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Glee 2×16 – Original Song

Por: em 23 de março de 2011

Glee 2×16 – Original Song

Por: em

Não, a Bruna não desistiu de Glee. Mas essa semana ela não pôde escrever e eu e Bianca viemos ao socorro — fazendo review em dupla, igual alguns de vocês já devem ter visto em Parenthood e Friday Night Lights. É como se fosse uma conversa, nós dois batendo papo sobre o episódio e esperando que todo mundo continue a discussão lá nos comentários. Espero que vocês gostem tanto quanto o glee club gostou da Holly Holliday! 🙂

Glee New Directions

Bianca: No geral, eu gostei do episódio. Mas sempre fico com a impressão de que Glee só tem história mesmo quando chega a hora das competições. Quando começou a cantoria dos Rouxinóis, minha vontade foi de parar de assistir, porque eu não aguento mais o Blaine sendo o rei supremo do grupo enquanto os outros ficam de backing vocal. Gostei muito mesmo quando o Kurt falou que o que o Blaine cantou era bom, mas era “mais do mesmo” (embora nas Regionais tenha ficado o de sempre – e ainda bem que eles perderam).

Guilherme: Eu vejo Glee na maior casualidade do mundo, não amo nem odeio, mas se tem uma coisa que me irrita nessa temporada são os Warblers. Nem por causa desse destaque todo pro Blaine, mas por causa daquela organização exagerada, daquela empolgação geral do colégio com o glee club… Tudo me parece TÃO fake. Também curti quando o Kurt tomou uma posição e colocou pra fora o que achava, mas no final das contas, nem o dueto no Regional me faz achar que o isolamento dele no outro colégio tenha valido tanto a pena. O talento do Blaine podia ter surgido sem que o Kurt ficasse tão alheio a tudo que acontece no McKinley. Tudo em Glee é meio exageradão, mas enquanto os personagens do New Directions são bizarros E engraçados, em Dalton Academy, eles são bizarros E irritantes.

Bianca: Eu nem consigo falar dos personagens na Dalton Academy porque só sei do Blaine, Kurt, do oriental líder e do gordinho que apareceu várias vezes neste episódio (até achei que ele teria uma fala maior ou cantaria). Eu acabei, sem querer, comparando a Rachel com o Blaine. Por mais que eu goste das músicas e do talento dela, quero ver os outros cantando. Foi lindo o solo na apresentação (mas confesso que me diverti mais com a música da tiara), mas esperava uma participação maior do resto do grupo na segunda música. Falando dela como a música original de lançamento do álbum de Glee, achei bacana, chiclete total (e eu adoro isso!), resume bem o tema da série, porém fraca. Curti mais a música da Mercedes e do Puck, talvez porque seja de personagens que eu sinto falta de um destaque. E, claro, ri demais com a música da Santana – e que pena que o Sam não gostou -, a voz dela combina muito com jazz.

Guilherme: Eu gostei mais do que imaginava das músicas originais, mas minhas expectativas tavam baixas. É estranho, porque eu acho que eu sou uma das únicas pessoas do universo que assiste Glee mais pela série em si do que pela música. Enfim. Única coisa meio surreal nessa história toda de música original é que do nada todo mundo aprendeu a compor bem pra caramba. Vai ver porque eu passei boa parte da minha vida ouvindo música em inglês sem entender nada, mas achei estranho os últimos episódios falando de composição como se o processo fosse só escrever letras. Eu sempre tive na minha cabeça que a melodia em si é BEM mais complicada de se criar, e ver todo mundo (que diga-se de passagem, tem uns 16~17 anos) criando suas próprias músicas de um dia pro outro acabou sendo um ponto fraco pra mim. Pelo menos, no que mais importava — as apresentações, as músicas foram legais pra caramba. Se eu fosse parar pra ouvir as músicas individualmente, também escolheria a da Mercedes e do Puck, mas na empolgação dos Regionais? Loser Like Me foi ótima. Até porque tirou logo de vez o estigma de que Glee nunca tinha escrito nenhuma música original, e agora nos Nationals eles vão poder voltar a jogar seguro com as mais famosas.

Glee Warblers

Bianca: Eu comecei assistindo Glee pela série, mas agora, vou pelas músicas. Nisso, acho a série brilhante, os atores (bom, a maioria deles) são ótimos cantores e eu chego a gostar mais da música na versão de Glee do que a original. Foi assim com as músicas da Katy Perry, da Lady Gaga… Eu relevei o processo de composição de música, porque sempre trato como “licença poética” os exageros da série. Já tentei compor música, mas fui um grande fracasso – não sirvo nem para escrever poesia moderna. Melodia, então, passo longe. Falando das apresentações dos outros grupos, o que foi o coral gospel? Só a Sue e suas ideias estranhas para sugerir aquilo! De longe, foi o mais fraco. E mesmo não tendo gostado do Blaine ocupando o palco todo, curti o dueto dele com o Kurt. Aliás, vibrei quando soube pelo Twitter que os dois finalmente se beijariam! Acho esse um ótimo serviço que a série está prestando aos jovens e gays em geral.

Guilherme: Eu achei engraçada a apresentação do glee club da Sue, mas mais engraçado foi na hora da votação, com a mulher do Chief quebrando a tentativa de puxa-saquismo falando que virou freira muito mais por conveniência do que por religão. Quanto a Kurt e Blaine, o legal neles é que (pelo menos por enquanto) acho que os dois formam o casal mais consistente de Glee. Mesmo que alguém não goste de um personagem ou de outro, eles são sempre daquele jeito, a série não fica mudando os dois completamente a cada episódio — igual acontece muito com a Quinn, por exemplo. Nessas últimas semanas a obsessão dela em ficar junto do Finn só pra virar Prom Queen é um passo pra trás enorme em tudo que já aconteceu com ela na série. Ela sempre teve uma certa malícia, mas nunca consegui enxergar esse lado mais fútil que tão nos enfiando goela abaixo.

Bianca: A mulher do Chief, pensei a MESMA coisa! Esses viciados em Grey’s Anatomy, viu. Curti também a cópia da Sarah Palin e o fato da votação ter sido bem mais curta do que na temporada passada. Também não estou satisfeita com o rumo da história da Quinn, ela tinha amadurecido muito durante a gravidez só para voltar a ser uma menininha normal e fútil? Neste episódio em específico, só gostei da cena dela com a Rachel, quando elas iam escrever a música em dupla e a Dianna Agron finalmente mostrou ser uma atriz um pouco mais talentosa. O tom de voz dela estava perfeito, embora as expressões ainda meio travadas. Digamos que prefiro a Rachel com o Finn porque os dois são quase insuportáveis – então é melhor que fiquem juntos mesmo e não atrapalhem o resto.

Guilherme: Seja lá quem fique junto com quem, no próximo episódio (só dia 12/04) a Bruna volta pra jogar confete ou enfiar facadas na série. Essa temporada muitas vezes anda fraquinha pra caramba, mas esse episódio tinha uma responsabilidade grande pra carregar e a coisa fluiu bem. Mesmo que eu nunca esperasse escrever sobre Glee, tô feliz que a chance tenha surgido num episódio divertido como esse. É a única coisa que eu espero da série: diversão. Apesar das milhões de inconsistências, ainda tô satisfeito com minha dose semanal.

Glee Regionals

Bianca: Eu xingo bastante o roteiro de Glee, mas não consigo parar de assistir. É uma das minhas séries “Guilty Pleasure”, junto com Gossip Girl (que escrevo review aqui no Apaixonados). Uma das primeiras coisas que faço depois de assistir ao episódio é procurar as músicas e meu Last.fm sabe o quanto eu ouço a trilha sonora da série. Também fiquei feliz em poder escrever sobre a série e me surpreendi com o tanto que podemos falar sobre ela e os personagens. Espero que o New Directions ganhe o Nacional e que a série não perca o ritmo, aka continue com boas músicas.


Guilherme Peres

Designer

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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