vê-la, mas espero verdadeiramente que a série se recupere e volte a ser o que um dia foi.


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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