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Grey’s Anatomy – 9×17 Transplant Wasteland

Por: em 15 de março de 2013

Grey’s Anatomy – 9×17 Transplant Wasteland

Por: em

Já deu pra ver que esse episódio seria tenso nos 10 minutos iniciais. Primeira reunião do quinteto após a compra oficial, Jackson servindo de fantoche da Harper Avery, Owen se demitindo… Uma sucessão de acontecimentos que deu a impressão de que Transplant Wasteland seria um daqueles episódios de Grey’s Anatomy em que até respirar seria difícil. A bem da verdade, o ritmo caiu na segunda metade, mas isso não prejudicou a qualidade deste retorno.

Alguém consegue culpar o Owen pelo surto? Eu não. Concordo totalmente com a atitude da Cristina em ter contado a verdade para o marido. Eles tinham acabado de sair de uma “mentira”, o Owen a tinha perdoado, imagina se descobrisse que ela escondeu algo de novo? É claro que ele se culpa pelo acidente, todo dia, como a Yang disse e ele não precisa que o Derek lhe jogue isso na cara, mesmo que inconscientemente. A progressão do Hunt como personagem dentro da série é sensacional. Há duas temporadas atrás, o cara sequer tinha algum plot decente e vejam agora. E o hospital precisa do cara. Olha só a bagunça que se instaurou.

Fiquei o episódio quase inteiro com a impressão de que o Jackson iria dar pra trás na Hora H e se recusar a assumir o papel que a Catherine lhe impôs em toda a história da venda. Só mudei de ideia quando ele teve pulso firme na confusão das OR’s e falou com a autoridade que agora lhe cabe.

Entendo Meredith, Derek, Callie, Arizona e Cristina não gostarem da situação em si, afinal, eles lutaram para salvar o hospital por dias e o Jackson caiu de pará-quedas na história toda, mas não consigo sentir raiva do personagem porque em nenhum momento ele pediu isso. Foi tudo arquitetado pela mente maquiavélica da Catherine e já era esperado que, ao menos no começo, ele estivesse perdido e seguisse as ordens dela e da fundação. O bom é que a virada veio mais cedo do que eu esperava. Imaginei que esse conflito dele vs Quinteto iria se estender por mais uns 3 episódios.

A conversa final dos 6 foi a melhor cena do episódio e o que eu me pergunto é: Com tudo aparentemente resolvido (Owen voltando a chefia, Plantão reaberto, o Hospital andando novamente), o que nos resta nos 7 episódios que ainda faltam pra que a temporada se encerre? Não reclamo da trama ter sido gasta agora (isso é até bom, prova que a série não quer enrolar), mas e agora? Vamos focar na gravidez da Mer, no romance do Alex com a Wilson e em outras subtramas, sem que exista um elo de união? Esperar pra ver.

Graças a minha timeline maravilhosa do twitter, eu já sabia que o nome do Hospital seria mudado pra Grey Sloan Memorial Hospital desde ontem de noite. Não tirou o impacto, ainda assim. A mudança foi muito válida, é uma forma de valorizar Mark e Lexie e mostrar que a morte dos dois ainda é (e ainda vai ser por muito tempo) sentida. O próprio roteiro do episódio faz questão de reforçar isso com outras cenas, como a Meredith falando “do acidente que matou Lexie” e o Derek finalmente despindo a máscara de força e confessando o quanto sente falta do Mark. A gente também sente.

Uma das coisas que eu mais gostei no episódio também foram os casos e como todos estavam ligados entre si e, metaforicamente, à trama central. Todo o debate sobre orgãos, transplante e as narrações sobre o corpo aceitar ou não a mudança estava diretamente relacionada ao novo conselho do hospital, as alterações que vão acontecer a partir de agora e, especialmente, ao Jackson praticamente na liderança (já que ele, além de direito a voto, tem também direito a veto de qualquer decisão).

Não gosto de ver o Alex se envolvendo com nenhuma mulher porque ele sempre vira um idiota. A lição de moral que ganhou da Meredith foi mais do que merecida e aquela conversa final no bar é a constatação de que até o fim dessa temporada, ele e a Wilson vão acabar caindo um nos braços do outro. Minha opinião continua exatamente a mesma quanto ao casal, mas como é isso que vai acontecer, só me resta aceitar e torcer para que o meu personagem favorito não se perca mais uma vez.

Pessoalmente, o caso que a April cuidou foi o que mais mexeu comigo, talvez por toda a carga emocional que o texto e as atuações trouxeram a toda a situação em si.

Outros pensamentos:

– A conversa do Richard com a Catherine foi incrível. Tava mais do que na hora de alguém jogar na cara dela tudo que ela estava fazendo.

– É bom ver os talentos do Alex para lidar com pacientes não se restrigem as crianças. Eu não teria a paciência que ele teve com a adolescente que fazia diálise.

– Bailey falou pouco, mas todas as vezes em que apareceu, foi pra por a casa em ordem. Gosto quando é assim.

Abaixo, você fica com a promo de Idle Hands, episódio da próxima quinta-feira:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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