“When you love somebody doesn’t mean like you don’t want them to go” – Amber
Parenthood voltou, e para nossa alegria, mais emocionante do que nunca. Com plots delicados, envolventes e muito bem conectados o drama da NBC vem sustentando bem a sua 5ª temporada, o que alimenta nossas esperanças para uma renovação para mais um ano.
O retorno da complexa história de Drew e Amy puxou o episódio que iria ter como tema central o amor. É claro que é impossível falar de Parenthood sem citar este sentimento, mas em “Just Like Home” esta foi a tônica de todos os enredos. Começamos com Drew ao lidar com a constante presença de Amy e sua fuga do mundo real, após o trauma impresso pelo aborto que praticou no passado. Os conselhos de sua irmã mais velha lhe chamaram a atenção para lembrar que amar não é necessariamente ficar junto o tempo todo, e Amy precisava mais do que isto, ela precisava querer voltar a amar a própria vida. Os diálogos nos plots de Drew são sempre densos e delicados, assim como o próprio jovem adulto, e foram muito bem guiados por Miles Heizer (que está precisando cortar aquele cabelo) e Skyler Day. O garoto vai sofrer com a falta de Amy, mas nada que alguns dias imersos na universidade não ajudem a resolver.
Drew e Amy: O amor também precisa de espaço.
Sarah também vivenciou situações que levavam o amor como tópico principal. Sua relação com Carl está cada vez mais íntima e seu trabalho com Hank cada vez mais complexo, especialmente pelas dificuldades sociais do fotógrafo e, obviamente, por ainda nutrir sentimentos pela ex-namorada. Não sou da torcida de um flashback para os personagens de Ray Romano e Lauren Graham, mas é possível perceber que logo em breve a dupla terá que lidar com outros problemas além das divergências profissionais.
Hank e Asperger estão cada vez mais próximos.
Para Zeek foi uma ação de amor que norteou seu enredo no 15º episódio da série. Para manter Camille cada vez mais perto de si, o patriarca optou por vender a sua tão querida casa, despertando em Crosby insatisfação com a decisão tomada. A casa dos Braverman é muito mais do que somente a casa onde Zeek e Camille moram, ela carrega toda a história da família e, com frequência, abriga filhos e netos sob seu teto, por isto é compreensível a revolta do filho mais novo em vê-la a venda. Mas seria justo com todos manter a casa e ignorar o sonho de Camille, que sempre ficou de lado nas histórias? Zeek foi claro com o filho sobre o porquê de sua escolha e, aparentemente, o personagem de Dax entendeu o recado: a decisão de manter a casa está unicamente nas mãos de sua mãe Camille (e ela mais uma vez balançou ao ver seus netos ao redor da fogueira).
As sempre encantadoras fotografias na casa Braverman.
Fechando a review falaremos do plot mais importante de todo episódio, que envolveu o drama de Julia/Joel e os irmãos Braverman. A maneira como tudo foi construído nos permitiu perceber que, mais sólida do que qualquer outra relação na série, a relação dos quatro irmãos é a revelação mais pura de amor que Parenthood pode nos dar. Não importa o quanto Adam e Kristina estejam bem, ou Crosby esteja preocupado com a venda da casa, ou Sarah esteja feliz na vida e no trabalho: todos colocaram Julia em primeiro lugar naquele dia. Talvez as cenas mais ricas e que mais transbordam emoção sempre envolvam os quatro irmãos juntos. A química entre os atores é tão clara, que a sensação é de que eles sempre pertenceram a mesma família, e isto torna cada shot imperdível e inesquecível (destaque aqui para as impagáveis danças de Adam, sempre divertindo em momentos tensos). Joel claramente será o que vai sofrer com a separação: ele tem a reprovação de Syd e a insegurança de Victor, além de não ter o suporte familiar de Julia. O risco para ele é que a personagem de Erika Christensen supere o trauma muito rápido, e logo decida que a separação é mesmo a solução, já que o amor dos filhos ela terá para sempre.
A união dos irmãos Braverman: satisfação e uma pitadinha de inveja.
Mais emoções aguardam os próximos capítulos de Parenthood, portanto garantam suas caixas de lenços de papel: ainda temos muitos episódios pela frente.
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Até semana que vem!
