House começa a voltar a sua velha fórmula de episódios. Um doente chega ao hospital e ou exige ser tratado pelo Dr. House, ou desperta muita curiosidade no médico. Entre vários tratamentos, vários erros e vários diagnósticos, no fim, House em um momento de epifania acha a solução. Mas o que faz este episódio ser diferente de um de três anos atrás?

Com certeza não é quem está fazendo os diagnósticos diferenciais, porque a equipe, no episódio passado voltou a se reunir. Wilson também está lá para poder pegar o House nas mentiras, conversar, perceber o que se passa realmente, e no meio de uma conversa com ele, o House ter A epifania. Cuddy ainda é a mesma.

Foreman está no comando, mas quem manda mesmo é o House, todos sabem disso, até o pai do paciente da semana, que não quer mais um excelente médico para tratar do filho doente, quer o melhor, e todos falam que o melhor é o House, e nós não temos dúvidas disso né? Ele já nos deu provas que consegue trabalhar até com um faxineiro. Mas agora ele não quer responsabilidade, ele quer desafios! Será?

Foreman, além de ter a responsabilidade sem mandar de verdade, está todo preocupado com a apresentação do caso do Ditador, numa espécie de palestra interna do Hospital. Acho que isso é comum em hospitais escola (pelo menos nos EUA) já que sempre que erram muito em algum caso importante, em vários seriados médicos já vimos isso, em Grey’s… Então Foreman e Chase estão lutando para encobrir todas as pistas que mostram que o Chase adulterou o resultado dos exames. Os dois estão cada vez mais atrapalhados com isso, e claro que o House ia perceber, mas achei que todos iam perceber! Cameron, Cuddy, alguém!

Claro que essa história não para por aí, House sabendo de um segredo desses, irá infernizar a vida dos médicos, tenho certeza. E acho que a consciência do Chase já deve estar pesada o suficiente para qualquer coisa surtir efeito.

Adorei que a Thirteen não tenha ido logo atrás do Foreman para tirar satisfações. Pelo menos é um pouco coerente, por mais que ela tenha problemas com ele, a médica sabe o namorado que tem, e o Foreman não iria querer mais confusão com ela. Viajar vai ser bom para ela, e melhor ainda pra série, ficar sem ela um pouco. E notaram que ninguém falou mais da doença dela? Ainda bem que deixaram Huntington de lado, pararam de apelar para isso para conseguir alguma coisa ou algum drama. Será que o Taub vai dar o ar da graça para dar uma satisfação maior sobre sua saída? House não foi lá brincar com ele, como está indo atrás da Thirteen. Mas quem não prefere a equipe original junta novamente?

Até o pai do paciente, Sr. Randall,  é alguém que desafia o House com a fé. Ele acreditar que alguma ação que ele faça irá influenciar na saúde do filho, é demais para o House. Toque de Midas? Mas quem consegue convencer alguém que tem fé, e os eventos ajudam a comprovar que ele estava certo? É muito irracional, mas na hora do desespero, a fé vence a razão.

O melhor dos episódios são sempre as conversas entre House e Wilson:

Wilson: – Acabei de confessar. Falei para a Thirteen que fui eu quem cancelou a passagem.
– Porque?
– Quer saber porque confessei ou porque cancelei a passagem?
– Sei que não cancelou, então acho que o primeiro.
– Quer que ela fique porque a quer de volta ou porque o Foreman quer?
– Porque eu me importaria com o que o Foreman quer?
– Porque você não é o idiota que todos acham que é.
– Sou, sim.
– Não é, não.
– Acabo de ganhar $10.000 vendendo ações que sei que vão cair porque um advogado viu um pai enlutado.
– Não, não fez.
– Sim, fiz sim.
– Você é um idiota.
– Ela está cometendo um erro.
– Então fez por ela.
– Ela é uma boa médica.
– Então fez por você.
– Não estou mais no comando.
– Então fez pelo Foreman.
– Ela é uma bissexual gostosa e recém-solteira.
– Porque não admite que gosta de tê-la por perto?
– Porque nasci com um coração três vezes menor.
– Não nasceu não.
– Sim, nasci(…)

House mesmo tentando ser melhor, ainda é um idiota. Mas um idiota que brinca menos com as pessoas em volta.