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Glee – 2×18 Born This Way

Por: em 1 de maio de 2011

Glee – 2×18 Born This Way

Por: em

Me sinto enganada: prometeram 1h e 30min, e eu só assisti 56min. Fora esse pequeno incidente, Born this way foi um episódio com músicas ótimas, um flashmob incrível e com bastante conteúdo – pra fazer calar quem sempre reclama que Glee é raso. Rachel, Emma, Quinn, Kurt e Santana tiveram mais atenção nesse episódio, e pra ser bem sincera, a impressão que ficou é que o episódio foi da Santana: mais do que merecido, episódio a episódio ela vai ganhando o lugar de malvada da Sue. E por onde andará Sue nesses 56minutos?

Alguns diálogos desse episódio foram muito bem construídos, por exemplo: Kurt e Karofsky, na sala do diretor Figgins; Will e Emma, na sala dos professores, com Will comendo frutas sujas na frente de Emma e cobrando que ela procure ajuda sobre a sua doença; Emma e a terapeuta comportamental – essa foi a melhor de todas, ao meu ver -, apesar de todo discurso do episódio para não mudar as coisas que mais incomodam, justamente o oposto era a maior necessidade de Emma, porque viver com TOC sem buscar tratamento é um exemplo muito errado, ainda mais para uma personagem que devia ser exemplo aos adolescentes de uma escola. Saber quando algo está errado e precisamos de ajuda para resolver é muito importante, mais importante até do que suportar uma vida toda de sofrimento convivendo com caracteristicas (posso chamar de defeitos?) que não suportamos em nós mesmos.

Uma versão linda de I Feel Pretty / Unpretty, foi interpretada por Rachel e Quinn, por causa de toda a temática da rinoplastia que Rachel pretendia fazer – ela queria um nariz perfeito como o de Quinn, sem saber que o nariz de Quinn também foi construído, antes dela mudar de escola e entrar para o McKinley High. A história de Quinn – “Lucy Caboosey” antes de emagrecer, fazer tratamento para acne e uma rinoplastia – foi bem elucidativa. Mas me corrijam se eu estiver errada, mas eu acho que vi em algum episódio que Quinn era aquelas meninhas que concorrem em concurso de beleza desde pequenas e que sempre foram perfeitas, carinha de boneca e magrinhas – posso ter sonhado com isso.

Uma desvantagem sobre essa descoberta envolvendo o passado de Quinn é que certamente isso vai fortalecer a relação dela com Finn. Dentro desse contexto todo de se aceitar, uma música que se encaixaria com perfeição nesse episódio seria Fucking Perfect da Pink, uma pena não ter sido usada.

Finn tentando dançar ao lado de Mike, I’ve Gotta Be Me mostrou um Finn completamente desajeitado. Eu nunca tinha reparado que ele era assim tão grandalhão desengonçado. Ao menos a música foi boa, a coreografia do Mike foi incrível (como sempre) e cada vez mais o Cory melhora como cantor.

A despedida dos Warblers, por Kurt ter voltado para o McKinley foi linda. Essa versão de Blaine cantando Somewhere only we know me emocionou antes mesmo de eu saber o contexto que ela seria inserida no episódio, não só por eu amar Keane, mas principalmente porque eles conseguiram melhorar a música – o que é bem raro para os Warblers. Foi ótimo saber que o New Directions agora conta com Kurt para as Nacionais, e é óbvio que o lugar do Kurt é com eles, mas achei que o Blaine também mudaria de escola. Talvez na próxima temporada.

As if we never said goodbye foi boring. Podem me chamar de aculturada, mas eu não gostei da música que o Kurt cantou. A volta dele ao New Directions poderia ter sido épica, entrado pra história dos melhores solos dele na série, mas não, foi essa coisa sem graça que me deu vontade de pular o trecho no episódio. Ao contrário do FlashMob organizado pelo GleeClub para convencer Rachel a não fazer a rinoplastia, que foi incrível! Meu sonho é participar de um FlashMob. E me corrijam se eu estiver errada, mas acho que esse é o mesmo shopping onde o Artie fantasiou que podia dançar, lembram?

A idéia das camisetas com os defeitos para a performance de Born this way foi genial. Fiquei pausando em toda a coreografia para ler todas as camisetas. Todas fizeram sentido, menos a da Mercedes, alguém me explica? O “Lebanese” da camiseta da Santana foi genial, só mesmo a Britanny pra fazer ela sair do armário sem sair do armário. Falando em armário, a cena da discussão da Quinn com Finn no armário foi muito inteligente: aquele visual das portas dos armários do colégio se abrindo e as pessoas pegando suas coisas e saindo, muito legal!

De um modo geral, eu esperava mais desse episódio, não só pelo nome dele e pela música que prometia, mas por terem anunciado tanto o fato dele ser mais longo. Eu esperava: mais mudança em Karofsky, mais respeito por quem decide mudar algo que não gosta em si mesmo – e não apenas o rótulo “falta de amor próprio”, mais seriedade em falar sobre rinoplastia e septoplastia. A forma como Rachel lidou com o problema, soou como se o desvio de septo dela só fosse corrigido com uma cirurgia plástica, o que é uma grande mentira. Ela poderia ter corrigido o septo dela (e o nariz quebrado) sem alterar a aparência externa do nariz. Ou seja, ela teria mais saúde, iria respirar melhor e tudo isso sem mudar a aparência que ela tanto glorifica se comparando com Barbra Streisand.

Fico por aqui, espero que tenham gostado da review. Essa semana assistiremos a 2×19: Rumors.


Bruna Antunes

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Battlestar Galactica

Não assiste de jeito nenhum: Sex and the City

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