Antes de começar a review quero dizer a vocês que esperava por episódios calmos, com uma trama que mostrasse o novo cotidiano das Girls, diante das mudanças que vem acontecendo nas vidas de cada uma delas. Me enganei absurdamente. Esses foram episódios agitados, cheios de conflito e aventura. Fique registrado que isso não é uma reclamação, pelo contrário! Amei os dois episódios. O 2×03 Bad Friend em especial.
2×02 I Get Ideas
O álbum que Adam compôs para Hannah entra pra mitologia da série: nada pode ser mais deprimente. As letras das músicas dão o tom para o comportamento dele no final do episódio. Fiquei com medo da forma como ele apareceu no apartamento. Não entendo como ele consegue alternar loucura, doçura, criancice e estupidez. O Adam é um dos personagens mais complexos de Girls, ele não faz nenhum sentido. Com medo dele, Hannah chama a polícia sem querer. É óbvio que ela não queria ter sido tão drástica mas no fim pareceu necessário. Talvez isso deixe ele ainda mais insuportável. Fiquei curiosa sobre o que houve com ele nessa noite. Será que passou a noite preso? Ou mais? Precisou pagar fiança? Alguém buscou ele na delegacia? Será que vai culpar a Hannah por isso?
Marnie passa por uma entrevista inusitada em uma galeria de arte. Entrevista tão estranha quanto as que Hannah passou na primeira temporada. Achei estranho que ela tenha se desiludido tão fácil da profissão, acho que ao menos poderiam ter contextualizado que ela já tinha procurado em outros lugares sem sucesso. A sabedoria de Shoshana leva Marnie a conseguir um emprego de recepcionista com uma amiga dela. Achei graça da Hannah julgando o emprego da Marnie: logo ela que aceitava um chefe que apalpava todas as mulheres da empresa. E mais do que isso, Hannah parece pensar sobre tudo tantas vezes: ela tem espelho em casa, sabe que não tem o tipo de beleza requerido por trabalhos desse tipo.
Jessa realmente parece feliz com o Thomas-John, o que me deixa chocada e desapontada. Ele é o clássico escroto. Erra o nome da Hannah a conversa toda, corta ela logo depois de pedir a opinião sobre as tatuagens, fala aquele comentário bizarro sobre a roupa dela e corta ela outra vez, ninguém pode ser mais escroto em 2 minutos de conversa. Não entendo esse casal e busco qualquer tipo de explicação. Quem tiver alguma teoria sobre Jessa+Thomas-John, compartilhe nos comentários, por favor!
Sobre a discussão de Hannah e Sandy – o ponto alto do episódio: Acho bizarra a forma como ela discute com as pessoas. Desde aquela discussão com a Marnie na temporada passada eu já achava estranho e agora confirmei. Ela fica se explicando por coisas óbvias e não presta atenção no que a outra pessoa fala. Sandy não pareceu disposto a compartilhar as coisas que ele acredita, ao contrário de Hannah que ficou jogando as opiniões na cara dele. Casamento gay, porte de armas e a maioria de negros no corredor da morte foram os temas que ela citou tentando fazê-lo falar. E nada. Duvido que ela nunca tenha pensado que ele era negro. Sei que ela vai se arrepender dessa briga. Só não sei que atitude ela vai tomar sobre esse arrependimento.
Elijah tratando mal por ser republicano e Jessa recriminando por não ter lido o artigo da Hannah, todos tem algo contra Sandy. Eu gostaria de saber porque ele é republicano. Me pareceu sincera a tentativa dele em explicar a Hannah que o texto dela pareceu monótono pra ele. Infelizmente ela não estava disposta a ouvir críticas.
Comentários aleatórios:
- Ser republicano e usar hotmail: praticamente a mesma coisa. (eu concordo!)
- Shosh e Ray na cama conversando: muito amor e bizarrice. <3
- Não consigo entender o apartamento da Shoshana. É tipo só uma peça?
- Bizarro o comentário da Jessa sobre o casamento: The hunt is over. WTF?!
2×03 Bad Friend
Hannah é convidada a escrever para um site. Não fugindo da regra das entrevistas bizarras, dessa vez a entrevistadora tinha o mantra da mágica que só acontece fora da zona de conforto. Engraçado como algumas pessoas se apegam a umas frases e passam a vida repetindo (me lembrou um conhecido que falava de cultivar o jardim pra atrair as borboletas toda vez que a gente se falava). A maluca da zona de conforto quer artigos de coisas inusitadas: o que certamente vai render histórias ótimas pra série.
De dois exemplos dados pela nova empregadora (eu teria pedido mais exemplos), ela escolhe experimentar pó. Segundo Marnie, o vizinho de baixo é viciado e pode ajudar a comprar. Laird – o vizinho que sabe tudo da vida delas – está parando de usar drogas. Fiquei com peninha dele, porque pareceu bem interessado em ser amigo das meninas e também solitário. E justo quando ele para de usar drogas uma delas procura ele por drogas.
Booth volta das cinzas e leva Marnie pra casa dele. Ela adora tudo que ele faz, é revoltante. Se fosse eu presa no cubículo de TVs, certamente começaria a quebrar tudo e gritar. Não esperava que a reação dela fosse chamá-lo de gênio e dar pra ele depois de sair de lá. A troca de cenas entre a pista de dança e a cama foi frustrante. Era muito mais legal assistir mais tempo de Hannah e Elijah do que de Marnie e Booth.
Os ensinamentos de Elijah sobre roupas apropriadas para usar drogas foram hilários. Toda essa interação da Hannah com o Elijah, chapados, foi incrível. Os diálogos foram todos ótimos, ri muito dos dois andando de metrô, adorei AndrewAndrew e a pista de dança, sem falar na troca de blusa – precisei pausar o episódio pra acreditar que aquilo estava acontecendo na minha tela.
Esse episódio teria sido o melhor da série até agora se não fosse toda a chatice que se seguiu ao fato da Hannah descobrir sobre o quase sexo entre Elijah e Marnie. O segredo deles ia vazar cedo ou tarde, isso era óbvio. Só não imaginava que ia ser através dele. Marnie toda certinha e se sentindo culpada até que conseguiu segurar o segredo. Elijah acaba com o barato e estraga a cocaína pra Hannah. Que sacanagem.
Não sei até que ponto a Hannah ainda estava chapada quando deu o sermão na Marnie, só sei que foi ótimo assistir. Não sei se a Marnie merecia, porque a Hannah realmente era uma amiga relapsa, mas a real é que todo mundo gosta de uma baixaria de vez em quando. E o sermão foi a mais pura baixaria. É claro que eu preferia ter assistido Elijah e Hannah dançando, felizes, chapados e conversando sobre os assuntos mais loucos pelos 27 minutos do episódio, mas considerando que isso não era possível, a baixaria até que foi divertida.
Comentários aleatórios:
- A cena com todas elas juntas no bazar da Jessa poderia ter sido mais longa.
- Laird e Hannah? Mais confusão? Outro stalker na vida dela?
- Elijah agora está sem namorado e sem ter onde morar.
- Quem será o próximo roommate da Hannah?
P.S.: Termino a review relembrando a ótima notícia da renovação de Girls para uma terceira temporada.
