Um curto diálogo entre Emily e Aiden revelou muito mais sobre o roteiro do que a produção da Revenge gostaria: quando ela conta sobre Luke Gillian, Aiden pergunta como ele tinha escapado da loira, que responde com um simples “meu pai não escreveu sobre ele em seu diário”. Ou seja, daqui para frente, qualquer pessoa nova pode entrar na história com essa desculpa e teremos um motivo para estarem ligados aos Grayson.

Novamente, é hora dos roteiristas pararem de enfiar personagens novos nas tramas somente para termos 40 minutos de episódios. A história está ficando cada vez mais frágil e esta história não dá para esticar por muitas temporadas.

Mas, voltando ao episódio, ainda assim achei divertido como as coisas se desenvolveram. O tal do Oscar Chapman estava vivo, foi eliminado rapidamente e só serviu para o Conrad se aproximar do Aiden.

A trama toda do Luke foi fraquinha. Como um cara tem uma empresa dessas e consegue esconder o fato das toxinas irem parar em alguma cidade mais afastada, sendo que as empresas “verdes” costumam ser as mais cobradas? Além do fato da Emily ter descoberto tudo isso bem rápido, parecendo que uma busca rápida no Google mostraria a verdade.

O Conrad é um canalha que, por enquanto, sabe muito bem como jogar. A maioria das tramas interessantes vem dele e ele é um vilão muito mais perigoso do que a Victoria. Acho até injusto a Emily focar tanto a vingança na Victoria, sendo que os dois tiveram uma grande participação no que aconteceu com o David. A não ser que o roteiro queira que a Victoria se vingue do ex-marido antes da Emily.

Sobre a Victoria ter atraído o Luke para os Hamptons, é quase que uma confirmação de tudo o que os Grayson fizeram de ruim nesses anos. Agora que ela tem pelo menos uma ideia do que a Emily está fazendo, é hora de dar um passo para trás para analisar a situação. E, convenhamos, nem precisou do Pascal para isso. Do jeito que as coisas foram armadas, foi só pegar a mesma foto que a Emily tem, marcar quem morreu e usar o Tico e o Teco.

No mundo não mais encantado de Jack e Margaux, por mais atarefada que a vida estivesse (seja com ela assumindo o controle das empresas do pai ou o Jack internando a mãe), sempre tem um tempinho para uma ligação para contar as boas notícias para o namorado ou a namorada. Se nem essa vontade de contar as novidades para o parceiro existe, então tem algo bem errado.

Em outro mundo encantado, o Javier continua se envolvendo com as pessoas erradas. E a capa da Voulez com o rosto dele é somente uma péssima estratégia de marketing, não? Um desconhecido (e ex-presidiário) não é a melhor forma de trazer credibilidade à revista. Tem tudo para ser uma capa que vai passar desapercebida nas bancas.

O próprio personagem é uma piada. Chega dizendo que o Nolan é o único amigo que ele tinha, para dali meio episódio trocá-lo pela Charlotte; age como se fosse o cara fodão do pedaço, mas, como o Nolan disse, é um mero peão que não consegue ver como está sendo manipulado. Fiquei curiosa para ver como o hacker (junto do Jack, talvez) vai enfrentar o Daniel.

P.S.: Gosto muito quando até as roupas da Emily e da Victoria mostram como as duas estão de lados opostos do jogo.