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Game of Thrones – 2×01 The North Remembers

Por: em 3 de abril de 2012

Game of Thrones – 2×01 The North Remembers

Por: em

Power is Power.

Quando eu escrevi sobre a premiere de Game of Thrones quase um ano atrás, eu disse que a série tinha me impressionado e que via grande potencial nela. Pois bem, mal sabia eu que estava falando daquela que em pouco tempo se tornaria uma das minhas séries favoritas. Acho legal deixar logo claro que eu AINDA não li os livros de George R R Martin. No final do ano passado, comprei os 5 já lançados, mas por questões com tempo, ainda estou na metade do 1º – com pretensões de acabar o 2º antes do fim dessa temporada. Então, todas as minhas impressões são as de um espectador atento e apaixonado por um programa de TV.

Eu tinha muitas expectativas para esse retorno e posso dizer sem medo que todas elas foram atendidas. Em questão de segundos, eu já estava conectado ao episódio da mesma maneira que foi com a temporada passada e os 55 minutos mais pareceram 20. E, se no piloto da série foi um pouco complicado acompanhar tantas tramas paralelas em conjunto, The North Remembers não apresentou esse ‘problema’. A narrativa e a edição do episódio estavam harmoniosas, conseguiram apresentar os novos personagens sem colocar os antigos em detrimento e começaram a desenhar o que promete ser a grande história: A guerra pelo trono de ferro ou, como vi bastante gente chamando nas redes sociais nesses últimos dias, a guerra dos cinco reis.

Convenhamos, acredito que qualquer um dos ‘candidatos’ pode ser um rei melhor do que o Joffrey. Em poucos minutos de episódio, o garoto já mostrava marcas de que seu sadismo está cada vez mais acentuado e aparentemente todos já perceberam isso, especialmente Sansa. A atual situação da garota me fez desenvolver simpatia por ela – coisa que eu não tinha muito na temporada passada -; ela está praticamente dormindo com o inimigo, tendo que manter as aparências e submetendo-se aos desmandos de Joffrey e Cersei.

Acredito (e espero!) que Tyrion será uma peça chave dos acontecimentos em King’s Landing. Tomei um susto quando vi que Peter Dinklage agora é o primeiro a ser creditado na abertura (com todos os méritos, vale ressaltar) e suas cenas neste episódio foram excelentes. Atuando como Mão do Rei, vejo potencial para grandes conflitos chegando – especialmente entre ele e Cersei. Quanto a Joffrey, o garoto é esse pequeno monstrinho, mas acho que pode ser influenciado pelo tio.

O esporro da Cersei no Lord Baelish foi uma das minhas cenas favoritas do episódio. Lena Headey é outra que merece todos os elogios e deu gosto de ver a toda a sequência (e o Littlefinger merece, ele tem sua parcela de culpa na morte do Ned). Agora ele vai ter que andar na linha e procurar a Arya, pois ficou claramente amedrontado com a situação. Foi bom também para mostrar a Cersei que nem tudo mundo é idiota e que cada vez mais e mais pessoas vão começar a acreditar na história do incesto. E quando (e se!) o Joffrey comprovar isso, eu tenho medo da fúria dele.

A história da Arya é uma das que mais me empolga. Gosto bastante da personagem desde sempre e quero ver como ela irá se sair na Muralha, se chegar até lá. Agora, como Arry, a vida dela ainda corre tantos riscos quanto sendo uma Stark. Bem legal que ela esteja sendo ajudada logo pelo Gendry, que é o último bastardo vivo do Robert, depois do massacre dos minutos finais. E que cenas bem executadas – e bem tensas também, eu diria. Foi bastante duro ver aquilo, ainda mais por terem colocado um bebê no meio de tudo – é a HBO sempre procurando fugir do ‘comum’.


A inserção dos novos personagens foi bem feita. Tinha ouvido falar muito da Melissandre e a achei extremamente intrigante. O ritual na praia foi uma das coisas que mais me chamou atenção no episódio, assim como o poder que ela parece exercer sobre o Stannis – que é o herdeiro legítimo do trono, já que é o irmão mais velho de Robert. O cara me pareceu disposto a assumir o lugar que é seu de direito, sem alianças, e ainda foi o responsável por difundir o boato a respeito de Cersei e Jaime.

Mas confesso que meu maior interesse se deteve em seu súdito, Davos, que é interpretado por um dos meus atores favoritos, o Liam Cunningham. O desenvolvimento dessa história me deixou curioso e certamente nas próximas semanas veremos Renly Baratheon, o outro irmão de Robert e Stannis, que aparentemente também pretende tomar o trono.

Não faço ideia de onde vai dar a história do Jon Snow e dos Night Watch. O bastardo é um dos personagens que mais gosto, embora ele ainda não tenha EFETIVAMENTE feito muita coisa na série. Aquela coisa do Craster e suas filhas-esposas foi uma das situaçãoes mais bizarras e doentias que eu já vi/li na minha vida e quero ver se ainda vai ter algum tipo de continuação.

Assim como Jon, Bran e Daenerys também não tiveram muita participação. Achei interessante a ligação que o episódio fez entre as cenas dos dois, com o Bran falando que não existiam dragões para logo em seguida voltarmos à Dany e seu khalasar no meio do Deserto Vermelho. Eu sou apaixonado por dragões, acho que eles melhoram em 100% a maioria das coisas em que aparecem e estou ansioso pra ver como GOT vai levar adiante essa história, já que a Dany tá totalmente sem perspectiva. Quanto ao Bran, foi legal vê-lo como Lorde de Winterfell, defendendo o irmão.


O Robb é meu Stark preferido desde a reta final da primeira temporada, onde ele não abaixou a cabeça pro Joffrey e decidiu ir a luta. O mais bacana é que, diferente do Stannis e do Renly (acredito), ele não tem pretensão alguma ao trono de ferro. O que ele quer é ser Rei no norte em paz, mantendo seu povo e sua família a salvos. A melhor cena do episódio, pra mim, foi quando ele enfrentou o Jaime. Ele é o mais insuportável dos Lannister e deu gosto vê-lo se tremendo de medo do Grey Wind (mais lindo do que nunca! Agora eu quero ver o Ghost grande também…).

Outro ponto que me chamou atenção com relação a história do Robb foi a participação do Theon. O Robb confia claramente nele e, na iminente guerra, isso pode não ser uma boa ideia, ainda mais levando-se em conta que Catelyn deixou claro que o Greyjoy pai não é digno de confiança. Não sei se é só comigo, mas desde a temporada passada que eu sinto algo diferente no Theon, às vezes o que ele fala soa como ressentimento ou mágoa. Espero estar errado.

Pra terminar, só queria pedir uma coisa: Gente, sem SPOILERS dos livros nos comentários, tudo bem? Assim como eu, sei que tem uma galera que não leu ainda e muitos especificamente porque querem aproveitar os episódios sem saber o que vai acontecer.

Que venha The Night Lands!

PS. Na verdade, o segundo episódio vazou ontem a noite na internet e acabei de constatar que já tem legenda em inglês do mesmo. Então, logo menos o review dele sai por aqui.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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